Parthavi Pathak descobriu muitas coisas para apreciar em Nashua, uma ex-cidade industrial a 96 quilômetros de Boston e perto o suficiente da costa do Atlântico e das White Mountains para uma viagem de ida-e-volta no mesmo dia. “A cidade é muito calma, e a vida é muito simples aqui”, diz Pathak, que chegou aos EUA vinda da Índia em 2003 para estudar engenharia. Dois anos depois, com um mestrado em mãos, ela conseguiu um emprego na Kbace Technologies. Assim como seu marido indiano, que também trabalha na empresa, Pathak foi contratada por meio do programa H-1B. Ele permite aos empregadores recrutar arquitetos, engenheiros, programadores de computação e outros profissionais estrangeiros qualificados quando não se encontram trabalhadores dos EUA na mesma condição. Não demorou para que os gestores da Kbace, satisfeitos com o trabalho do casal, concordassem em providenciar o green card para oferecer o status de residência permanente.
Na península de Cape Cod, em Massachusetts, a meio dia de carro de Nashua, o gestor de hotel Gregory Stone aguarda a chegada de uma equipe bastante diferente – a maioria jamaicanas de meia-idade que irão lavar louças, limpar quartos e trabalhar na lavanderia em seu resort à beira-mar durante o verão. Ao final da temporada, elas retornarão à Jamaica ou farão outro tipo de serviço temporário – provavelmente na Flórida ou na Califórnia – até que seus vistos de trabalho expirem. Muitas têm retornado a cada ano para o Lighthouse Inn, de Stone, muitas vezes convidando amigas e parentes para trabalhar com elas.
Stone, e vários dos empresários em Cape, começaram a recrutar trabalhadores estrangeiros nos anos 90, depois que a maioria dos assalariados locais foi expelida da península devido à elevação dos preços de moradia. Enquanto antes se podia contar com estudantes, agora eles torcem o nariz para os serviços domésticos, optando por trabalhos mais glamourosos ou que façam mais vista no currículo. O programa de visto H-2B, ele diz, continua sendo sua tábua de salvação.
A capacidade de os empregadores norte-americanos atrair os melhores e mais brilhantes do mundo, sem contar as conhecidas massas, há muito era um motivo de orgulho daquele país. Mas não há consenso em como, ou se, os imigrantes se encaixam na força de trabalho dos EUA. Por anos, a discussão ficou centrada nos trabalhadores informais e seu papel de estimular a economia ou de reduzir os salários. Agora, com o lento crescimento econômico e o alto desemprego, as mesmas questões são formuladas em relação aos trabalhadores estrangeiros legais, especialmente os 181 mil ou mais que a cada ano ganham entradas pelos vistos H-1B e H-2B.
Os programas de contratação de estrangeiros geralmente se baseiam na premissa de que os americanos não são suficientemente capacitados ou não farão determinados trabalhos. Essas alegações despertam o ceticismo de muitos acadêmicos e defensores dos direitos trabalhistas. Mas, mesmo quando confrontados com barreiras burocráticas, os empregadores nas duas pontas do espectro de qualificação afirmam não ter escolha. “É uma questão de ter a pessoa certa no momento certo com o rol correto de habilidades”, diz Brian Testa, vice-presidente da Kbace. Cerca de um décimo de seus 450 funcionários tem o visto H-1B ou foi contemplado com transferências intra empresas das operações na Índia. A unidade de consultoria da Oracle em Nashua tem de usar talento de todo o mundo para se manter competitiva, ele argumenta.
E Stone precisa de trabalhadores dispostos a fazer serviço pesado. “As pessoas deste país não querem o rótulo de trabalhar em tarefas domésticas”, ele diz. “Nós anunciamos vagas para trabalhadores americanos. O problema é que não recebemos nenhum candidato.”
