Giro 1: Saia da chatice
O maior investimento do seu negócio provavelmente são as pessoas, logo você aposta todas as suas fichas para contratar os melhores talentos, certo? Mas já parou para analisar como está sendo o seu processo de seleção? Ele está muito demorado, com perguntas que não fazem sentido ao candidato e à empresa? Se sim, fique atento, pois qualquer descuido na fase de recrutamento e seleção pode espantar os melhores candidatos. Aqui vão dicas elencadas pela especialista Suzzane Lucas, colunista da INC Magazine, do que um bom candidato odeia.
Aplicações tediosas
Teste você mesmo se o processo é tedioso e responda às perguntas: quanto tempo isso demora? Mais do que meia hora, uma hora talvez? Quando você está quase terminando a inscrição, o sistema cai e fala para você tentar novamente? É claro que informação nunca é de menos, mas será que a forma como o processo de seleção colhe essas informações está correta? Se o processo for muito longo, candidatos que não estão desesperados pela vaga podem ficar cansados e desistir.
Silêncio
Quando um profissional se candidata a uma vaga on-line, é enviada uma mensagem automática para ele informando que a empresa recebeu a inscrição e que a equipe analisará o currículo e que, caso selecionado, entrará em contato. Até aí, tudo bem. O problema é quando o candidato é chamado para a entrevista face to face e depois um longo intervalo de silêncio é estabelecido e ele fica sem saber se passou ou não na seleção.
#L# Descrições ruins de vagas
Dinâmico, proativo, que pode liderar equipes com uma comunicação efetiva. Essa descrição parece familiar? Bem, a descrição foi tão vaga que não é possível adivinhar qual é a principal função daquele que ocupará esse cargo. Portanto, foque as atividades que o candidato exercerá no cargo e não em habilidades que não necessariamente serão requeridas.
Candidato dos sonhos
Todos queremos o candidato dos sonhos, mas, por vezes, a figura que se criou na cabeça não existe. Então, não dispense aquele bom candidato. Seja objetivo: sim, contrate os melhores, mas não precisa ficar buscando o príncipe encantado.
Giro 2: Falta de reconhecimento
O Brasil é o campeão mundial em rotatividade de funcionários, aponta pesquisa global da Robert Half realizada com 1.775 diretores de RH de 13 nacionalidades, sendo 100 brasileiros. No nosso país, o turnover de colaboradores aumentou em 82% das empresas desde 2010, mais que o dobro da média mundial, que foi de 38%.
Para Mário Custódio, gerente da divisão de RH da Robert Half, os números traduzem a disputa por profissionais qualificados no Brasil. “Apesar de a economia não estar tão aquecida quanto o esperado, as empresas não pararam de contratar, principalmente se nos referirmos à mão de obra especializada”, afirma.
Os principais motivos citados para essa “dança das cadeiras” acelerada foram baixa remuneração e falta de reconhecimento, desmotivação e preocupação com o futuro da companhia. De acordo com a pesquisa, a maioria dos diretores de RH conhece as dificuldades da empresa em reter esses profissionais, já que 59%
dos entrevistados entendem que a saída dos executivos é justificada.