Gestão

Empresas relevantes reconhecem e engrandecem sua gente

de Roberta Valença em 2 de outubro de 2015
 Roberta Valença
 Roberta Valença é CEO da Arator

Relevância é a palavra do futuro. Mas como saber se a empresa está preparada para esse futuro? Em primeiro lugar, é preciso entender o que torna uma instituição relevante. Essas corporações nascem e permanecem como parte viva da sociedade, pois fazem a diferença em todas as relações que se constroem com clientes fornecedores e, principalmente, com os colaboradores.

Na maioria dos casos e de forma problemática, as relações humanas dentro das organizações são tecnicistas, instrumentalistas e acabam por reduzir as pessoas. Elas são utilizadas apenas como um meio de se chegar ao objetivo, dentro de um sistema de incentivo e metas completamente fragmentados, sem nexo entre os elos e esquecendo o meio de campo, que é o mais importante.  Sem ele, no futebol, a boa não chega ao gol.

O processo, sentido ou propósito é o que eleva o valor do resultado. Cada indivíduo precisa de autonomia e incentivos para se motivar e se engajar. O autoconhecimento é necessário, e o incentivo a essa busca pelo entendimento interior permite traçar um paralelo entre os anseios pessoais e os da organização.

É tempo das empresas se comprometerem com as necessidades da sociedade de se reinventar, transformar de forma constante o mercado e contribuir para uma sociedade melhor. É hora de pensar além do convênio médico e vale-refeição. Questões como saúde de forma integral, educação, mobilidade, diversidade e segurança são igualmente relevantes para uma maior qualidade de vida. Estas organizações terão de aprender a serem mais humanas, a colocar o ser humano no centro das atenções.

Nesse caminho, assumirão a responsabilidade de desenvolver, reconhecer e engrandecer a sua gente. Isso pode resignificar os propósitos da empresa e do profissional, incentivando e respeitando cada um no alcance do resultado esperado, de forma congruente com seus ideais, características pessoais, estrutura psicológica e crenças. E, sobretudo, dá à corporação o poder de aprender e evoluir com o resultado.

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