Gestão

Cuidar para reter

de Cristina Morgato, Núbia Matos em 16 de outubro de 2012
Emmanuel Joly / Opção brasil Images

O número de estagiários no país vem crescendo a cada ano, de acordo com a Associação Brasileira de Estágios (Abres), e chegou a 1 milhão em 2012 – sendo 740 mil para o ensino superior e 260 mil para o médio.
Em setembro, a Lei 11.788, mais conhecida como a Lei do Estágio, completou quatro anos de existência, e veio para dar mais segurança jurídica aos candidatos e às empresas na contratação. “A diminuição da carga horária para 6 horas trouxe uma mudança na forma como o estágio passou a ser visto pela sociedade. Além disso, a legislação tornou obrigatória a concessão da bolsa-auxílio, auxílio-transporte, recesso remunerado e seguro contra acidentes”, explica Carlos Henrique Mencaci, presidente da Abres.

As empresas também passaram a ter benefícios fiscais como a isenção do pagamento de FGTS, INSS e verbas rescisórias na contratação de estagiários. Mas como está a gestão desses estagiários?

A edição 2012 da Pesquisa de Estagiários e Trainees, realizada pelo Hay Group com 161 empresas, traz algumas conclusões:

> 73% possuem uma política formal para a administração de estagiários.

> Os valores de bolsa-auxílio cresceram em média 7% em relação ao estudo do ano anterior). A maioria das empresas (74%) revisa os valores anualmente, utilizando como critério principal o mercado. 

> Quando o assunto é efetivação, 86% das empresas disseram que ela pode ocorrer antes do término do contrato, estando diretamente ligada à disponibilidade de vaga e ao bom desempenho dos jovens.


Trainees são mais efetivados
A pesquisa do Hay Group também sondou a quantas anda a gestão em relação aos trainees junto a 79 empresas. Segundo o levantamento, a taxa de efetivação desses jovens é maior do que a ocorrida nos de estágios. Veja alguns resultados:
 
> Diferentemente do ano passado, as empresas revelaram que estruturam seus programas em um período de dois anos tendo como cursos prioritários engenharia, administração e economia. 

> A maioria aceita candidatos que concluíram a graduação em no máximo dois anos e em 76% dos casos candidatos internos podem participar do programa de seleção. 

> Apesar de o inglês continuar sendo exigido por 62% das empresas, a fluência no idioma deixou de ser critério eliminatório em muitos programas. 

> A formação e a orientação dos trainees são realizadas pelos gestores em 60% dos casos e os treinamentos corporativos são os principais meios usados para capacitar esses talentos (68%). 

> A preocupação com a formação dos jovens fez crescer em 3% a existência de um módulo internacional no programa em relação ao estudo anterior, sendo realizado por 23% do painel.

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 Nos programas de trainees, a taxa de efetivação é maior que a ocorrida nos de estágios, com aproveitamento médio de 73%.

 

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