O limite e o gap
O visto de emprego H-1B traz cerca de 115 mil estrangeiros qualificados por ano, incluindo 30 mil pesquisadores e acadêmicos que não são alvo do limite anual do visto H-1B estabelecido pelo Congresso. Desses 115 mil, 85 mil são distribuídos a empregadores por meio de um sorteio organizado pelo Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA [USCIS, na sigla em inglês], um braço do Departamento Norte-Americano de Segurança Nacional, a cada mês de abril. Até este ano, a demanda superou a oferta, e convencer o Congresso a aumentar o limite tem sido uma prioridade legislativa de muitos, especialmente das empresas de alta tecnologia.
E existe algo pouco conhecido: ninguém sabe exatamente quantos portadores do visto H-1B estão trabalhando num determinado momento. B. Lindsay Lowell, diretor de estudos políticos do Instituto de Estudo de Migração Internacional da Georgetown University, dá uma estimativa de 500 mil. Mas trata-se de um público móvel. Um visto inicial de três anos pode ser renovado por mais três, e se um trabalhador está em processo de conseguir um green card, o H-1B pode ser renovado anualmente.
Muitas empresas dizem que o programa de visto H-1B representa a única via prática para achar profissionais de alta tecnologia com as habilidades necessárias. Os imigrantes representam 24% dos trabalhadores com bacharelado nos EUA em ciências e engenharia e 47% daqueles que têm doutorado, segundo um estudo de 2008 de William R. Kerr, da Harvard Business School, e William F. Lincoln, da Universidade de Michigan, que analisaram 2.000 dados do censo para determinar o impacto dos imigrantes. De 1995 a 2006, 67% do crescimento na força de trabalho dos EUA em ciências e engenharia se deveram aos imigrantes, eles concluem.
Um crescente número de pesquisas sugere que bons estudantes de ciências e engenharia trazem benefícios para a economia norte-americana. Entre as empresas inauguradas de 1995 a 2005, mais de 25% têm pelo menos um fundador nascido fora do país, de acordo com o professor Vivek Wadhwa, da Duke University. Somente em 2005, essas empresas produziram 52 bilhões de dólares em vendas e empregaram cerca de meio milhão de trabalhadores. Wadhwa diz que os imigrantes com conhecimento em tecnologia estão mobilizando a inovação nos EUA. Em 2006, mais de 24% dos pedidos de patentes internacionais tinham estrangeiros como inventores ou coinventores.
Defensores da imigração dizem que tais descobertas evidenciam a necessidade de mudanças legislativas que facilitariam os imigrantes qualificados a entrar nos EUA, a ocupar vagas e a começar negócios. Sem uma reforma significativa sobre imigração, eles alertam, os trabalhadores retornarão aos seus países e empresas americanas serão obrigadas a obter seus talentos por meio de outsourcing.
Os críticos da imigração insistem que a ameaça do outsourcing é exagerada. Eles apontam o período de quatro a seis anos de fila de pedidos de residência permanente como uma prova de que os imigrantes ainda querem ficar nos EUA. Desse modo, os trabalhadores estrangeiros aceitariam receber menos para ficar em boa situação com os empregadores, que poderiam apoiá-los na obtenção dos green cards . Aqueles que contestam a necessidade de trabalhadores de outros países dizem que, mesmo quando os estrangeiros recebem pagamento similar aos dos colegas norte-americanos, a presença deles aumenta a competição pelas vagas no país, derrubando os salários.
Expansão das cotas
Esse sentimento se tornou mais evidente com a resolução da Câmara de Representantes, apresentada por Eddie Bernice Johnson em fevereiro para celebrar o Black History Month [N.R: evento comemorativo da diáspora africana] . Ela comemora as conquistas dos empregados negros em ciências da computação enquanto observa: “O offshoring de empregos e o H-1B – que permite cidadãos não-americanos em profissões altamente qualificadas viverem nos EUA como trabalhadores temporários – estão contribuindo para a estagnação salarial nos empregos domésticos em tecnologia”.
