No trabalho híbrido, para a mesma produção gastaremos mais na alternativa presencial, pois esta requer o gasto relacionado ao deslocamento, o que não será necessário na alternativa virtual. Só pensando nesta comparação simples, podemos entender que a alternativa virtual é de maior produtividade, menor tempo, menor custo, quando comparada com o mesmo conteúdo da alternativa presencial que requer deslocamentos (às vezes diversos) e pode requerer estacionamento em alguns casos. Portanto, numa simples comparação a alternativa virtual deve ser a melhor escolha.
Acontece que, em muitos casos, o presencial promove impactos que não se apresentam na alternativa virtual. Quando a comunicação for um fator essencial para o sucesso da empreitada, vamos ter que pagar o preço do deslocamento e, ocasional estacionamento para atingirmos os objetivos propostos. Nesta linha, a decisão de qual alternativa usar como solução merece uma análise mais cuidadosa e abrangente.
Na prática
Quando pesquisamos eventos presenciais e virtuais (ou híbridos) conseguimos entender de empresas especializadas em eventos:
“Por que a maioria realizava eventos presenciais? Porque sempre deu certo. Todos esses recursos tecnológicos já existiam, mas era o encontro face to face que dava certo. Nós, brasileiros, somos um povo que gosta de estar junto, mas, agora, com essa realidade que é global, tivemos que repensar tudo”, afirma a CEO da Evento Único, Roberta Nonis.
Outras pesquisas mostraram que: dos participantes, 95% já estão realizando eventos digitais ou híbridos como alternativa. No entanto, 77% deles possuem um domínio parcial sobre essa modalidade e 11% responderam não dominar. É aí que está uma enorme oportunidade para a cadeia e agências se especializarem para levar conhecimento e soluções completas aos seus clientes, assumindo um papel de consultoria e orientar como melhorar a produtividade entre eles.
Nova realidade
Com a nova realidade do home office e de diversas atividades podendo ser realizadas de maneira virtual, 59% dos profissionais concordam que as mini meetings poderão migrar definitivamente para o ambiente digital, assim como as reuniões internas. Treinamentos, para 56% dos respondentes, também. Já convenções têm uma pequena chance, com somente 9% acreditando que serão realizadas de forma on-line.
Em um artigo da Academia de Gestão de Perspectivas (Vol 12.No 3) sob o título: “Times virtuais: Tecnologia e o trabalho no Futuro”, 3 autores, Anthony M. Towsend; Samuel M. DeMarie e Anthony R. Hendrickson, observaram que os gerentes têm o grande desafio de desenvolver estrategicamente organizações flexíveis respondendo a mercados fortemente competitivos.
Afortunadamente, uma nova geração de informação e tecnologia de telecomunicação apareceu para ser a fundação de formas de organizações que não tinham se mostrado viáveis nos últimos dez anos. Uma das mais brilhantes destas novas formas, os times virtuais, vem viabilizar organizações a serem mais flexíveis de forma a formar desenho de times com alta produtividade em ambientes onde o espírito de equipe não tinha sido possível.