Após quase dois meses da transferência da área de Comunicação Interna para ser gerida por Talentos Humanos, a UnitedHealth Group Brasil (que detém a marca Amil, a maior empresa de saúde do Brasil) avalia o acerto da decisão, embasada em uma nova visão estratégica da companhia. “Já era uma mudança pretendida, pois a área de Capital Humano vem saindo do cenário operacional para uma posição mais estratégica de negócios há alguns anos.”, opina Suzie Clavery, gerente sênior de Marca Empregadora, Experiência de Pessoas e Comunicação Interna do UnitedHealth Group Brasil.
Dois fatos corroboraram o novo posicionamento: Ricardo Burgos, vice-presidente e principal líder de Capital Humano, participa de todas as questões de negócios da empresa. E outra mudança importante foi que, até três anos atrás, “falávamos muito em colocar os clientes, os pacientes, no centro de tudo”, diz Suzie. “Isso continua existindo, mas percebemos que para alcançar essa meta, antes dela, era fundamental colocar o nosso colaborador no centro”. E não há como entregar um serviço de qualidade se o profissional não está satisfeito, na opinião da executiva, que enfatiza: “Não há como ele fazer uma entrega adequada, com acolhimento, com compaixão, de outra forma. Queremos que eles se sintam parceiros do negócio e trazer a Comunicação Interna para o Capital Humano contribui muito para isso”.
Comunicação interna, para a UHG, continua um fator de grande atenção. “Comunicação Interna não é importante, é fundamental, é uma necessidade”, enfatiza Suzie. “Numa empresa como a nossa, as pessoas têm um orgulho grande de pertencer e o nosso propósito é grande aliado para isso. Mas precisamos mostrar para os nossos colaboradores o impacto que eles geram no dia a dia. Como a população está alcançando, através do trabalho delas, a nossa missão de ajudar as pessoas a viver de forma mais saudável e contribuir para que o sistema de saúde funcione melhor para todos. Hoje temos negócios diferentes dentro da companhia, com estruturas distintas, e é a Comunicação Interna que faz a ligação entre a estratégia da empresa e as nossas pessoas, colocando todos para remar na mesma direção”.
Sinergia entre externo e interno
E ainda existe uma sinergia entre o externo e o interno: “A Comunicação Externa é uma grande parceira do Capital Humano e da Comunicação Interna. Ela coloca nossas pessoas na ‘vitrine’, ao dar visibilidade a histórias e cases protagonizados por nossos colaboradores, à boa experiência deles na empresa e que eles dedicam e oferecem para os nossos cientes, e também a conteúdos institucionais que consolidam a companhia como uma marca empregadora para o mercado. E também internamente, para a força de trabalho, que recebe esse conteúdo pelos nossos canais internos”.
“Hoje temos negócios diferentes dentro da companhia, com estruturas distintas, e é a Comunicação Interna que faz a ligação entre a estratégia da empresa e as nossas pessoas, colocando todos para remar na mesma direção”
Entre esses canais, a gerente cita diversas ferramentas em uso para atingir públicos diferenciados: o The Hub (intranet do UnitedHealth Group Brasil); cartazes em murais de hospitais; o Sparq (aplicativo de informações para os colaboradores); as TVs corporativas, nas unidades; os e-mails marketing; e os fóruns onde a liderança dialoga com a força de trabalho, como o Town Hall e o Leader Dialogue. Além dos canais que trabalham para fora a marca empregadora, divulgando o que é feito de bom dentro da empresa, como os perfis oficiais no Facebook, LinkedIn e Instagram, “que ajudam tanto a fomentar o orgulho de nossos colaboradores, quanto a atração de novos talentos”, justifica.
Visão de marca empregadora
O start dessa percepção da comunicação interna se relacionando com a marca empregadora, veio numa feira de recrutamento, lembra Suzie: “Oferecíamos muitas vagas, com benefícios e chances de desenvolvimento profissional, mas as pessoas não passavam em nosso stand porque achavam que estávamos vendendo planos de saúde. Não éramos vistos como uma marca empregadora”. Por isso Suzie Cavery defende um esforço separado, “que mostre que somos uma empresa que emprega pessoas de diversas formações e funcionalidades”. Ou seja, os colaboradores não são apenas a ponta do negócio, o plano de saúde ou o hospital. “Vamos muito além disso”. E como criar essa reputação de marca? “Através da experiência que as pessoas vivenciam no dia a dia do trabalho”, responde a gerente sênior. São os colaboradores que dizem isso para o mercado. “E com a vinda da Comunicação Interna para o Capital Humano, é como de fechássemos esse ciclo, com tudo que é relacionado à experiência das pessoas conectado em uma mesma área da empresa, que passou a ser chamada de Marca Empregadora, Experiência de Pessoas e Comunicação Interna”, conclui.