Gestão

Sem meias palavras

de Caroline Marino em 8 de outubro de 2014
Eduardo Sigrist Coppo / Crédito: Divulgação
Coppo, da Dextra: a transparência conduz o comprometimento / Crédito: Divulgação

Falar em credibilidade é falar em confiança e transparência. Na Dextra, empresa de tecnologia, essa transparência é criada no dia a dia e está presente em todas as ações da companhia. Praticamente todas as informações e decisões da empresa são compartilhadas com os colaboradores – do estagiário ao gerente – e, como explica o diretor de recursos humanos da companhia, Eduardo Sigrist Coppo, sem “meias palavras” ou “agendas ocultas”. “A ideia é priorizar do coletivo ao individual”, ressalta. Segundo ele, não existe nenhuma informação da empresa que não possa ser questionada e discutida por qualquer um.

Na Dextra prevalece o que foi combinado previamente. “Isso cria relações poderosas de confiança entre as pessoas e a empresa”, diz. Para ele, não há como alinhar as pessoas aos objetivos de uma empresa se não existir uma convergência de propósitos. Para reforçar essa transparência, todo o ano a Dextra discute formas de manter e aumentar a credibilidade da empresa (para com seus colaboradores). Durante o planejamento estratégico realizado no final de 2012, um grupo de trabalho foi formado na companhia para discutir como o modelo de gestão poderia ser melhorado, observando como a forma de atuação da Dextra poderia agregar valor para os clientes.

A partir dessa discussão, que envolveu pessoas de várias áreas (dos mais jovens aos mais experientes), a Dextra percebeu que uma reorganização dos times de projetos poderia melhorar os resultados. No modelo antigo, a empresa criava equipes toda vez que um novo projeto surgia. Se por um lado essa organização parece fazer todo sentido (afinal, é a forma como quase todas as empresas de projeto se organizam), ela trazia uma desvantagem por não permitir que os times se consolidassem. Em um projeto que podia durar poucos meses, muitas vezes, não havia tempo hábil para que as pessoas se integrassem efetivamente e passassem a atuar de forma mais harmoniosa e produtiva.

Nasceu, assim, o conceito de equipes perenes, que se organizam de forma “quase” fixa, responsáveis por vários projetos. Essa organização tem permitido que as equipes criem uma identidade própria e estabeleçam um vínculo maior entre os participantes, o que viabiliza a realização do potencial das pessoas nos projetos. De acordo com Coppo, isso ajuda muito na formação de times e nos resultados sustentáveis. “A cumplicidade e comprometimento existentes entre os participantes de uma equipe são a chave para o resultado de um projeto”, afirma. Para ele, atuar sempre junto e em diferentes projetos faz com que haja mais liberdade de cobrança, aumenta a performance geral das equipes, melhora a capacidade de autoorganização e aumenta o sentimento de pertencimento dos colaboradores com a equipe e com a própria empresa. No fim, todos ganham.

Um por todos e todos por um
* Programas que priorizam o coletivo
* Decisões compartilhadas
* Viabilização de novas práticas de gestão e acompanhamento dos times
* Criação do conceito das equipes “quase” fixas. Há ações que permitem a troca de profissionais entre os times, tanto de maneira temporária quanto definitiva, como forma de incentivar a troca de experiências entre as equipes

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