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Como e quando dar feedback construtivo para a área de Operações

Feedback eficaz pode elevar o desempenho em até 25%, segundo a Universidade de Warwick

de João Roncati em 30 de maio de 2024
Freepik.com

Estudos recentes têm destacado cada vez mais a importância do feedback construtivo no ambiente de trabalho. De acordo com dados do Gallup, apenas 12% dos funcionários nos Estados Unidos relataram ter recebido feedback de desempenho no último ano. 

Esse número é surpreendentemente baixo, considerando que 70% dos trabalhadores expressaram o desejo por mais feedbacks. Essa discrepância ressalta uma lacuna entre o que os funcionários esperam e o que recebem em orientação e direcionamento.

O impacto positivo do feedback construtivo também é comprovado. Uma análise conduzida pela Universidade de Warwick descobriu que o feedback eficaz pode elevar o desempenho em até 25%. Já o Gallup State of the Workplace Report oferece um insight valioso: 67% dos funcionários que têm lideranças que fornecem feedbacks estão altamente engajados.

Imagine você, como líder, lidando com uma equipe de operações que está na linha de frente dando o melhor de si, mas que apresenta comportamentos ou resultados que não atingem o padrão desejado. É hora de fornecer um feedback estruturado, mesmo que não seja inteiramente positivo. 

Como, então, fazê-lo da melhor forma possível?

A sua abordagem ao fornecer esse feedback pode determinar não apenas o impacto imediato nas ações corretivas, mas também o engajamento e o desenvolvimento da equipe. É aqui que entra a arte do feedback construtivo.

O feedback estruturado e bem pensado não deve ser apenas uma crítica negativa, mas sim uma oportunidade de aprendizado mútuo. É a chance de oferecer direcionamento claro sobre o que funciona bem e o que pode ser melhorado.

Portanto, ao abordar o pessoal de operações, é fundamental:

  1. Planejamento e preparação: 

Feedback não deve ser dado de forma impulsiva. Antes de tudo, planeje o que precisa ser dito e como será abordado. Não é uma questão de simplesmente fechar a porta e falar o que vier à mente. Esse tipo de ação pode ser arriscada, já que você não sabe como a pessoa reagirá. Prepare-se para possíveis questionamentos e mantenha a calma.

  1. Conheça sua audiência: 

É fundamental entender com quem você está lidando. Adapte a linguagem ao estilo e personalidade da pessoa. Não se trata de um discurso motivacional elaborado, mas sim de uma comunicação clara e direta para garantir que o feedback seja compreendido.

3. Mais ouvir, menos falar:


Introduza a conversa de feedback como um diálogo. Demonstre interesse em ouvir a perspectiva do funcionário sobre como a liderança pode apoiá-lo para melhores entregas. Este é um encontro de experiências, não apenas um monólogo.

4. Inicie com o positivo

Comece destacando o que está sendo bem feito. Apresente exemplos concretos para demonstrar reconhecimento. Em seguida, passe para áreas que podem ser aprimoradas. Evite críticas pessoais ou negatividade. O foco deve ser na melhoria contínua, não na culpa.


5. Evite personalizar:

Não transforme o feedback em uma questão pessoal. Institucionalize a conversa, focando nas tarefas e processos, não nas pessoas. Quanto mais você estimular uma revisão construtiva, menos defensiva será a reação do funcionário.


6. Cultura de feedback:

Transforme o feedback em uma cultura na organização. Treine líderes para fornecerem feedback de forma consistente e estruturada. Isso não só acelera o crescimento, mas também promove um ambiente de trabalho mais feliz e produtivo.

O feedback não precisa ser temido. Quando planejado e entregue com cuidado, pode ser uma oportunidade de crescimento para todos os envolvidos. Transforme-o em um momento de aprendizado mútuo e construção. Ao adotar uma cultura de feedback, sua organização estará no caminho para um desempenho melhor e uma equipe mais engajada.

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João Roncati

Diretor da People + Strategy