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Inteligência Artificial e RH: quando a tecnologia potencializa o ser humano

Embora a tecnologia não substitua o toque humano, ela abre espaço para que ele se torne ainda mais presente

de Noemi Sakitani em 2 de maio de 2025
Freepik.com

Tenho notado os profissionais de recursos humanos cada vez mais abertos à tecnologia, demonstrando inclusive uma aceitação crescente da inteligência artificial no dia a dia. Recentemente, li uma pesquisa da Cajuina que atesta essa percepção. Hoje,  67,4% das equipes de RH já apoiam totalmente o uso de IA no processo seletivo. 

Esse dado mostra o quanto essa mudança tem sido bem recebida. Embora a tecnologia não substitua o toque humano, ela abre espaço para que ele se torne ainda mais presente. 

Por conta dessa necessidade do viés humano, as mudanças impulsionadas pela IA vão além dos processos, afetando também as habilidades exigidas dos profissionais. A prova disso é que a prestigiada lista do LinkedIn de habilidades mais requeridas pelos departamentos de recursos humanos em 2025 coloca inteligência artificial lado a lado com comunicação e visão estratégica – dois soft skills que precisam andar de mãos dadas com a tecnologia. Isso sugere que ainda precisamos prestar muita atenção à cultura organizacional e às habilidades que que precisam convergir nesse novo ambiente em prol do bom uso da tecnologia.

Essa convergência entre competências humanas e tecnológicas representa um dos maiores desafios — e também uma das maiores oportunidades — para os líderes de RH na atualidade. Se por um lado a inteligência artificial tem mostrado um enorme potencial para automatizar tarefas repetitivas, acelerar decisões e gerar insights valiosos a partir de dados, por outro, seu verdadeiro impacto só será sentido quando estiver alinhada a uma força de trabalho capaz de interpretá-la, direcioná-la e — acima de tudo — humanizá-la.

É por isso que, ao adotarmos soluções baseadas em IA, não podemos negligenciar o papel central da cultura organizacional. Empresas que investem apenas na tecnologia, sem preparar suas equipes para lidar com ela de maneira ética, colaborativa e estratégica, correm o risco de desperdiçar todo o seu potencial transformador. O foco não deve estar apenas em “o que a IA pode fazer”, mas também em “como nossos times podem crescer com ela”.

Nesse sentido, o RH assume um papel ainda mais estratégico. Precisamos ser os facilitadores dessa integração. 

Acredito que está na hora do RH assumir plenamente seu papel como agente de transformação dentro das empresas. Impulsionados pela tecnologia, temos o que é preciso para executar não apenas processos, mas também otimizar a gestão de pessoas e propósitos. 

A junção entre a tecnologia e as competências humanas é urgente e inegável. E cabe ao nosso setor continuar apoiando essa evolução com olhar estratégico e com um olhar aos resultados reais, tanto para os negócios quanto para o desenvolvimento das pessoas para lidarem com a tecnologia.

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