Diante de um cenário de crise econômica e falta de perspectiva de retomada de crescimento muitas empresas reduzem investimentos e fazem mudanças significativas nos processos de trabalho, envolvendo funcionários, estratégias, layout etc. Mas não basta simplesmente mudar, é preciso comunicar da melhor forma possível para evitar outros problemas, que podem atrapalhar a produtividade e gerar aumento de custos e de retrabalho.
De acordo com Eliana Dutra, CEO da Pro-Fit e 1ª Master Coach Certified na América do Sul pela International Coach Federation, essas modificações exigem um alinhamento na comunicação entre todos os envolvidos, para contornar as resistências naturais. “Isso é perfeitamente normal, pois a natureza humana estranha tudo que é novo”, explica Eliana.
É preciso evitar a falta de comunicação ou o diálogo unilateral, pois sem a participação dos funcionários, não é possível fazer a mudança. Quando uma empresa decide uma alteração do seu layout, por exemplo, podem haver questionamentos sobre a necessidade da mudança se estava tudo bem e funcionando até aquele momento.
“É fundamental que o gestor transmita informação sobre as transformações de forma estruturada, clara e direta, explicando o papel de cada um no novo escopo de trabalho e, principalmente a razão de ser da mudança”, afirma Eliana.
Nesse processo, a visão dos funcionários sobre a organização não deve ser subestimada. Por isso não basta informar as alterações, mas ter atenção também com a forma de comunicar e garantir que os funcionários entendam a mensagem e que haja espaço para conversa. “Os setores responsáveis pela comunicação das empresas precisam se reinventar, utilizando novas ferramentas tecnológicas de diálogo, como as mídias sociais, e um discurso de mão dupla para que ambos os lados, líder e empregados, tenham o poder da palavra.”
É possível perceber que a comunicação atingiu o seu objetivo quando a equipe começa a enxergar a mudança da mesma forma que seu líder. “Quando se atinge esse nível de compreensão, há um aumento significativo no engajamento”, conclui.