O modelo de trabalho híbrido veio para ficar, mas ele trouxe consigo desafios. A pandemia acelerou a implementação dessa modalidade, que os gestores previam para ocorrer em cerca de dez anos.
Agora, oito em cada dez empresas que adotaram alguma modalidade de home office desejam manter o modelo, como aponta a 2ª edição da pesquisa “Transformações na Gestão de Pessoas”, promovida pela unico, IDTech brasileira de soluções de proteção de identidade digital.
Com isso, surgem algumas questões. A primeira é como manter a transparência sobre o que está sendo feito e o que precisaremos fazer. Como atender a demanda de colaboradores nesse modelo?
Na unico, já contávamos com um mecanismo para isso. O principal é o que chamamos de escuta ativa, que nos permite criar programas, incentivos, auxílios e suporte, de acordo com aquilo que os colaboradores apontam estar precisando.
Colocando todo o aprendizado adquirido recentemente e iniciativas em prática, a unico conseguiu crescer 130% neste ano, um desempenho que é resultado dessa postura e de genuinamente trazer a qualidade de vida para o DNA da cultura da empresa.
Mãos à obra
Quando a pandemia eclodiu, trazendo a necessidade do trabalho remoto, criamos o Termômetro do Home Office. Essa iniciativa complementa a escuta ativa, convidando o colaborador a vir conversar conosco de forma aberta e direta. Acreditamos que isso é uma forma de manter o equilíbrio.
Temos também um encontro semanal, totalmente remoto, chamado Sextou. Ele propõe uma conversa bastante informal e, além de levar comunicações relevantes sobre a empresa, o colaborador também tem um espaço aberto para perguntar o que quiser. Manter essa via de duas mãos na comunicação tem sido muito benéfico para nossa saúde corporativa.
Liderar por exemplo
Por fim, o exemplo da liderança é fundamental. Não adianta criar programas e iniciativas dentro da empresa, voltados para o bem-estar e o combate ao burnout, se a mentalidade de respeito e de cuidado não estiverem genuinamente integradas. Em casos assim, tais iniciativas se tornam meros subterfúgios e não surtem efeito.
Um líder que promove o bem-estar em seu time deve praticar o chamado “walk the talk”, ou seja, agir de acordo com aquilo que fala. Uma liderança que não cuida da própria saúde mental compromete o time e toda cadeia de trabalho. Quando ele não cuida de si, pode sofrer as mesmas consequências de estresse e burnout. E um líder estressado deixa de ser um bom gestor.
Hoje, as pessoas estão mais conectadas e sabem o que pode ser feito para melhorar a qualidade de trabalho e de suas vidas. Os líderes e gestores do Brasil precisam seguir essa nova realidade. Além de corroborar para mais fluidez e redução de custos, o uso de tecnologias tem impacto direto no employer branding da companhia. O caminho é uma via única: ouvir os funcionários e decidir o que é melhor e mais rentável para todos, como um time.