Todo gestor sabe – ou ao menos deveria saber – que o engajamento dos funcionários é essencial para que uma empresa seja bem-sucedida, independentemente de seu porte ou segmento de atuação.
Mas no país, segundo dados da Sociedade Brasileira de Coaching, somente um em cada oito colaboradores considera-se engajado com o seu trabalho. E a principal causa dessa falta de engajamento é o fato de os profissionais não estarem alocados em cargos ou funções que melhor exploram seus conhecimentos e habilidades.
Em um cenário extremamente competitivo tanto para as empresas – em busca de lucro e expansão – como para os profissionais – que disputam concorridas vagas no mercado de trabalho –, a ninguém é permitido o luxo de não explorar as suas melhores virtudes. Para pessoas físicas e jurídicas, todo e qualquer trunfo deve ser utilizado da melhor forma, visando à obtenção dos resultados desejados.
Na gestão dos recursos humanos, cabe aos líderes a missão de analisar o perfil dos colaboradores, visando aproveitá-los da maneira em que forem mais eficientes, produtivos ou criativos – dependendo da área de atuação de cada um. Com papeis bem definidos e com as pessoas certas nos lugares certos, será possível equilibrar fortalezas e fraquezas da equipe, direcionando os esforços de cada um para a busca de objetivos comuns.
Mas, afinal, qual o lugar certo para cada um?
Basicamente, existem quatro tipos de perfis comportamentais, e isso é fundamental para determinar onde cada colaborador irá contribuir da melhor maneira para o todo. De certa forma, suas nomenclaturas – executores, comunicadores, planejadores e analíticos – traduzem os principais traços de personalidade dos profissionais, bem como as suas formas de ação e de reação a estímulos.
Detectar o perfil comportamental de cada colaborador é o primeiro passo para a eficiente alocação dos profissionais nos postos de trabalho mais adequados.
Isso pode ser feito por meio de empresas de consultoria especializadas ou mesmo com o uso de softwares e testes específicos. Mas, em todo este processo, a principal lição é saber como equilibrar todas essas variáveis humanas, compondo um conjunto harmônico e focado nos mesmos objetivos.
Dinâmicos e otimistas, os executores têm enorme disposição e não têm medo de assumir riscos – e até de errar. Extrovertidos e ativos, os comunicadores rejeitam a monotonia, apreciam trabalhar com autonomia e adaptam-se com facilidade a novos ambientes ou missões.
Já os planejadores são tranquilos, cautelosos, gostam de regras e de rotinas e demonstram bastante autocontrole. Os analíticos, por sua vez, são calmos, discretos e rígidos, mas gostam de se sentir estimulados.
Uma ressalva importante: ninguém é 100% executor, comunicador, planejador ou analítico. Cada profissional tem a dominância de uma dessas características, mas invariavelmente apresenta traços de outros perfis. Um profissional pode, por exemplo, ser 42% planejador, 23% analítico, 19% executor e 16% comunicador.
Conhecer esses perfis e equilibrá-los é, possivelmente, um dos maiores desafios para qualquer gestor de equipe. Ao mesmo tempo, trabalhar e explorar as características de cada profissional da maneira mais adequada é praticamente a garantia de que os recursos humanos serão potencializados na mesma direção, a busca do sucesso da empresa.