A pandemia do novo coronavírus pegou o mundo de surpresa e estamos enfrentando uma intensa transformação social. Com isso, para continuarem atuantes, muitos programas de voluntariado empresarial tiveram que se adaptar ao novo cenário de isolamento social.
Segundo Marcelo Nonohay, referência em voluntariado corporativo e diretor da MGN, empresa especializada na gestão de projetos de transformação social, é possível, sim, manter o programa de voluntariado empresarial ativo durante a quarentena.
O diretor compartilhou com a MELHOR algumas das ideias postas em prática pela MGN, diante do contexto da pandemia, com os importantes resultados alcançados.
Trabalhando com os públicos mais afetados
A pandemia do novo coronavírus afetou a todos, sem exceções; porém, alguns públicos foram mais atingidos. É o caso de: idosos; moradores de periferias; profissionais da saúde; pessoas com doenças mais debilitantes e/ou doenças respiratórias, entre outros.
Pensando nisso, os programas de voluntariado empresarial tiveram que adaptar seus públicos de foco e partir para ações mais emergenciais. “É importante lembrar que momentos de crise aumentam a solidariedade entre as pessoas e, portanto, podem gerar um engajamento maior entre voluntários e causas”, afirma.
Ações de voluntariado em casa
Uma das adaptações nos programas de voluntariado empresarial foi transferir o que seria feito dentro de organizações sociais, escolas e instituições para dentro da casa dos voluntários. Por isso, algumas empresas parceiras buscaram soluções no voluntariado online.
Um exemplo de voluntariado online na quarentena aconteceu em parceria com a Suzano. Preocupada em manter seu programa de voluntariado empresarial ativo nesse período, a Suzano distribuiu para seus voluntários um Guia com 10 Ideias de ações de voluntariado para fazer em casa. Desenvolvido pela MGN, o material personalizado para a empresa inclui desde atividades de incentivo à leitura, ações educativas, até atividades de estímulo a ações solidárias.
Ações para ajudar públicos mais vulneráveis
Partir para ações mais emergenciais também significa trabalhar com públicos que estão mais vulneráveis durante a pandemia – como a população com mais de 60 anos. Algumas empresas, sensibilizadas com essa causa, propuseram ações de voluntariado utilizando esse foco e realizaram ações de arrecadação e doação de materiais para instituições de pessoas idosas.
É o caso do Instituto Criança é Vida. Comovidos com as condições precárias de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), a organização desenvolveu uma campanha para arrecadação de fundos, visando ajudar 18 ONGs que cuidam de idosos na cidade de São Paulo. Essa ação beneficiou cerca de 1.200 pessoas com doação de álcool, máscaras reutilizáveis, alimentos e produtos de higiene pessoal.
Você quer ajudar uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI)? Clique aqui e acesse a lista com Instituições do Brasil todo.
Atividades de inclusão digital para o público idoso
Juntamente com o Projeto Velho Amigo, a MGN ajudou a desenvolver um projeto de inclusão digital para idosos. A ideia foi incentivar voluntários de empresas a realizarem um conjunto de atividades de Café Virtual com grupos de idosos que participam de atividades de inclusão digital em comunidades e lares de idosos, e estão, hoje, isolados.
Os voluntários conversaram com os idosos sobre temas como alimentação e vida saudável. Além de incentivarem os idosos a manterem a imunidade em alta e se cuidarem durante o isolamento.
Apoio emocional ao público idoso
Outra ação de voluntariado empresarial na quarentena foi em conjunto com voluntários do Banco Santander, parceiro da MGN desde 2019. A ação colocou os colaboradores do Santander em contato com os colaboradores aposentados do banco e com idosos de organizações sociais beneficiadas pelo Projeto Parceiro do Idoso. Os voluntários acompanharam os idosos à distância ao longo de todo período de quarentena, dando apoio emocional e incentivando a socialização do grupo de maior risco.