Ron Hira, professor assistente de políticas públicas do Instituto Rochester de Tecnologia de New York, se tornou a voz acadêmica para aqueles que se opõem à expansão das cotas de imigração. Após analisar as condições de trabalho para estrangeiros preenchidas pelos empregadores junto ao U.S. Department of Labor (DOL), ele concluiu que uma grande parte dos profissionais especializados contratados por meio do visto H-1B nada tinha de especial. Em 2008, o DOL certificou mais de 5 mil candidaturas do H-1B para posições que pagavam menos de 15 dólares por hora. Em 2005 – ano mais recente em que as estatísticas sobre o H-1B estão disponíveis -, a mediana salarial anual para novatos no H-1B trabalhando em ciências da computação, incluindo muitos com mestrado, era de 50 mil dólares. “Isso é comparável com a mediana salarial de 51 mil dólares paga a trabalhadores norte-americanos iniciantes com apenas a graduação de bacharelado”, diz Hira.
Muitos críticos da imigração questionam a validade, ou relevância, da certificação de trabalhadores estrangeiros, já que o DOL certifica virtualmente todas as petições do H-1B. De fato, quando os pedidos são examinados com mais rigor, muitos não têm padrões aceitáveis. Um relatório interno de 2008 do USCIS colocado online pelo senador Charles Grassley, descobriu evidências de documentos forjados, diplomas falsos e outras irregularidades em um a cada cinco pedidos. Algumas empresas não pagaram salários compatíveis e afastaram funcionários quando não havia trabalho, segundo o relatório. Em um caso, um cargo descrito no H-1B pelo empregador era “analista de desenvolvimento de negócios”. Descobriu-se que o detentor do visto estaria trabalhando em lavagem de roupas e manutenção de máquinas de lavar.
Os recentes escândalos relacionados ao H-1B evidenciam que o programa é sujeito a abusos. Em maio de 2008, a iGate Mastech, uma consultoria em informática de Pittsburgh, concordou em pagar multas de 45 mil dólares devido a acusações do Departamento de Justiça norte-americano de que a companhia violou leis antidiscriminatórias ao favorecer detentores do visto H-1B sobre cidadãos americanos e outros trabalhadores formais. No começo do ano, oficiais federais indiciaram 11 pessoas em seis estados que supostamente recrutaram trabalhadores com o H-1B, mas sem que houvesse emprego para eles. Alguns desses trabalhadores foram colocados com empregadores que não haviam sido certificados, “tirando o lugar de trabalhadores norte-americanos qualificados e violando regras salariais do mercado”, segundo um relatório da USCIS.
Relatos – reais ou imaginários – de que empresas preferem estrangeiros a trabalhadores americanos poderiam fazer com que o gap de competências entre estrangeiros e americanos se alargasse, argumentam alguns. Lawrence Feidelman, professor adjunto de ciências da computação da Florida Atlantic University, em Boca Raton, observa o número de estudantes americanos em suas aulas de ciências da computação caindo enquanto o de estudantes de outros países cresce. Ele atribui essa tendência ao medo dos estudantes americanos de, quando se tratar de arranjar emprego, as condições estejam desfavoráveis a eles.
A teoria da substituição
Com a deterioração da economia, crescem as acusações de que trabalhadores estrangeiros estão tirando o lugar dos trabalhadores americanos. Muitos legisladores se enfureceram com as notícias de que bancos que receberam ajuda haviam buscado profissionais de outros países para cargos bem-remunerados, enquanto dispensavam cidadãos norte-americanos. Alguns estrangeiros foram contratados para posições seniores de recursos humanos. Em resposta, o Congresso estabeleceu limites mais rígidos para auxílio às empresas que contratam profissionais com o H-1B.
