Gestão

No controle do ego

Para o professor de MBA da FGV, Luciano Salamacha, o ego é essencial para manter a autoestima, porque insegurança não é uma característica de um bom gestor

de Redação em 11 de setembro de 2018

Para a filosofia, o ego é o que caracteriza a personalidade de cada um. Para a psicologia, ele é um pilar dessa personalidade e faz a intermediação entre o id e o superego. Já para o mercado corporativo, o ego é o irmão da arrogância, é o podador da criatividade, ampliador de antipatia, o ceifador de carreiras bem-sucedidas. 

O ego é um processo dentro de nós que administra o que se deseja fazer daquilo que se tem capacidade em fazer. Está associado à imagem que se tem de si mesmo, à autoestima, insegurança ou extrema segurança, além dos pensamentos que avaliam as decisões e ações. Então, uma pessoa que confia cegamente em si ou aquela que acredita ser pior que os outros tem dificuldades em se posicionar como profissional.

Para o professor de MBA da FGV, Luciano Salamacha, o ego é essencial para manter a autoestima, porque insegurança não é uma característica de um bom gestor. O professor aponta que “a segurança só acontece quando elevamos nossa régua de informação”. Ser um profissional que não sabe o que se passa na empresa, no departamento e na área que atua não dará respeito a ele. O reconhecimento favorável por colegas e chefia eleva o ego.

Salamacha explica que o ego certamente é a parte mais sensível a ser controlada em um ambiente de trabalho. Segundo ele: “um requisito pra alcançar a sabedoria é saber controlar o próprio ego. Mas como manter estável uma coisa tão sensível e que facilmente desequilibra”?

Ser honesto consigo mesmo. Esse é um dos momentos em que o ego pode favorecer o profissional. Quando descobre segurança e capacidade para executar ou não determinada atividade;

Enxergar se exagerou no enaltecimento das próprias qualidades. O ego é um véu na frente dos olhos do profissional que acredita que é dele todas as verdades;

Não se deixar influenciar por pessoas que elogiam demais para angariar simpatia e favorecimentos pessoais ou, ainda, que criticam desonestamente para que a pessoa acredite na própria incapacidade;

Ter plena convicção do que se é e o que se pode com uma boa dose de humildade;

Exercitar a humildade e não se vangloriar dela;

E o especialista em gestão de carreiras e negócios termina: “não deixe jamais que o ego, que ocupa a função de gerente, se comportar como proprietário”.

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