Nos últimos anos, e principalmente depois da pandemia de covid-19, as discussões sobre as diferentes ferramentas disponíveis para o setor de recursos humanos voltadas à gestão ganharam força. Com a imposição do home office e a impossibilidade de trabalhar presencialmente por tempo indeterminado, alguns métodos e tarefas tiveram que ser reinventados e aprendidos do zero.
Processos seletivos, treinamentos corporativos e atividades de engajamento e integração, que antes eram feitas geralmente na sede da companhia, passaram a ser realizadas por meio de uma tela de computador, apenas virtualmente. Os gestores e profissionais de RH precisaram se adequar rapidamente a essa nova realidade ao mesmo tempo em que tinham como função tornar a experiência de adaptação do time mais fácil e com o mínimo de atrito possível.
Possibilidades digitais
As tecnologias e inovações foram grandes aliadas nessa jornada, pois permitiram que, mesmo distantes, as pessoas conseguissem se comunicar sem dificuldades. Além disso, elas abriram um mundo de possibilidades totalmente digitais que facilitavam não só a gestão, como o entrosamento entre os funcionários.
Mas, ainda que o assunto tenha surgido com mais força recentemente, as ferramentas e soluções focadas em ajudar o RH já existem há algum tempo com o objetivo de realizar um trabalho cada vez melhor e mais completo e a transmitir a cultura interna das companhias de forma simples.
Antes de sequer imaginarmos que alguns serviços tecnológicos poderiam auxiliar trabalhadores e instituições a passar por uma pandemia realizando seus trabalhos com a mesma eficiência, pudemos ver startups que já ajudavam as empresas a qualificar suas equipes por meio da gamificação.
Na prática
Como exemplo, podemos destacar o case do Bradesco com o aplicativo b.quest, que foi criado e desenvolvido com o objetivo de ajudar no autodesenvolvimento dos funcionários do banco.
Isso porque ao unir conhecimento e diversão, é possível incentivar a capacitação do time de forma leve e motivacional, além de permitir uma interação entre si tanto sobre conteúdos corporativos como assuntos gerais.
A partir dessa plataforma, também foram feitas ações especiais para os jogos olímpicos de 2016, com um programa de capacitação que testava os colaboradores do país inteiro sobre seus entendimentos relacionados ao evento esportivo.
Social e cerebral
Assim, conforme os participantes acertavam as questões, iam acumulando pontos, que ao final puderam ser trocados por prêmios como passagem aérea, estadia no hotel e ingressos para acompanhar as Olimpíadas no Rio de Janeiro. A iniciativa foi um verdadeiro sucesso, provocando um engajamento altíssimo dentro do banco.
Essa e outras experiências que as companhias tiveram com a aplicação de gamificação para a gestão de pessoas mostram o quão eficientes são esses tipos de iniciativas. Além de promoverem ganhos de aprendizagem focados na qualificação profissional, que beneficiam o trabalho a ser realizado para a empresa, elas também viabilizam vantagens para a vida pessoal de toda a equipe, pois os colocam em contato com atividades lúdicas que estimulam diferentes partes do cérebro.