Gestão

Videoconferência móvel para R&S

de Marcelo Viana em 28 de abril de 2015
Marcelo Vianna, sócio-diretor da Conquest One

Na era em que esquecer o celular em casa está fora de cogitação, pois o acessório já é tão importante quanto a carteira, a videconferência móvel para o recrutamento e seleção surge como uma das principais tendências da área em 2015.

A tendência surge também como resposta do mercado corporativo aos constantes problemas de mobilidade urbana nas grandes cidades. Observamos que o vídeo, cada vez mais, encurta distâncias, reduz custos e ajuda recrutadores na triagem inicial dos candidatos. Com as possibilidades tecnológicas existentes já é possível que os candidatos participem de entrevistas de emprego de onde eles estiverem. Desta maneira, os recrutadores não sofreriam mais com os constantes atrasos dos candidatos decorrentes do deslocamento urbano.

Há ainda outro ponto que deve ser ressaltado: os candidatos buscam flexibilidade na hora de se candidatar a vaga e de participar do processo seletivo. Eles querem se candidatar em plataformas que eles usam no dia a dia, ou seja, nos smartphones – onde eles passam a maior parte do tempo on-line. Uma pesquisa recente da consultoria Futurestep mostrou que 50% das pessoas que procuram emprego já se candidatam pelo celular. E, embora essa demanda esteja crescendo, muitas organizações ainda não têm um site de carreiras pronto para a versão móbile — estas empresas estão perdendo a oportunidade de recrutar candidatos mais conectados.

Segundo o estudo, colocando a estratégia móvel como prioridade, seja por facilitar a inclusão do currículo, por adotar estratégias de compartilhamento do documento pelas redes sociais ou por incluir a videoconferência móvel como parte do processo de recrutamento e seleção, as empresas podem expandir sua rede de talentos e melhorar a reputação. De acordo com a pesquisa, isso ocorre porque este tipo de estratégia facilitará a inclusão de currículos e a realização de entrevistas, fornecendo uma experiência única aos candidatos nessas etapas do processo.

Claro que a tecnologia não elimina de vez as fases de contato pessoal, mas facilita a escolha dos candidatos finalistas. A videoconferência ajuda o profissional de R&S a analisar, por exemplo, o nervosismo, dialética e as habilidades de comunicação, além da adequação do candidato ao perfil da empresa e da vaga. Por isso, a preocupação do candidato com seu marketing pessoal deve ser a mesma que em uma entrevista pessoal.

Mas é preciso levar em consideração que a videoconferência móvel também tem seus limites, seja pela qualidade do sinal das operadoras ou pelos ruídos do ambiente, por isso, exige flexibilidade do recrutador e bom senso do candidato, que além de fazer a lição de casa, buscando conhecer mais sobre o perfil da empresa, deve escolher um ambiente em que o sinal do celular funcione bem, e que não haja muitos ruídos.

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