A quarta edição do Fórum Melhor RH Confiança começou nessa segunda-feira, promovido pela Plataforma Melhor RH e pelo CECOM – Centro de Estudos da Comunicação. O evento, on-line e gratuito, debateu tendências na gestão de pessoas, evidenciando que desafios enfrentados nos últimos anos ainda permanecem na agenda das lideranças do setor, tais como: melhorias no bem-estar corporativo, atração, retenção e desenvolvimento de talentos, intergeracionalidade e adoção de novas tecnologias e a implementação de programas de diversidade e inclusão. As transmissões estão acontecendo por meio do YouTube da Plataforma Melhor RH, Facebook e, parcialmente, pelo LinkedIn. Continuam nesta terça-feira, a partir das 14h.
Os participantes (especialistas e grandes líderes de RH brasileiros) somaram-se aos ganhadores da segunda edição dos Prêmios Melhor RH Sul e Centro-oeste, que receberam congratulações ao vivo, além de participar de bate-papo sobre gestão de pessoas, mediado por Márcio Cardial, Publisher da Plataforma Melhor RH e diretor do CECOM e Rafael Castro Tatsch, Gerente Regional do CIEE. Desafios setoriais e regionais aprofundam questões trazidas pelo pós-pandemia, na visão dos premiados, mostrando diferentes realidades empresariais brasileiras.
Discussões em destaque
No primeiro painel, Virada de chave organizacional, mudanças significativas no mercado com um retorno ao trabalho presencial e integração crescente da IA (inteligência artificial) foram debatidas.
Leandro José Soares, Gerente Corporativo de Recursos Humanos na Schulz, Mauricio Chiesa Carvalho, Gerente de Recursos Humanos e Responsabilidade Social da Tamarana Tecnologia e Soluções Ambientais, e Rones Tassi, Plant HR Manager – Cargill Food Ingredients South America da Cargill, discutiram o tema, levando em conta as estratégias para manter a produtividade e engajamento em um ambiente saturado por estímulos digitais.
Para Carvalho, o bem-estar corporativo merece atenção nesse cenário, considerando-se a dimensão não subjetiva do tema, dentro das possibilidades encontradas para a atuação organizacional. “A empresa não tem controle sobre a felicidade. Ela pode agir no bem-estar corporativo, trazendo segurança psicológica para o colaborador – levando em conta DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) e o respeito às pessoas, trazendo segurança para elas além das necessidades na pirâmide de Maslow [teoria das necessidades humanas utilizada na Psicologia e nas ações de Desenvolvimento Humano]”, entende o executivo.
Já os programas de mentoria, destacados como cruciais na formação de líderes e na transmissão de conhecimento, ganharam espaço no painel Cultivando Talentos Internos, na presença de Fernanda Dabori, CEO da Advice Comunicação Corporativa, Leandro Figueira Neto, Diretor de Pessoas e Cultura do Grupo Marista, e Rosa Maria Franco, Consultora de RH da Techware.
Para Rosa, a questão comportamental deve ser o foco nos programas de desenvolvimento. “Depois de um determinado nível [na seleção] todos têm ótima formação, cursaram excelentes faculdades e têm o conhecimento técnico necessário”, destaca a executiva. “Mas a questão pessoal do amadurecimento deixa a desejar”, ressalta, sobre o que deve ser discutido na implementração de mentorias.
Ainda sobre desenvolvimento, a resiliência dos colaboradores e das equipes foi tema do painel Resiliência como estratégia, com a participação de Paola Klee, CEO e Founder da YC – Your Career Future, Edna Rocha, Diretora de Recursos Humanos da Sonepar e Mônica Marcele de Oliveira, Supervisora SUNOA do CIEE.
Edna destacou a questão geracional, sob percepção de que a geração 50+ apresenta maior resiliência. “A nossa geração cresceu com maior tolerância à frustração”, declara, no entendimento de que o desenvolvimento de resiliência nas gerações atuais pode ser essencial à sua adaptabilidade ao cenário instável das organizações no momento.
“Essa habilidade de adaptação é indispensável. Hoje o cenário é X, amanhã, – não é o que a gente deseja – pode haver uma Covid. E essa capacidade de se adaptar a um novo cenário, novos mecanismos de trabalho faz diferença no dia a dia para a organização e para o colaborador”, destaca, por sua vez, Mônica. “Inclusive o colaborador sofre menos”, acrescenta a executiva, lembrando questões de saúde mental do profissional, como estresse e burnout.
Causa apoiada
O evento conta com uma ação beneficente de arrecadação de recursos em prol da Casa Hope, instituição de apoio biopsicossocial e educacional a crianças e adolescentes de baixa renda portadores de câncer.
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Para inscrever-se e ter acesso ao certificado, basta acessar o link aqui.
Acesso ao primeiro dia: https://www.youtube.com/watch?v=3QbGPi39lRg
Para assistitir ao vivo a programação desta terça-feira: https://m.youtube.com/live/DcxqU1l2vx4
(Nas redes sociais as gravações aparecem disponíveis destacadas nas respectivas páginas da Melhor RH)