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Um estudo recente realizado pela consultoria Carreira Muller com mais de três mil profissionais de RH trouxe um panorama geral dos gestores de pessoas no Brasil e, entre os comparativos, esteve o de cargos versus idade, mostrando que os profissionais em nível de assistentes possuem idade média entre 18 e 25 anos (56,25%). Já os analistas (30,66%) e os de nível de coordenação (25,49%) são um pouco mais velhos, com idade entre 31 e 35 anos. Os especialistas na área estão entre 36 e 40 anos (23,81%) e os supervisores entre 31 e 35 anos (31,58%). Entre gerentes e diretores a faixa etária fica entre 46 a 50 anos, sendo 34,48% diretores e 22,32% gerentes. Nesse panorama fica claro a evolução profissional dos RHs e qual é sua jornada no quesito carreira.
Para os novatos
Para aqueles que desejam ingressar na área, uma das melhores formas de começar é em consultorias de recrutamento e seleção que, segundo Brenda Wilbert, gerente de RH da Souza Cruz, oferecem possibilidades bem interessantes e claras oportunidades de crescimento. “Em empresas (multinacionais ou empresas locais), existem chances de ingressar em diferentes funções de recursos humanos, sejam funções mais especialistas ou generalistas.”
A RH aconselha ainda que outra forma de ingressar na gestão de pessoas é por meio de empresas júnior, existentes em diversas universidades. “Lá o estudante tem um primeiro contato com as principais ferramentas de gestão de pessoas e isso pode ser um diferencial em futuros processos seletivos.”
Já Alexandre Ullmann, diretor de recursos humanos do LinkedIn Brasil e América Latina acredita que o melhor caminho seja através do estágio. “Estudantes podem começar na área por meio do estágio, que geralmente permite conhecer um pouco de cada subdivisão da área. Caso o profissional já tenha concluído o curso superior, pode exercer funções mais táticas até conhecer melhor cada disciplina. Áreas como recrutamento, treinamento, e funções que vão do operacional ao estratégico são boas opções.”
Veteranos
Após o período de aprendizado e experiência técnica os gestores passam a seguir uma vertente mais estratégica, trazendo para organização conceitos mais abrangentes da área. É aí que o RH pode escolher entre uma carreira de especialista ou generalista, como explica Ullmann. “Geralmente é mais fácil começar por uma área específica como remuneração, benefícios, recrutamento e desenvolvimento organizacional e, após ingressar em uma dessas áreas o profissional pode optar por se especializar e crescer como especialista (gerente de Benefícios, diretor de Recrutamento & Seleção) ou poderá conhecer um pouco de cada área e se tornar um generalista”.
Para Brenda, uma forma de crescer e se desenvolver na carreira é a partir de uma experiência internacional, seja por meio da participação em um projeto envolvendo outros países ou uma movimentação para o exterior. “Isso faz com que o profissional de RH consiga ter uma visão de projetos globais, inclusive com o impacto em diferentes regiões e culturas do mundo. Nas multinacionais, trabalhar no exterior pode ser uma oportunidade de ampliar não só conhecimentos técnicos, mas principalmente desenvolver habilidades de gestão e o relacionamento interpessoal.”
Aprendizado
No que diz respeito à formação acadêmica, boa parte dos gestores são graduados em administração e/ou psicologia, mas por ser uma área muito abrangente, encontramos profissionais das áreas de comunicação e de exatas, engenheiros, economistas e pedagogos que também se destacam como bons RHs. Normalmente esses profissionais realizam diversas especializações, MBAs e treinamentos para dar suporte na área.
Já para aqueles que já atuam na área, o investimento em formações e especializações é primordial. Elas são importantes para suprir necessidades individuais e, entre as alternativas estão um MBA em gestão de negócios, MBA em RH, cursos de liderança ou de especialização em remuneração, recrutamento e seleção, desenvolvimento, entre outros.