“O mínimo que podemos fazer é nos certificar de que os bancos que recebem ajuda com o dinheiro dos contribuintes não podem importar mão de obra mais barata de outros países enquanto demitem trabalhadores norte-americanos”, diz o senador Bernie Sanders, que apoiou as restrições com Grassley.
O fato de que muitas das empresas que mais dependem dos H-1B são outsourcers sediados na Índia não confere a elas muita popularidade junto a legisladores ou ao público. Durante os últimos três anos, empresas indianas foram responsáveis por 12% de todas as contratações via H-1B, segundo o DHS. Enquanto a maioria dos empregadores pede poucos novos vistos H-1B a cada ano, várias empresas grandes indianas, incluindo a Infosys Technologies e a Wipro, contratam milhares desses funcionários para compor sua força de trabalho nos EUA. A Microsoft – é a única empresa norte-americana que chega perto desses números – foi atrás de 1.037 H-1Bs no ano passado.
O senador Richard Durbin, D-Ill, costuma escolher cuidadosamente as palavras ao criticar as empresas indianas. Mas ele não aliviou, em 2007, ao declarar que a “missão principal” das empresas indianas de outsourcing “é ganhar a expertise para as tarefas essenciais realizadas pelas empresas nos EUA e executá-las na Índia por uma fração do custo”. Um projeto apresentado por ele e por Grassley em abril daria ao governo maior autoridade para investigar empresas suspeitas de abusos das regras do H-1B e prevenir que as companhias usem trabalhadores com esse visto para demitir os norte-americanos. O projeto proibiria os empregadores de recrutar apenas estrangeiros para determinados cargos. Até que o reforço às regras para o H-1B seja aprovado, os legisladores afirmam que irão se opor ao aumento do limite para o visto.
Medidas reforçando a proteção aos trabalhadores norte-americanos, especialmente durante períodos de dispensas, poderiam colocar algumas empresas em uma camisa de força. “Existe um senso comum de que as empresas [norte-americanas] deveriam preferir seus próprios trabalhadores aos de fora”, diz a advogada Marilyn Fish, de Atlanta. Mas os empregadores são proibidos de discriminar trabalhadores por conta de sua origem, e aqueles que demonstrassem preconceito poderiam estar sujeitos a processos por discriminação, ela alerta. Dessa forma, empresas que respondem a pressões políticas escolhendo trabalhadores com o H-1B para dispensas correm o risco de serem acusadas de discriminação.
Trabalhadores com o H-1B dispensados podem procurar trabalho com outras empresas certificadas, mas precisam cumprir regras mais rígidas de imigração, estabelecidas em relação à sua condição enquanto estiverem desempregados.
O dilema da baixa qualificação
Os trabalhadores intelectuais ocupam agora o centro das discussões sobre os vistos de imigração. Mas, com o número crescente de trabalhadores dos EUA desempregados, o primo pobre do H-1B, o H-2B, também está sendo questionado. Alguns empregadores estão analisando melhor a dependência que têm em relação aos trabalhadores estrangeiros.
Para o próximo inverno, Danette Logan, diretora de RH da Aspen Skiing, no Colorado, prevê que irá precisar apenas de uma fração dos cerca de 300 trabalhadores com H-2B que ela contratara anteriormente como instrutores de ski, bilheteiros, alisadores de pistas e recepcionistas. Haverá menos esquiadores durante a recessão, e trabalhadores americanos desempregados poderão estar desesperados a ponto de topar empregos temporários nas montanhas. “Iremos avaliar as taxas de desemprego em outros estados e pode ser que haja maiores possibilidades”, ela diz. “Você olha para onde está seu banco de mão de obra e sua capacidade de atrair.”
Essa é uma abordagem que o economista Andrew Sum, diretor do Centro de Estudos de Mercado de Trabalho da Northeastern University, em Boston, tem insistido há anos para que as empresas do H-2B adotem, especialmente em Cape Cod. “Quem disser que os jovens não estão disponíveis para fazer o trabalho está mentindo. Os americanos fazem esse tipo de trabalho todos os dias.” Ele recusa o argumento de que eles torcem o nariz para o trabalho tedioso.
