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Organizações devem fortalecer uma cultura altruísta se quiserem atingir objetivos coletivamente

Líderes que estabelecem uma comunicação próxima e que utilizam sua competitividade para atuar coletivamente são os que mais obtêm engajamento dos liderados

Somos bombardeados com informações, melhores práticas e novas tendências a todo instante e, muitas vezes, o acúmulo de novidades das redes sociais e em outros canais gera confusões para os gestores.

Para compreender bem a realidade de uma companhia, defendo, acima de tudo, a coleta de dados internos e um planejamento robusto para que a empresa tenha clareza de seu ambiente e não se perca dentre as muitas possibilidades.

No entanto, também acredito que está na simplicidade a resposta para muitas perguntas dentro das organizações. Os gestores querem produtividade de seus times, mas que também tenham a saúde mental em dia. Desejam atingir ou extrapolar metas, mas nem sempre conseguem mensurar as motivações que levam ao turnover acima da média, por exemplo, entre outros diversos exemplos como esses, que apontam para o constante desafio de criar um ambiente sustentável entre produtividade e resultados versus motivação e bem-estar.

Quando paramos para tentar compreender o que leva as pessoas a acreditarem umas nas outras, a confiarem nos gestores e também nas empresas, na maioria das vezes, constatamos que líderes com mais iniciativa, que estabelecem uma comunicação próxima e que utilizam sua competitividade para atuar coletivamente – e não individualmente – são os que mais obtêm engajamento dos liderados.

Portanto, é importante compreender que os valores que vão nortear a cultura organizacional precisam estimular comportamentos essenciais, como o de criar laços colaborativos, fazer bem ao próximo sem esperar necessariamente algo em troca e ser útil. O altruísmo é uma competência que pode ser estimulada para que líderes e liderados construam uma organização que inspire confiança, tenha estratégias viáveis e encontre um equilíbrio pessoal e interpessoal.

Entenda, ser altruísta não é ser bonzinho, mas ser consciente. Um colaborador altruísta pensa no outro e trabalha em prol dos objetivos da equipe e da empresa. Uma liderança altruísta pensa no bem-estar do time, avalia as melhores formas de se comunicar com os demais colaboradores, reflete sobre a transparência, sustentabilidade e impactos positivos dentro e fora da organização.

Não existe uma fórmula pronta. O que existe é a consciência de que precisamos criar metas que se sustentem para que o sucesso – no amplo sentido da palavra – seja uma consequência constante e para todos.

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Maria Eduarda Silveira

Sócia-fundadora da consultoria de recrutamento e desenvolvimento BOLD HRO