#FMRHDI

Equidade acima de tudo

Ações diárias e legislação são trunfos para a inclusão de mulheres e negros no ambiente organizacional. No caso delas, nova Lei traz avanços

de Redação em 13 de dezembro de 2023

A inclusão nas pequenas ações do cotidiano empresarial, principalmente étnica e de gênero, foi tema do 3° Fórum Melhor RH Diversidade & Inclusão. A equidade está nos pequenos detalhes, segundo executivos participantes do evento, promovido de forma gratuita e on-line pelas Plataformas Melhor RH e Negócios da Comunicação no início de dezembro. No caso das mulheres, a nova Lei de Equiparação Salarial, sancionada pelo Presidente Luis Inácio Lula da Silva recentemente, chega para dar reforço.

Estratégias para combater o racismo no dia a dia foram o tema central das discussões do painel “Conscientizar para evoluir: Além das ações: como combater o racismo do dia a dia”. Jorgete Leite Lemos, CEO da Jorgete Lemos Pesquisas e Serviços, Mauricio Chiesa Carvalho, gerente de Recursos Humanos e Responsabilidade Social da Tamarana Tecnologia Ambiental, e Jislaine Silva, Employee Experience Specialist da Cargill, foram os palestrantes convidados para compartilhar suas visões e experiências sobre o assunto. Durante o evento, foram abordadas diferentes maneiras de promover a conscientização e ações práticas para enfrentar o racismo no ambiente de trabalho e na sociedade em geral.

Foram discutidas estratégias que incluíram a implementação de políticas internas de diversidade, inclusão e igualdade de oportunidades, a realização de treinamentos e workshops sobre o tema, a formação de parcerias com instituições que promovem a igualdade racial e a criação de espaços seguros para que os funcionários possam compartilhar suas experiências e desafios relacionados ao racismo.

Além disso, também foram abordadas práticas para garantir a representatividade e a equidade em todos os níveis hierárquicos das organizações, a implementação de programas de mentoria e patrocínio para profissionais negros, e o desenvolvimento de campanhas de comunicação interna e externa que valorizem a diversidade e combatam o preconceito racial. Os palestrantes também ressaltaram a importância de promover uma cultura corporativa inclusiva, que acolha e celebre as diferenças, e adotar medidas concretas para combater o racismo sistêmico, tanto no ambiente de trabalho quanto na sociedade em geral.

Jislaine destacou o letramento racial como uma ferramenta fundamental para promover uma maior compreensão e consciência sobre as questões raciais, incentivando a busca por conhecimentos e reflexão acerca da realidade das pessoas negras. Ela ressaltou a importância de criar oportunidades para que todos os colaboradores possam se engajar em discussões sobre o racismo de forma aberta, acolhedora e construtiva. “O letramento ajuda a compreender o porquê ainda temos estratégias para que no futuro falemos de igualdade, por enquanto ainda estamos falando de equidade”, explica.

Essas ações são necessárias para o dia a dia das empresas, na opinião de Jorgete, porque ainda há o preconceito velado. “E as pessoas têm dificuldades em dizer ‘sou racista, me salva'”, destaca a executiva, sobre o racismo escondido nas sutilezas desse cotidiano.

Jorgete também destacou exemplos de como as lideranças são essenciais na promoção da inclusão, como no caso de empresas como Magalu e Bayer, que se destacam no quesito no mercado com militância direta de seus presidentes ou Conselho.

Efeito catalisador

No painel “Antes tarde do que nunca – O que muda com a Lei de Equiparação Salarial para mulheres”, justamente a questão do capital, amparado na nova Lei de Equiparação Salarial para mulheres, foi discutida. Os participantes avaliaram a efetividade dessa lei frente aos desafios enfrentados na busca pela igualdade salarial, incluindo o machismo estrutural e a falta de oportunidades de liderança. Todos os speakers envolvidos encaram com bons olhos a discussão intencional sobre o tema na sociedade na atualidade e a nova legislação. Participaram deste momento Vinícius Archanjo Ferraz, consultor sênior de DE&I na Deloitte Touche Tohmatsu; Tatiana Barrocal Porto, head of People na NTT DATA Brasil, e Denise Carvalho, sócia-fundadora da Agência Blue Chip.

”A Lei veio para acelerar um processo em curso”, entende Tatiana, mencionando países da América Latina em que a legislação sobre o tema já existia e nos quais o aparato legal também foi um acelerador da inclusão e da equidade.

(*Com reportagem do Portal da Comunicação)

  • O 3° Fórum Melhor RH Diversidade e Inclusão pode ser visto no Youtube, no Facebook e no Linkedin (parcialmente, devido a limitações desta rede social).

Oferecimento:

Compartilhe nas redes sociais!

Enviar por e-mail