“Tudo bem dizer que existem americanos procurando empregos, mas existem problemas práticos”, comenta Greg Siskind, autor de The Employer´s Immigration Compliance Desk Reference (Society for Human Resource Management, 2009). “Se você for dispensado de uma fábrica, procurar emprego [em tempo parcial ou sazonal] não irá resolver seus problemas financeiros.”
Karen Oertel, cuja família mantém uma empresa de processamento de ostras em Kent Narrows, desde a década de 40, se incomoda com a noção de que o atual crescimento do desemprego resolverá o problema de escassez de mão de obra. “É maravilhoso que estejamos educando nossas crianças”, ela diz. “Mas, com isso, nós perdemos nossa tradicional força de trabalho.”
Assim como mais de metade dos processadores de pesca em Maryland, ela recorreu ao H-2B, e trouxe 20 trabalhadores do México para abrir ostras de outubro a fevereiro. É uma tarefa suja, para a qual ela não conseguiu achar norte-americanos dispostos a encará-la. “Eu tentei de tudo”, inclusive “ir a feiras de emprego em todo o estado e buscar de ônibus trabalhadores de Baltimore”. Ela paga pelo peso, e um trabalhador geralmente ganha cerca de 12 dólares por hora – bem acima do salário mínimo. Pagar mais poderia tirá-la do mercado, ela diz.
Como os colegas de trabalho intelectual, Oertel está se juntando a outros donos de negócios temporários para convencer o Congresso a elevar o limite do H-2B, atualmente estabelecido em 66 mil. Embora Oertel tenha obtido a permissão para contratar os trabalhadores de que precisava este ano, os catadores de caranguejos não tiveram a mesma sorte. Apenas quatro das 25 empresas receberam os vistos e, como resultado, muitas podem ser obrigadas a fechar as portas, reclamam os proprietários. Isso, por sua vez, poderia colocar centenas de trabalhadores dos EUA na rua, diz o economista Douglas Lipton, da Universidade de Maryland. Tendo a indústria pesqueira como o universo de sua pesquisa, ele estima que cada emprego perdido entre os detentores do H-2B leve à perda de 2,54 empregos domésticos.
Por conta da indústria pesqueira de seu estado, a senadora Barbara Mikulski, até o fechamento desta matéria, buscava isentar do limite os trabalhadores com H-2B que lá retornavam. Outros legisladores hesitavam em aumentar o limite, já que o programa apresenta muitos problemas semelhantes aos que apareceram com o H-1B. Em abril, por exemplo, um júri do Texas condenou dois irmãos por arranjar vistos H-2B falsos para 87 indianos. O esquema gerava cerca de 1,8 milhão de dólares para os infratores, segundo o Departamento de Justiça.
Além disso, defensores dos direitos legais dizem que os trabalhadores com o H-2B estão vulneráveis a abusos; como qualquer um que reclame de salários abaixo do padrão ou de más condições de trabalho, pode ser demitido e obrigado a deixar o país.
Pense duas vezes
Pelo menos em curto prazo, empresas que recorrerem a trabalhadores estrangeiros irão encarar um crescente exame rigoroso da sociedade. O moral dos funcionários – e a reputação da empresa com seus clientes – poderia ficar sob risco. Assim, esses empregadores devem defender suas posições.
Recentemente, a Sallie Mae, a maior provedora de empréstimos para estudantes do país, anunciou um plano para trazer 2 mil empregos para os EUA dentro de 18 meses, assim que mudar o call center e outras operações da Índia, das Filipinas e do México. “O atual ambiente econômico fez com que nossas comunidades lutassem contra o desemprego”, diz o executivo-chefe Albert L. Lord. “Elas precisam de empregos.” No dia em que a companhia anunciou a mudança, as ações subiram 4,4%.