João Aguiar, é gerente de engenharia da Polycom / Crédito: Divulgação |
Diante da maior seca da história e de uma já estabelecida crise energética e hídrica no Brasil, é preciso estar atento e buscar formas de evitar impactos tanto na produtividade dos colaboradores, como na rentabilidade das empresas. O racionamento, além de interromper a produção, por exemplo, encarece os valores pagos por esses escassos, porém essenciais, recursos para qualquer companhia, independente do segmento. Além disso, embora demissões precisem ser evitadas, é crucial para a sobrevivência das empresas minimizar custos.
Então, por que não aproveitar o fato de vivermos o período de maior interconectividade da história humana para responder a este desafio? Apostar na vídeo colaboração é uma das saídas. As pessoas precisam estar preparadas para trabalhar e colaborar a partir de qualquer lugar. Inovações tecnológicas de áudio e vídeo são atualmente capazes de alavancar a colaboração e trazer a realidade dos “locais de trabalho do futuro” para os dias de hoje. Estes chamados ambientes do futuro não consistem simplesmente em um lugar ou “coisa” e sim em uma experiência resultante da convergência de tecnologias, pessoas e processos, em uma experiência digital que relaciona diretamente as vidas pessoais e profissionais.
As iniciativas de trabalho flexível e de home-office estão inseridas dentro deste contexto de ambiente de trabalho do futuro, originado nos EUA e que no Brasil já é visto com bons olhos pelas organizações. Uma recente pesquisa feita pela Polycom mostrou que 68% dos brasileiros irão preferir a vídeo colaboração como sistema de comunicação nos próximos três anos.
A vídeo colaboração contribui no dia a dia, aumentando não só a comodidade, como também a produtividade. É óbvio que o colaborador conquista um melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e ainda reduz os custos e tempo com seus deslocamentos de casa para o escritório. Porém, para as organizações as vantagens dos “locais de trabalho do futuro” são inúmeras e de grande relevância neste atual momento de crise. Ao permitirem que seus funcionários trabalhem de outros lugares, conseguem tornar as instalações físicas mais enxutas, o que reflete em um consumo de energia elétrica menor e ainda reduz a emissão de carbono na natureza, item diretamente relacionado à questão da crise elétrica.
Coincidentemente, para exemplificar como em tempo de falta de energia a vídeo colaboração pode ser eficiente, usaremos o caso de uma das maiores empresas do setor elétrico brasileiro. A CPFL conseguiu aumentar a produtividade de seus executivos em 66% com a vídeo colaboração. O uso desta tecnologia permitiu que mais de 250 colaboradores passassem a se reunir virtualmente. Graças a isso, foi registrada uma redução dos deslocamentos e a companhia diminuiu em torno de 14 mil quilos a emissão de CO² na atmosfera. O número de carros da frota também pôde ser reduzido em 50% e o que é melhor, o ROI do projeto, no qual foram investidos cerca de R$ 500 mil, ocorreu em 36 meses.
Desta forma, para que as empresas mantenham o ritmo com todas essas rápidas mudanças e diante deste cenário adverso, é fundamental abraçar a colaboração como uma prática por toda a empresa. É importante ter em mente que neste mundo, mais virtual e competitivo do que nunca, é essencial viabilizar a conexão e colaboração a partir de qualquer lugar, com a mesma qualidade e segurança de um encontro face a face. Como a ideia é manter as equipes em pleno funcionamento, é preciso contar com soluções de colaboração que se ajustem à forma das equipes trabalharem, e não o contrário. E que também sejam capazes de conduzir as empresas ao sucesso e criem uma experiência colaborativa ao mesmo tempo natural e com facilidades de uso. A vídeo colaboração, portanto, reflete de forma positiva e significativa em um enorme benefício para o negócio – ganho na produtividade do colaborador, na economia financeira e ainda nas questões ambientais. E o que mais as empresas precisam em época de crise?