Marciel Santos é analista de sistemas numa empresa da área de tecnologia. A pressão dos deadlines do trabalho e da faculdade em sintonia com a má alimentação e a falta de exercícios tornaram Marciel hipertenso. O médico então prescreveu um tratamento que incluía medicação com um custo elevado. Acontece que Marciel não dispunha do dinheiro para a compra do medicamento; quase 50% de sua renda era consumida pelos custos da faculdade. E o jovem desistiu do tratamento.
A história do personagem fictício Marciel se estende a muitos brasileiros. Parte da população desiste do tratamento de doenças, ainda em estágios iniciais, por falta de dinheiro para comprar os medicamentos necessários. Segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), com dados de 2013, a falta de medicamentos compromete o atendimento de pacientes no país. Os dados mostram que, após uma consulta médica em que houve prescrição de remédios, 17,5% dos pacientes não conseguiram obter a medicação indicada. O percentual varia entre as regiões brasileiras e a situação é mais crítica no Norte, onde quase um quarto dos pacientes (24,2%) não conseguiu obter todos os medicamentos receitados.
E essa situação está ainda mais acentuada após o anúncio de mudanças no programa do governo Farmácia Popular, que garante a distribuição gratuita ou com até 90% de desconto de 112 medicamentos de uso contínuo para doenças crônicas.
Diante desse cenário, a empresa que investir no benefício farmácia, sairá na frente na atração e retenção dos talentos nesse reaquecimento da economia. Atualmente, o número de brasileiros com planos de saúde no Brasil é de mais de 47,6 milhões de usuários; desses, cerca de 66% têm planos coletivos empresariais. No entanto, apenas 2,5 milhões de pessoas recebem subsídio dos empregadores para a compra de remédios, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas Operadoras de Gestão de Programas de Benefícios em Medicamentos. Do que adianta poder se consultar, saber da doença, mas não poder curá-la por falta de acesso aos medicamentos.
Ao adotar o benefício farmácia, as empresas passam a ter uma visão da saúde dos atendidos e a ter condições de adotar programas de medicina preventiva para melhorar a qualidade de vida de toda essa comunidade. E com isso o RH pode diminuir a temerosa taxa de sinistralidade que tanto acaba com os orçamentos das organizações.