Desde março deste ano, acompanhamos o mundo mergulhar em uma
crise profunda, devido à pandemia da Covid-19. E nós, que fazemos
parte do setor de Recursos Humanos (RH) da Hesselbach Company,
tivemos que nos empenhar e somar esforços numa forte e rápida
adaptação, onde o ambiente online ganhasse ainda mais força.
O trabalho remoto, por exemplo, foi apenas uma das mudanças geradas
pelas consequências da disseminação do novo coronavírus, e já
se apresenta como uma solução que tende a prosperar após a crise.
Existe uma grande possibilidade de crescimento dessa modalidade, se
espalhando por diversos setores do mercado. Para que esse modelo funcione, porém, teremos que repensar nossa cultura, revendo processos internos e realizando as adequações necessárias para abarcarmos essa nova metodologia.
A boa notícia, no que se refere ao setor de serviços em consultoria, é que essa adaptação não afetou a produtividade. Pelo contrário, um estudo recente do mercado apontou um crescimento de 15% a 30% das
atividades do setor.
Apesar da crise, mantivemos nossa margem de crescimento e não precisamos recorrer a demissões ou suspensões.
Os aspectos jurídicos dessas adaptações, porém, ainda representam um grande dilema para as empresas. Quando falamos sobre legislações, não há clareza, ainda, quanto às leis aplicadas à prestação de serviços.
Aqui, na Hesselbach Company, celebramos com nossos colaboradores o contrato individual de trabalho, especificando algumas alterações a serem realizadas pelo empregado, com mútuo consentimento entre contratado e contratante, a partir desse aditivo de contrato.
Claro que, desde que respeitados os limites estabelecidos na legislação trabalhista, e também desde que constem essas alterações no contrato de trabalho, pois mesmo que o colaborador esteja trabalhando em casa, ele precisa entender que o local de prestação de serviços continua sendo a empresa.
Desde o início da pandemia, tivemos que superar alguns desafios. Por exemplo, administrar em um curto período de tempo todas as alterações e alternativas que o Governo aplicou à legislação, como as Medidas Provisórias e seus desdobramentos e interpretações. Sem contar o manuseio operacional do site empregador.web.
Tivemos, ainda, que adequar nossos sistemas e preparar nossa equipe para essas mudanças. O setor de RH de uma empresa é um dos mais dinâmicos. Assim, nossa equipe está sempre buscando aprofundar seus conhecimentos e o aperfeiçoamento do atendimento na área trabalhista, com consultas
a fontes legais, consultas com nosso jurídico; para podermos conduzir prontamente os trabalhos e instruir nossos clientes quanto às ações a serem tomadas.
No Brasil, RH já vinha se transformando significativamente na era digital e sendo um grande influenciador de estratégias organizacionais. Na situação emergencial que atravessamos, o nosso departamento mudou de patamar e se tornou um aliado essencial de gestores durante a crise.
Tivemos que criar dispositivos para manter a equipe engajada durante o home office, garantindo que todos os colaboradores tivessem as ferramentas necessárias para trabalhar em casa.
Atualmente dispomos de ferramentas colaborativas, que nos proporcionam contato em tempo real com nossos colaboradores e clientes. Chamadas de vídeo, videoconferências, chats em aplicativos de mensagens, interação com os gestores dos clientes, forte atuação da liderança.
Esse conjunto de dispositivos naturalmente nos ajudou a manter a qualidade e a produtividade dos trabalhos executados junto aos clientes, de forma que todos têm se mostrado satisfeitos com os serviços prestados.
Realizamos ainda várias rodadas de conversas online, transparentes
e sinceras, entre líderes e seus liderados. Elaboramos um programa
simples, que batizamos de “HB APOIA”, cujo objetivo é, por meio
de videoconferências rápidas e periódicas com as equipes, ouvir e
extrair as impressões e até mesmo os sentimentos, o estado
emocional dos colaboradores nesse período de quarentena.
Essa troca nos ajudou a detectar problemas pontuais e a resolvê-los com
facilidade e em colaboração com o nosso quadro. Dessa maneira, fica claro que a
tecnologia vem se apresentando como uma forte aliada durante a crise.
Independentemente da situação atual, a Hesselbach Company já vinha se
estruturando com ferramentas adequadas onde pudéssemos trabalhar de forma
remota.
Tornou-se factível, então, aos nossos clientes, a possibilidade de
interagir à distância com nossos colaboradores. Além disso, nosso
Departamento de Processos tornou-se um grande parceiro, nos apoiando
e revendo — quando necessário — novos modelos para os negócios.
Outro parceiro importante do RH é a área de Tecnologia da Informação (TI) da empresa, que vem conduzindo com maestria as ferramentas necessárias para a segurança das informações. Um esforço a mais no sentido de mantermos com nossos colaboradores os acordos de sigilo das informações, tanto em relação aos serviços realizados dentro da companhia quanto aos trabalhos relacionados aos nossos clientes.
Acreditamos que, quanto menor for a circulação ou a concentração de pessoas em um mesmo ambiente, menor será o risco de contaminação pelo novo coronavírus. No que se refere ao nosso setor, o trabalho remoto não afeta a nossa produtividade.
Do ponto de vista de gestão de pessoas, se bem acompanhadas e implementadas, essas adaptações impostas pela pandemia são altamente vantajosas para ambas as partes. Dá para conciliar o bem estar do nosso
capital humano, proporcionando qualidade de vida e, ao mesmo tempo, manter o equilíbrio da produtividade.
Por fim, chegamos à conclusão que demonstrar empatia e se colocar à disposição das pessoas nesse momento difícil é uma maneira dos líderes se aproximarem mais dos colaboradores, auxiliando-os a superar esse momento crítico. É esperado que projetos e planos de trabalho sejam adaptados neste momento, cabendo ao gestor avaliar a relevância de cada tarefa atribuída ao time e dar feedbacks constantes — de reconhecimento, desenvolvimento e correções.
Isso é fundamental para o desenvolvimento e adequação a essa nova
tendência, que é o trabalho remoto. Uma modalidade que, ao nosso
ver, acabará se estabelecendo como mais uma das diversas mudanças
necessárias e inevitáveis que fazem parte do “novo normal” em
um mundo pós-pandemia.