Os Centros de Serviços Compartilhados (CSC), estruturas de centralização processual que cuidam das atividades como financeiro, contabilidade, RH, TI e logística de uma corporação, são usados por 90% das 100 maiores empresas do mundo. O dado é da revista Fortune.
No Brasil, essa estratégia começou na década de 1990, e aumentou significativamente na crise econômica de 2008, quando as companhias buscaram soluções para se manterem competitivas no mercado. Hoje, são mais de 200 CSCs no Brasil, a maior parte na região sudeste, principalmente no Estado de São Paulo.
Partindo desse breve histórico e diante do cenário de instabilidade econômica, Vanessa Saavedra, sócia-diretora responsável pela área de Inteligência de Mercado do Instituto de Engenharia de Gestão (IEG), aponta 4 razões para uma empresa adotar um Centro de Serviços Compartilhados como estratégia.
- Redução de custos: o benefício é alcançado por meio da centralização dos processos transacionais, otimização de atividades e procedimentos, com uso de técnicas que permitem maior controle dos indicadores. A racionalização da operação é alcançada pela educação da demanda com a criação de controles de custeio, precificação e catálogos de serviço;
- Melhoria na qualidade dos serviços prestados: 81% dos CSCs aplicam pesquisa de satisfação para seus clientes internos. Isso mostra que as empresas também buscam competitividade e produtividade em nível de serviço, para aprimorar suas operações. Com a evolução do mercado e a crise política e econômica no Brasil, os CSCs se tornaram mais participativos e relevantes na estratégia das organizações, passando a ser considerados também fontes geradoras de valor para os stakeholders;
- Aumento da produtividade: a adoção de um padrão para cada uma das atividades existentes dentro do CSC permite obter resultados previsíveis e replicáveis, reduzindo erros e aumentando a velocidade operacional. Além disso, o acompanhamento de Indicadores de Performance permite mensurar a volumetria dos processos e o nível de eficácia do CSC;
- Suporte no crescimento da empresa: ao centralizar as atividades transacionais em um CSC, o modelo desonera a área corporativa e as unidades de negócio das responsabilidades de operações e processos de suporte, permitindo que estas foquem no core business da empresa. Além disso, os CSCs mais maduros buscam mais sinergia com as áreas do corporativo visando auxiliar no aumento da produtividade e da competitividade da organização. Por fim, ele oferece maior flexibilidade para o crescimento organizacional se posicionando como alavanca para fusões e aquisições de empresas.