Eduardo Ferraz é consultor em Gestão de Pessoas e autor do livro “Seja a pessoa certa no lugar certo” |
Segundo pesquisa do Hays Group sobre tendências de RH para 2015, apenas metade das empresas entrevistadas afirmou ter programas estruturados de gestão de desempenho e 64% não contam com um plano de retenção estruturado, com regras claras.
Gestão de desempenho nada mais é do que usar ferramentas para medir a produtividade dos profissionais. O problema é que na maioria das empresas, atualmente, as pessoas não recebem qualquer feedback sobre seu desempenho e isso é muito grave, pois é um dos fatores que explicam o aumento dos índices de rotatividade dos últimos anos. As pessoas querem fazer a diferença, crescer junto com a empresa, e para isso precisam ter retorno sobre o seu desempenho, sobre sua produtividade e principalmente sobre seu futuro na empresa, senão saem mesmo.
Há uma frase de um dos maiores CEOs do século XX, Jack Welch, que esteve durante duas décadas à frente da GE, e que traduz bem o que estamos falando “Diga como vai me medir que lhe direi como vou me comportar”. Sem uma avaliação justa, aliada a feedbacks constantes, as pessoas perdem a referência, se desmotivam e acabam saindo da empresa por falta de perspectiva.
As pequenas empresas, que hoje representam 80% dos empregos no Brasil, também precisam fazer avaliações, mesmo que informais. Saber o que aconteceu no mês anterior, como foram os resultados, quais os problemas e oportunidades, são questionamentos informais e que servem como forma de avaliar o desempenho do profissional.
Para isso o dono tem que estar ligado o tempo todo. Na pequena empresa você dificilmente terá um RH ou um consultor. É o dono que precisa assumir a responsabilidade de elogiar o que está bom e o que precisa ser melhorado.