Aproximadamente 45% das empresas privadas no Brasil tiveram políticas de horários flexíveis no trabalho no último ano. O resultado do International Business Report 2012 (IBR) da Grant Thornton revela uma queda de 17% em relação ao ano passado, quando 62% das companhias tinham esse tipo de política. O levantamento, que consultou 11.500 empresas em 40 economias, aponta que o percentual brasileiro está bem abaixo da média global de 52%. No ranking mundial, o Brasil ficou na 28ª posição. “Os empresários brasileiros não têm essa cultura e deixam de avaliar o desempenho geral do funcionário. Há o habito de valorizar horário de chegada e saída e alguns são até mal vistos quando se atrasam, por exemplo, sem considerar as dificuldades de quem mora longe do escritório”, afirma Antoniel Silva, diretor de gestão de pessoas da Grant Thornton Brasil. Para ele, as empresas precisam pensar também na qualidade de vida dos seus funcionários, almejando a melhora no desempenho.
Em um comparativo entre as regiões, os países nórdicos (85%) e União Europeia (65%) são os locais onde as empresas mais permitem práticas de horários flexíveis, ao contrário dos países da Ásia Pacifico (APAC, com 32%) e do BRIC (Brasil, Rússia, Índia, China, com 36%). “Notadamente, os países em crescimento têm muito para copiar dos países mais desenvolvidos quando o tema é a melhoria das condições de trabalho para os funcionários”, conclui Silva.