Em até cinco anos, os profissionais temporários deverão igualarem-se em grau de importância aos colaboradores permanentes dentro das organizações. Essa é a opinião de 87% dos diretores de recursos humanos entrevistados em uma pesquisa da Robert Half, que ouviu a opinião de 1.675 gestores de 12 países, sendo 100 brasileiros.
Lucas Nogueira, gerente de divisão da Robert Half, credita essa perspectiva ao amadurecimento do mercado de trabalho, que tem enxergado o profissional temporário como um especialista para ocupar posições estratégicas nas companhias, por exemplo, na implantação de sistemas e processos. Nos grandes centros, as oportunidades estão nas áreas de tesouraria, contas a pagar e receber, tributária e tecnologia da informação.
“Esse modelo de trabalho coloca à disposição do mercado executivos com expertise, sem a necessidade de assumir os custos de uma contratação de longo prazo para projetos com tempo determinado. Se a demanda se estender, a empresa já tem um profissional testado para uma possível oferta permanente”, explica Nogueira.
A pesquisa indica, ainda, que as principais razões para o aumento da contratação de temporários no Brasil são a necessidade de mais flexibilidade de recursos, análise de custo e desenvolvimento de mais trabalhos com base em projetos (veja mais no quadro). No processo de contratação dos profissionais temporários de média e alta gerência, as habilidades mais valorizadas são a capacidade de autogestão, especialização, proatividade e domínio do idioma inglês.
Motivos de sobra |
Principais razões para o aumento de contratações de temporários, no Brasil
31% necessidade de mais flexibilidade de recursos 28% análise de custo 18% desenvolvimento de mais trabalhos com base em projetos 15% capacidade de desenvolver habilidades não disponíveis na empresa 2% capacidade de planejamento econômico flutuante 2% apoio ao aumento da carga de trabalho |