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3° Fórum Melhor RH ESG e Comunicação começa nesta segunda-feira

Na próxima semana, segunda e terça-feira (23 e 24), acontece o 3º Fórum Melhor RH ESG e Comunicação, que discutirá um dos temas mais atuais no setor corporativo

de Redação em 19 de setembro de 2024
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Enquanto o Brasil se prepara para sediar um dos mais importantes eventos sobre sustentabilidade no mundo, a COP30, que acontecerá em Belém do Pará no próximo ano, dados do Google apontam para uma queda de 50% nas buscas pelo termo ESG de 2023 para cá. No mesmo passo, apenas 17% das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estão na direção certa para atingir seu cumprimento em 2030, com metade mostrando progresso limitado e mais de um terço estagnando ou regredindo, segundo a ONU. No ambiente corporativo, muita coisa ainda a ser feita para contribuir com o avanço desses indicadores, mas sob um compromisso cada vez maior das companhias com o tema, com o empurrão da Comissão de Valores Mobiliários no caso das empresas de capital misto ou abertas. A partir de 2026 será obrigatório para empresas abertas publicar um relatório sobre riscos ESG, com o objetivo de garantir mais transparência não apenas entre as empresas, mas também com o público. A corrida contra o tempo envolve compromisso e transparência.

É nesse cenário que acontece a terceira edição do Fórum Melhor RH ESG e Comunicação – No limite da mudança, com especialistas do setor e gestores de RH debatendo os desafios e as urgências da cadeira ESG dentro das empresas.

Promovido pelas Plataformas Negócios da Comunicação e Melhor RH e pelo Cecom – Centro de Estudos da Comunicação, o evento ocupa dois dias do calendário de setembro (23 e 24/09), com discussões sobre como as principais mudanças e tendências legislativas irão afetar a área de Recursos Humanos, as vantagens que a Inteligência de Dados oferece na identificação de riscos e tomada de decisões, a importância de parcerias assertivas e do aprendizado contínuo, as principais tendências para quem deseja evoluir, o essencial para quem ainda está iniciando e, principalmente, a responsabilidade do RH na promoção da verdadeira mudança.

O impacto das ações ESG

Paola Klee, da YC

Paola KleeCEO da YC – Your Carrer Future, participa em dois painéis do Fórum:  Calibrando o clima – Porque saúde mental tem tudo a ver com ESG; e  Mudança na palma da mão – Como o RH pode (e deve) medir seu impacto social.  Sua empresa também é uma das apoiadoras do Fórum.

Ela explica que o foco no “S” de ESG inclui iniciativas que promovem melhorias nas diversas dimensões da sustentabilidade humana incluindo o bem-estar físico, mental e emocional dos funcionários. “Políticas de diversidade e inclusão, programas de apoio à saúde mental e a criação de ambientes de trabalho psicologicamente seguros contribuem para a redução de estresse, burnout e outros problemas de saúde mental. Ao construir uma cultura organizacional que prioriza o respeito, a empatia e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, as empresas podem não apenas melhorar a qualidade de vida dos colaboradores, mas também aumentar a produtividade e a retenção de talentos. Dessa forma, ao integrar questões sociais e de governança às estratégias organizacionais, as práticas de ESG contribuem para um impacto positivo na saúde mental dos colaboradores”.

É fundamental medir o impacto do ESG, e Paola recomenda que se tenha primeiro uma abordagem integrada e que vá além de indicadores financeiros tradicionais. Além disso, as empresas devem estabelecer indicadores específicos relacionados aos três pilares: ambiental, social e de governança. No aspecto social, é importante identificar indicadores relacionados a sustentabilidade social interna e externa. “Os indicadores relacionados a sustentabilidade social interna podem ser obtidos por meio de pesquisas e IA, e podem estar relacionados a taxas de turnover, absenteísmo, produtividade, engajamento e satisfação dos colaboradores, equidade, diversidade e inclusão. Ferramentas de auditoria externa e certificações como ISO 26000 (Responsabilidade Social) e o uso de frameworks como o GRI (Global Reporting Initiative) e SASB (Sustainability Accounting Standards Board) ajudam a garantir a transparência e a mensuração efetiva do impacto ESG”.

