Na percepção de 68% de um grupo de líderes de RH, desenvolver gaps é o maior desafio atual na gestão de talentos. Nesse mesmo grupo, 70% entendem que seu pipeline de talentos é bom, mas para 30% ele é pobre. Para o RH, isso significa que entre cada 100 talentos, 30 deles não são considerados capazes de dar conta dos desafios do negócio. Essas conclusões vêm de uma pesquisa conduzida pela LHH Brasil, consultoria global em mobilidade de talentos, que ouviu mais de 50 gestores.
Entre outros desafios elencados pelos líderes estão o engajamento (13%), a manutenção (10%) e a contratação (6%) de talentos. “Desenvolver, engajar e manter serão desafios poderosos, mas o maior deles parece estar no fato de que as organizações precisarão desenvolver um olhar apreciativo sobre elas mesmas, algo como uma ampliação da consciência coletiva”, afirma Silvana Mello, diretora de desenvolvimento de talentos, liderança e engajamento na LHH.
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Segundo o estudo, esses dados mostram que, além de um cenário de dificuldades em desenvolver pessoas, é preciso, ao mesmo tempo, entender como engajá-las e alinhá-las ao propósito da organização. O que se busca fora das empresas deve ser semeado dentro e a coerência entre propósito e prática pode ser inspiradora para driblar esses desafios, explica Silvana. Para isso, é preciso trazer o conceito clássico de talento de inclinação natural para realizar uma atividade e entender que por detrás disso existe um ser humano. “Para falar de pessoas, é primordial se curvar ao fato de que pouco conhecimento se tem sobre elas e, para contratar, desenvolver, manter e engajar pessoas, é preciso um olhar mais profundo e holístico sobre o ser humano”, conclui. |