Liderança situacional pode ser uma ferramenta para aumentar a interação e produtividades entre líderes e equipes
Em qualquer organização sempre haverá um líder e/ou gestor que será responsável por direcionar uma equipe, identificando o potencial de cada um e desenvolvendo áreas que ainda precisam ser aprimoradas.
Um perfil de liderança que tem se estabelecido no ambiente corporativo é o situacional, que, em resumo, implica na adequação da maneira de agir dos gestores com suas equipes, de acordo com os colaboradores que a compõem. De acordo com pesquisa realizada pela Gallup, empresa americana de pesquisa de opinião, divulgada neste ano, os líderes representam 70% do engajamento e produtividade dos colaboradores.
Leia também:
Habilidades para desenvolver a liderança empática
Ainda de acordo com o levantamento, 82% das organizações falham ao escolher seus líderes e a cada dez colaboradores contratados, apenas um possui o talento de liderar. O CEO da Passadori Comunicação, Liderança e Negociação, Reinaldo Passadori, explica que a liderança situacional, conceito desenvolvido por Paul Hersey, cientista comportamental, e Kenneth Blanchard – especialista em gestão de pessoas -, visa analisar a maturidade das equipes para identificar o comportamento ideal que o líder deve ter com cada colaborador. “Este modelo exige que o gestor tenha a sensibilidade de avaliar sua maneira de agir, falar e motivar cada colaborador, de acordo com suas características e maturidade. Esta avaliação permite que o líder conheça, individualmente, as características de cada membro do seu time, fazendo com que se sintam valorizados e mais engajados, recurso importantíssimo durante os momentos de crise”, comenta.
Para colocar este modelo de liderança em prática, é necessário seguir algumas etapas:
Direcionar
O líder deve comunicar a equipe ou membro sobre as funções que devem ser desempenhadas, supervisionando a execução das tarefas propostas. “Esta comunicação unilateral irá auxiliar aquele colaborador que ainda não tem tanta confiança a realizar seu trabalho de forma mais segura e tranquila. Direcionar a sua equipe, além de evitar problemas futuros por falta de comunicação, garante que tudo saia conforme planejado”, completa.
Orientar
A orientação é uma parte importante da liderança situacional. Passadori explica que nesta fase, o líder dá voz aos membros de sua equipe, promovendo uma troca de ideias. “Nesta etapa é importante que o gestor estimule e apoie as considerações feitas por seu time, orientando a execução dos projetos e, também, dando sugestões de como melhorar e potencializar os resultados”, ressalta.
Apoiar
O apoio é fundamental para qualquer indivíduo. O especialista comenta que uma parte importante da liderança situacional é o apoio aos colaboradores, com o objetivo de aumentar a confiança e produtividade. “Aqui o gestor reduzirá os direcionamentos e orientações e focará em melhorar seu relacionamento com cada membro da equipe, a fim de motivá-los e promover a confiança entre o time”, completa.
Delegar
Por fim, para implementar a liderança situacional no ambiente corporativo, o líder ou gestor deve delegar responsabilidades para os colaboradores que estão preparados para assumir responsabilidades dentro da organização. “Delegar funções gera autonomia, liberdade e responsabilidade entre os colaboradores, o que não significa que o gestor sairá do comando, mas, sim, que ocupará a posição de supervisão para garantir que tudo saia da melhor maneira”, finaliza Passadori.