Por Jorge Carvalho, sócio-fundador da HealthCO e líder da área de Gestão de Saúde. É administrador de empresas com especialização em Gestão, Marketing e Tecnologia da Informação
A escalada dos custos dos planos de saúde tem tirado o sono de boa parte dos gestores das empresas. O mercado de saúde tem trabalhado com seu próprio índice de inflação, a inflação médica, que apresenta números que chegam a ser três vezes maiores que a inflação corrente.
Apesar dessa questão pressionar e muito os orçamentos empresariais, percebemos que ainda existe muita falta de informação e clareza sobre o que pode e deve ser feito para atacar esse problema.
É importante apresentar de forma bastante clara aos gestores a importância da gestão adequada do benefício com objetivo principal de garantir uma melhor sustentabilidade econômica de suas apólices de plano de saúde. A diminuição de custos será consequência de uma série de ações.
1. Visão de longo prazo
Apesar do contrato de plano de saúde ter duração de 12 meses em média, a empresa permanecerá no mercado por muito mais tempo que isso. É fundamental que ela veja os atores – funcionários, provedores de saúde e consultoria – como parceiros nessa jornada.
2. Comprometimento da alta liderança
É necessário que o comprometimento pela saúde dos segurados da apólice esteja no centro de todas as decisões envolvendo as pessoas. Um erro frequente é que esse assunto seja delegado à área de RH e não esteja na agenda estratégica da empresa. É importante o entendimento de que o plano de saúde é um dos elementos que mais contribui para a atração, retenção, engajamento e satisfação dos colaboradores, tendo, portanto, papel fundamental na competitividade pelos melhores profissionais.
3. Entendimento do problema e ações que ataquem os riscos
É importante realizar um amplo diagnóstico da situação, passando não só por analisar o benefício em si, mas também entender as patologias mais prevalentes na população da empresa, análise dos motivos de afastamento, mapeamento de hábitos de vida, entre outros. Com isso a elaboração do plano de ação focará em ações que ataquem os principais riscos encontrados na população.
4. Avaliação
A avaliação da saúde empresarial deve ser criteriosa, baseada em dados e ser realizada constantemente. É fundamental haver integração entre plano de saúde, segurança do trabalho e medicina ocupacional. Os orçamentos são restritos, por isso, não há espaço para aventuras e programas que não ataquem os problemas reais existentes.
5. Olhar técnico para os reajustes
O reajuste é o momento onde se avaliará se o contrato possui saldo financeiro ou não. Essa avaliação é técnica e carece de um olhar especializado. Por mais preparadas que sejam os profissionais da empresa, um erro comum é achar que conseguem resolver sem o auxílio de consultoria especializada e experiente. A avaliação do reajuste ideal fará uso de elementos que envolvam todos os aspectos que foram descritos anteriormente.