Certificação do Top Employers Institute no Brasil, este ano, contemplou 57 empresas — um recorde, com aumento de 14% em relação ao evento anterior —, em 20 categorias, numa avaliação semelhante a feita em 123 países pela instituição. É um ranking dos melhores empregadores em nosso
País, e também um benchmarketing para que as organizações examinem as melhores práticas de gestão de pessoas em todo o mundo e saibam onde estão colocadas em termos de inovação. E assim, podem promover novas melhorias para um desempenho ainda melhor nos próximos anos.
Conexões com as pessoas e o PROPÓSITO DA ORGANIZAÇÃO
A boa marca empregadora tem a ver com liderança, diversidade, sustentabilidade, digitalização, carreira, ética, ambiente saudável e outros indicadores de performance. A Certificação Top Employers valoriza o esforço de empresas que apostam no crescimento sustentável com uma relação de ganha-ganha com todos os stakeholders.
É elaborada por uma consultoria internacional, com sede na Holanda, e presença em 123 países de diferentes continentes, cujo selo já foi concedido a 1.857 organizações que somam 8 milhões de funcionários. Estar nesse grupo seleto proporciona visibilidade, prestígio, e, mais do que tudo isso, motiva as equipes para um maior engajamento. É a certeza de que os executivos e toda a equipe estão no caminho certo e aponta quais aspectos ainda tem que melhorar.
O Brasil tem se destacado, segundo Gustavo Tavares, líder do Top Employers Institute para a América Latina: “Cresceu o número de empresas certificadas, o que é positivo e demonstra que a região está acompanhando as melhores práticas de gestão internacionais”, opina. A conexão entre as aspirações das pessoas e o propósito das organizações, olhando os ambientes interno e externo, faz parte desse esforço.
O Programa de Certificação Top Employers Institute se baseia em um inventário de Melhores Práticas em Recursos Humanos, apoiado em fatos e evidências, e auditado de forma independente. Desenvolvida a partir de uma metodologia global, a pesquisa cobre 6 dimensões de RH divididas em 20 subtópicos: Estratégia de Negócios, Estratégia de Pessoas, Liderança, Organização & Mudanças, Digitalização em Recursos Humanos, Marca Empregadora, Aquisição de Talentos, Integração, Performance, Desenvolvimento de Carreira, Aprendizagem, Bem-Estar, Engajamento, Remuneração & Reconhecimento, Políticas de Desligamento, Propósito & Valores, Ética & Integridade, Diversidade & Inclusão e Sustentabilidade.
O cenário pós-pandêmico esteve presente na avaliação, segundo Gustavo, o que exigiu investimentos em tecnologia e processos internos para manter o fluxo de trabalho sem interrupções, a motivação da equipe, o cuidado com a saúde dos funcionários, e a atenção às metas as serem cumpridas.
A aquisição e a retenção de talentos, nessa perspectiva, também foram fundamentais.
Entre os principais destaques das organizações brasileiras certificadas, 91% obtiveram avaliações
alinhadas ao benchmark global no item Ética & Integridade; 84% notópico Estratégia de Negócios; 79% em Propósito & Valores, enquanto 53% se destacaram na dimensão Organização & Mudança. Por outro lado, os aspectos que as empresas brasileiras tiveram desempenho mais fraco foi em Remuneração & Reconhecimento e Desenvolvimento de Carreira, com apenas 2% dos participantes alcançando os padrões globais de excelência. O resultado também não foi o ideal em Bem-Estar e Integração, onde apenas 4% das companhias nacionais tiveram aproveitamento alinhado com as melhores práticas globais. Esses pontos de atenção indicam que há muito espaço de evolução para tais quesitos dentro da cultura organizacional.
Em Diversidade & Inclusão, assunto cada vez mais presente no universo empresarial, e apesar dos avanços nos projetos das instituições brasileiras, apenas 16% das organizações certificadas apresen-
taram práticas dentro dos padrões globais de excelência medidos pelo Top Employers.