Gestão

Posso trabalhar de casa?

de Eduardo Carvalho em 7 de julho de 2015
Educardo Carvalho / Crédito: Divulgação
Eduardo Carvalho, presidente da Equinix no Brasil / Crédito: Divulgação

O conceito home office já existe há um bom tempo, mas poucas empresas o colocam em prática. O instituto Top Employers indicou que apenas 15% das empresas brasileiras adotavam alguma prática de home office em 2014. Até que tivemos crescimento expressivo. Em 2013, apenas 6% das companhias no país seguiam este modelo. Mas ainda temos um longo caminho de amadurecimento, afinal este é um índice baixo se comparado com outros países como Reino Unido e Holanda – 65% e 60%, respectivamente.

Institucionalizar o home office não é tarefa fácil. Diferentes questões devem ser levadas em consideração, principalmente porque nem toda empresa tem o perfil adequado.

Agora, se descobrir que sua empresa se enquadra nos moldes do home office, não espere para testar esse benefício, os resultados aparecem mais rápido do que você imagina. O ganho de qualidade de vida é, talvez, o ponto mais evidente. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, gastamos 31% a mais de tempo no deslocamento casa-trabalho do que em outras metrópoles brasileiras. Imagine como seria dedicar este tempo para umas horas a mais de sono, resolver pendências particulares ou ficar mais com a família? Você não ficaria feliz? Seus funcionários também. E pessoas felizes produzem mais. Mas, nem tudo é tão simples, é preciso verificar alguns pontos antes de começar com esse regime de trabalho:

Perfil adequado – Não são todos que podem fazer home office.  Isso deve ficar claro para toda empresa. Antes de anunciar o modelo, avalie as funções das áreas e determine quais terão o benefício. Estruture, também, argumentos (plausíveis) para justificar a não implementação em outros times. Tudo deve ser transparente e alinhado aos objetivos de negócios e funções de cada setor.

Escritório em casa – O colaborador deve ter a sua disposição todos os recursos necessários para trabalhar em outro ambiente que não seja o escritório. Isso significa que a empresa deve arcar com os custos do mobiliário, telefone, conta de luz, hardwares e softwares à disposição do empregado. Portanto, antes de anunciar a nova medida, verifique com seu time de TI se isso é possível. Se todos os softwares da empresa desempenham na nuvem e se funcionam remotamente.

Suporte ágil – Para empresas que praticam o home office o suporte é essencial. O profissional deve contar com respaldo direto, rápido e eficiente. Qualquer problema deve ser resolvido facilmente por telefone ou por algum outro meio digital. Tenha em mente que, diferentemente do escritório, o colaborador não terá acesso presencial ao time de suporte. Não ter agilidade para atendê-lo é sinônimo de tempo ocioso.  

Softwares de segurança – Lembre-se: as pessoas não trabalham, muitas vezes, sozinhas. Em algum momento será necessário trocar documentos. Você não pode correr o risco de expor informações. Se sua empresa não possui altos níveis de segurança, permitir que seu profissional opere de casa coloca em risco dados críticos. Implante um software de compartilhamento de arquivos seguro.

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