Ao falar sobre a importância do evento, ela afirma que “Fóruns dedicados à discussão de ESG são essenciais para promover o intercâmbio de boas práticas, inovações e aprendizados sobre como as empresas podem implementar e aprimorar suas estratégias de sustentabilidade. Eles criam um espaço de provocação, compartilhamento e colaboração. Além disso, esses fóruns funcionam como catalisadores para inspirar ações concretas, promovendo a transformação cultural necessária para que as empresas prosperem em um mundo mais consciente e exigente”.

RH guardião da sustentabilidade

Mauricio Carvalho, da Tamarana

Maurício Chiesa Carvalho, gerente de RH e Responsabilidade Social na Tamarana Tecnologia Ambiental, que estará no painel  No limite da mudança – A responsabilidade do RH na execução e evolução de metas ESG,  afirma que o RH é o guardião estratégico da sustentabilidade (e principalmente da cultura) nas organizações. “Uma das principais contribuições do RH é capacitar as lideranças para entenderem as métricas ESG e como elas impactam diretamente no desempenho da empresa. Um estudo da Deloitte de 2022 mostrou que empresas com forte engajamento em ESG têm 2,6 vezes mais probabilidade de atrair e reter talentos. No pilar ambiental, o RH também pode promover programas de educação e conscientização ambiental, incentivando os colaboradores a adotarem práticas sustentáveis, como redução de resíduos e eficiência energética, dentro e fora do ambiente de trabalho. Isso conecta diretamente a economia circular à gestão de pessoas”.

Ele também diz que, ao falar de políticas de implantação, que “o correto não é usar o termo ‘implantar’, e sim ‘fazer’. ESG é uma jornada. As empresas brasileiras, apesar de ainda estarem em estágios variados de adoção do ESG, têm demonstrado um crescimento significativo em suas práticas sustentáveis. Muitas já começaram a implementar iniciativas voltadas ao ESG, especialmente as de grande porte, influenciadas pela pressão de investidores, consumidores e regulamentações mais rígidas. O Brasil, por ser um dos maiores mercados emergentes, tem a oportunidade de liderar a agenda sustentável, principalmente no que se refere à preservação ambiental e práticas sociais responsáveis”.

“Entretanto, o desafio está em integrar os três pilares de forma equilibrada. O RH, por sua vez, deve assegurar que essas práticas não sejam apenas projetos temporários, mas sim parte integral da estratégia corporativa.”

Ao opinar sobre a importância do Fórum, afirma que ele é “crucial para acelerar a agenda de sustentabilidade nas empresas brasileiras. Esses eventos promovem um espaço para troca de conhecimentos, melhores práticas e discussões sobre os desafios e oportunidades que o ESG traz. De acordo com um estudo da McKinsey, 85% dos investidores globais acreditam que empresas com estratégias ESG robustas são mais resilientes a crises, e o Brasil, como potência ambiental, tem muito a ganhar ao adotar práticas de economia circular e sustentabilidade. Ao focar em debates sobre a economia circular, fóruns como o Melhor RH ESG ajudam empresas a identificarem como maximizar o uso de recursos, reduzir desperdícios e criar processos mais eficientes — tudo isso alinhado ao bem-estar dos colaboradores”. Maurício ressalta ainda que em ESG lucro é commodity. “ESG não é consultoria, ESGwashing, MBA ou pós-graduação. É cultura, propósito e informação. Não é comprar ‘créditos de carbono do projeto do tucano do bico branco’, e sim, começar olhando pra dentro da empresa, pelos 17 ODs, pelo 5S, pela ISO, GPTW”.

O evento é on-line e gratuito, via YouTube das plataformas, com inscrições pelo link https://bit.ly/3FMRHESG. Não perca!

(Publicado originalmente em Portal da Comunicação)


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