Por Fabíola Lago
A primeira a coisa a se dizer de Vania Ferrari, antes de seu conteúdo, é que ela sabe se comunicar. É engraçada, sabe tirar risos da audiência. Com passagens em empresas de grande porte, como Vivo, IBM, América Online, “caretinhas”, como ela mesma brincou, a consultora fez uma explanação inteligente sobre como gerenciar uma equipe de alta performance.
Falou sobre a pressa da contratação, que resulta em profissionais não adequados à cultura da empresa, e a paradoxalmente, a demora para demitir. “São três meses para mandar embora e um dia para contratar o primeiro RG que encontrar na rua. Deveria ser o inverso”. Perguntada por pessoas da plateia, como reverter a pressão dos gestores para contratar com rapidez, Vania foi categórica: dados, indicadores. “Mostre que as áreas que recrutam com mais tempo para buscar talentos, fazer entrevistas, obtém resultados muito melhores”.
Sobre feedback, fatos e dados também são imprescindíveis, segundo a consultora. A maioria das lideranças tem dificuldade em ser clara e objetiva sobre o que está precisando ser ajustado na hora de conversar com o funcionário.
“Sentimentos, intuições, não ajudam em nada. É preciso explicar quando e como o colaborador está equivocado dentro da empresa”, relata Vania que destacou ainda que o feedback não termina na conversa. É preciso acompanhar e apoiar a pessoa para que ela mude seu comportamento, com data marcada para fazer uma nova avaliação.
A consultora reforçou a importância da diversidade com equipes formadas por mulheres, negros, negras, LGB, com necessidades especiais; de gente feliz e alegre (a cota de gente chata no mundo acabou, sentenciou) e que roupa não faz nem deve fazer diferença no ambiente de trabalho.
Mas o diferencial da consultora é mesmo o formato. Autora de dois livros, “Crônicas do Bizarro Mundinho Corporativo” e “Manual de uma gerente à beira de um ataque de nervos”, Vânia Ferrari, mais do que uma palestrante, é mesmo uma autêntica comediante “stand up corporativo”, como ela mesma define em seu perfil no LinkedIn. Ao ver a plateia com braços levantados com seus celulares, não titubeou: já fizeram uma “ola” no CONARH? Não? Então vamos fazer!
E todo mundo obedeceu!