BlogaRH

A importância do RH no ESG

É necessário que o planejamento estratégico contemple ações de ESG e esteja inserido na cultura organizacional, nos valores e no DNA da empresa

de Cristina Metidieri Pielusch em 24 de maio de 2022

A enorme escassez de talentos é o pesadelo atual das organizações. Segundo  pesquisa da Manpowergroup, a falta de profissionais qualificados atinge índices  altíssimos no mundo todo. Atrair e reter talentos se tornou um dos principais  desafios e é uma questão de sobrevivência, pois a carência de bons funcionários  pode colocar em risco o crescimento e a eficiência da operação. 

Encontrar o candidato que atenda às competências técnicas (hard skills) e que  também tenha as habilidades comportamentais (soft skills) é um grande desafio.  Em tempos de pandemia, as softs skills ganharam mais relevância. O profissional  tão desejado das organizações é aquele que atende aos requisitos técnicos e que se  destaca pelas características pessoais, como comunicar-se com clareza e de forma  assertiva, trabalhar bem em equipe, ser colaborativo, ter resiliência e abertura para  mudanças, saber gerenciar bem o seu tempo (e suas prioridades) e esbanjar no  bom relacionamento interpessoal. 

Para minimizar o problema, 64% dos empregadores dos países entrevistados pela  mesma pesquisa disseram que estão investindo em iniciativas internas, como  plataformas de aprendizagem e ferramentas, para garantir o desenvolvimento dos  seus funcionários. Apontam também uma preocupação com o bem-estar,  repensando as formas de contratos, abordando pessoas de outras faixas  demográficas etc. Iniciativas internas são essenciais para desenvolver, reter e  fortalecer a marca empregadora e, para atingir melhores resultados, as  organizações terão de incluir no seu planejamento ações socioambientais e  governança. 

Os processos seletivos sofreram uma grande evolução na sua história. Os  candidatos utilizam critérios cada vez mais exigentes na escolha do local para  trabalhar. Esse critério pode ser traduzido em uma palavra: propósito. Os  profissionais do futuro – ou melhor, do presente – buscam empresas do bem e  querem ter orgulho da marca para a qual prestam serviços. Cada vez mais, impõe-se às organizações a necessidade de se adequar às boas práticas. Novos modelos de  negócios estão surgindo, e as organizações que não repensarem rápido suas  atividades podem colocar em risco sua perenidade. Impulsionados por questões  climáticas, a empregabilidade verde ganha força, e os profissionais iniciam uma  busca por empregos que tenham um impacto positivo sobre o meio ambiente.

A  responsabilidade social das organizações também está na lista das exigências dos  profissionais. De acordo com o Google Trends, o interesse pela sigla ESG atingiu em  2021 o índice mais alto dos últimos 16 anos. Não só a busca para conhecer melhor  essa sigla tem crescido como também a cobrança para que as organizações atuem  com mais responsabilidade. 

Vivemos o contexto de uma grande transformação cultural, econômica, tecnológica  e socioambiental. E as organizações perceberam que precisam de agilidade nessa  mudança. 

Nesse cenário, o RH tem um papel protagonista, em conjunto com as áreas de  comunicação interna e marketing. É necessário que o planejamento estratégico contemple ações de ESG e esteja inserido na cultura organizacional, nos valores e  no DNA da empresa. 

O uso consciente dos recursos, reduzir a emissão de gases, zerar desperdícios,  melhorar as condições e relações de trabalho, promover impacto positivo na  comunidade e estimular políticas de inclusões e diversidade, seguir condutas éticas,  ter políticas de anticorrupção, praticar a transparência em seus negócios, zelar por  seus colaboradores não permitindo desrespeito, assédio, discriminação e  preconceito: isso é só o começo, com muito (bom) trabalho pela frente! 


Compartilhe nas redes sociais!

Enviar por e-mail


Cristina Metidieri Pielusch

Diretora de RH e Desenvolvimento Organizacional na CDI Comunicação