A diversidade em uma empresa torna-se uma qualidade cada vez mais importante em um mundo cujos valores se transformam rapidamente. Ela significa muito mais do que respeitar e aceitar as diferenças, sendo fundamental para a formação de equipes. Times com perfis variados tornam-se mais ricos em talentos e melhoram os resultados da empresa contribuindo para o sucesso individual e empresarial.
“Estamos presente em mais de cem países, com diversas marcas, e por isso a diversidade já faz parte do nosso DNA. Nosso negócio é receber pessoas, independentemente da etnia, credo, sexualidade. Todos são bem-vindos nos nossos espaços, tanto hóspedes quanto comunidades locais”, diz Antonietta Varlese, vice-presidente sênior de Comunicação, Relações Institucionais e Responsabilidade Social da Accor.
Em 2017, a Accor, que possui mais de 350 hotéis no Brasil, filiou-se ao Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+ e passou a seguir os dez compromissos da organização que busca garantir a preservação dos direitos da comunidade. Em 2019, a empresa realizou recrutamento específico para transgêneros em parceria com entidades que promovem a diversidade, como a Mais Diversidade.
Entre as ações da Accor favorecendo a inclusão, estão o apoio a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo e de cidades do interior do estado; a realização de campanhas comerciais com linguagem inclusiva em datas comemorativas, como Dia dos Namorados e Dia dos Pais, e o apoio ao Casamento Coletivo Igualitário de São Paulo.
“Promovemos uma série de programas voltados para esse público. Uma das nossas ações que resultou em sucesso foi a criação de uma cartilha para as nossas equipes sobre como receber bem o hóspede LGBTI+”, destaca. Segundo a executiva, esse público costuma viajar entre quatro a cinco vezes mais que os heteronormativos.
Neste ano, a Accor foi considerada uma das melhores empresas para o público LGBTI+ trabalhar, ficando em 4ª posição no Ranking Great Place to Work (GPTW) LGBTQI+ 2020. Também em 2020 recebeu o Selo Municipal de Direitos Humanos e Diversidade da Prefeitura Municipal de São Paulo na categoria LGBTI.
A companhia, porém, não foca apenas na comunidade LGBTI+. “Temos cerca de 150 refugiados de diferentes nacionalidades trabalhando em nossas unidades no Brasil”, diz Fernando Viriato, vice-presidente Sênior de Talento e Cultura da Accor. Segundo o gestor, o trabalho com refugiados é uma iniciativa mais recente e teve início em 2019. Diante do êxodo da população venezuelana naquele ano, a empresa decidiu fazer uma parceria com a ONG internacional Tent Partnership for Refugees.
“Nós assinamos um acordo de cooperação em que nos comprometemos a contratar um bloco inicial de cem refugiados venezuelanos e a fazer uma campanha de sensibilização interna sobre o tema “refugiados”, diz. No entanto, devido à pandemia, a ação, prevista para o início deste ano, foi adiada para o começo de 2021.
Alguns hotéis do grupo, porém, já trabalhavam com iniciativas de contratação de imigrantes, como os haitianos, outra população que veio em grande quantidade para o Brasil há poucos anos.
“Nós não queremos aproveitar uma mão de obra altamente capacitada que estaria supostamente disposta a trabalhar em condições de remuneração inferior. Queremos fazer parte dos projetos de sucesso pessoais, dando oportunidades para que essas pessoas possam construir uma vida”, afirma Viriato.
Essa conversa aconteceu durante o Fórum Melhor RH Tech, realizado pela plataforma Melhor RH, nos dias 14 e 15 de dezembro. O evento, totalmente digital e gratuito, reuniu em seus painéis e trendings gestores de RH e executivos de empresas para debater sobre os principais desafios e tendências do setor.
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