Com a expectativa de encerrar 2015 com uma retração de 2,7% do PIB (produto interno produto), 9,5% de inflação, índices bem acima dos previstos inicialmente, os brasileiros enfrentam o trimestre final do ano com um humor nada típico para a época. A alta do dólar e a manutenção da alta taxa básica de juros de 14,25% tiram o sono de empresários e empreendedores e desestimulam investimentos. Mas são os 7,6% de desempregados cerca de 1,9 milhão de pessoas é o que assusta a todos, quem emprega e quem é empregado. Fazendo um comparativo de agosto de 2014 com este ano, o aumento de desempregados é de 52,1% ou 636 mil pessoas e segundo dados do CAGED, que contabiliza apenas trabalhadores com carteira assinada em 12 meses, foram perdidas 986 mil vagas.
Na questão de vagas de final de ano, boa parte da seleção e recrutamento se dá em agosto e setembro para início dos funcionários em setembro e outubro. “Este ano temos um novo cenário. As empresas estão adiando as contratações ao máximo para sentirem o comportamento do mercado e do consumidor, principalmente com a injeção de valores como o 13º salário e rescisões. Esse cronograma está sendo adiado para início na 2ª quinzena de novembro”, explica Juliana Constantino, gerente de recrutamento da matriz da Luandre.
A maioria das grandes empresas de comércio varejista e logística tem previsão de contratação de temporários para suprir o aumento de demanda das vendas de final de ano. Porém a estimativa inicial é que contratem 50% do número de funcionários que contrataram em 2014. A partir deste percentual, somente irão investir em contratação se o mercado responder e a demanda obrigar. Tudo devido à crise generalizada da economia que faz com que todos tenham resultados com menos investimento.