Por João Marcos Rainho e Jussara Goyano
O ano de 2021 parece que não acabou. Os problemas causados pela pandemia da Covid-19 trouxeram sequelas para todas as dimensões da sociedade, atingindo a vida pessoal, os relacionamentos, a saúde, a educação, o trabalho e os negócios.
Com a manutenção de parte das equipes em sistema híbrido de trabalho, grandes companhias estão vendendo ou entregando prédios de escritórios, devido à ociosidade dos espaços. 
O mundo mudou. Vivemos um novo normal; é o momento de olhar para a frente e se adaptar. Para vencer tais desafios, os executivos são unânimes: dependem, mais do que nunca, do potencial de seus times internos. Toda a equipe, da direção ao pessoal administrativo, e até o “chão de fábrica”, devem ser mais criativos, assertivos, e estar alinhados com o propósito e os negócios da empresa num ambiente de complexidade e até de incertezas
Nem tudo foram dificuldades. Algumas companhias cresceram e até ganharam mais dinheiro ano passado. Caso de setores específicos que se beneficiaram da alta demanda durante o período de isolamento e a partir da adoção do home office: eletrônicos, logística e e-commerce, por exemplo.
 
A BAT Brasil (ex-Souza Cruz), a maior companhia de tabaco do Brasil, deu a volta por cima no contrabando de cigarros e teve um aumento expressivo nas vendas, estimado em 10% no ano passado. Sua relevância econômica está alicerçada no apoio ao pequeno produtor rural, de agricultura familiar, com baixo impacto ambiental, e um time formado por 6,6 mil funcionários. “O RH tem um papel essencial em suportar as metas de longo prazo do negócio e para isso precisa estar diretamente vinculado às suas estratégias e prioridades”, opina Jorge Irribarra, presidente da empresa. 
Para ele, “acreditar e confiar no potencial das pessoas, e apoiá-las para que alcancem seus objetivos e realizem seus sonhos, é o caminho que torna tangível o valor de uma marca”. 
“Nosso foco”, pontua, “está em gerar uma experiência valiosa, potencializando as oportunidades de aprendizado, desenvolvimento e liderança para cada talento. Temos implementado um modelo robusto através de uma cultura mais simples e com empoderamento, para que nossos colaboradores encontrem a oportunidade de atingir metas relevantes tanto para o negócio quanto individualmente”.   
 Geração de valor
Antonio Rios, superintendente do Grupo Marista, que combina empresas do setor educacional e de saúde, por sua vez, destaca o papel do RH na geração de valor para a empresa, sobretudo durante a pandemia, que desafiou e sobrecarregou seus setores de atuação, exigindo transformações aliadas a crescimento e sem deixar de lado os valores humanizados da companhia.
Nesse contexto, a Diretoria de Pessoas e Cultura do Grupo trabalhou para se comunicar de uma maneira ainda mais humanizada, ressalta Rios. Comunicação que afetou e afeta “desde o processo seletivo, considerando o fit cultural dos candidatos, até o nosso modelo de gestão  de desempenho e desenvolvimento de líderes e equipes”, explica, destacando o impacto direto dessa atuação na manutenção da cultura organizacional e no negócio em si. 
 
 “Um dos grandes desafios de um mundo que vive as transformações e efeitos de uma pandemia é o formato de trabalho”, destaca Ricardo Guimarães, CEO do BNP Paribas Brasil – um dos maiores bancos da Europa, com presença em 75 países, inclusive no Brasil. 
“No BNP conseguimos colocar em prática, de forma ágil, o modelo híbrido”, continua o executivo, que permite aos colaboradores trabalharem tanto em casa quanto no escritório. “Permanecem como desafio a criação e o aperfeiçoamento de controles, e acompanhamento de performance”.
 A visão de que o RH impacta o valor gerado na companhia é compartilhada também pelo UnitedHealth Group Brasil, controlador da Amil no país, e a maior empresa de planos de saúde do mundo. O entendimento, como nos conta o CEO José Carlos Magalhães, “é de que colocar os colaboradores no centro das decisões tem influência positiva na imagem e atuação da companhia no mercado em que opera”.
Setor de Saúde: A missão de salvar vidas
Empresas de produtos para a saúde reforçam suas estratégias para atrair profissionais que ajudem a salvar e prolongar vidas
Em tempos de pandemia, as empresas que atuam com produtos e serviços para a área médica ganharam extrema relevância na atual conjuntura e necessitaram de funcionários vocacionados com a missão e cultura exigidas num segmento extremamente humano.  
“Nosso compromisso é com a retenção e valorização dos nossos talentos, assim como com a atração de profissionais que nos ajudem a seguir em nossa missão de salvar e prolongar vidas”, anima-se Antônio Nasser, presidente da Baxter Brasil – multinacional americana de cuidados com a saúde. É uma via de mão dupla, ressalta Nasser: “Nós cuidamos das pessoas e as pessoas cuidam da empresa”, a equação é simples e essa é a nossa fórmula de sucesso”.
“Pertencimento e engajamento dos associados são fundamentais”, complementa Fábio Almeida, head da área de Negócios Cirúrgica e Country Manager da Alcon Brasil. “Nosso RH trabalha de fato centrado em apoiar os associados a se adaptarem da melhor maneira possível às mudanças, somando esforços e criando oportunidades  para a construção de um ambiente de trabalho engajador
 e produtivo”. 
Atuando com terapias para melhorar a vida de humanos
 e animais, a Boehringer Ingelheim Brasil, uma empresa
 familiar focada em estratégias de longo prazo, tem
 uma cultura, nas palavras de Marc Hasson, presidente
 da companhia no país, “baseada no desejo de servir à
 humanidade”. Isso inclui, evidentemente, a equipe. “Os
 colaboradores são nosso principal ativo, enquanto os
 pacientes e os consumidores estão no centro de todas as
 nossas decisões”. Entre as diversas ações, “estimulamos
 um ambiente diversificado, colaborativo e aberto”.
 O foco do cliente é um conceito que cresceu nas companhias
 que desejam aperfeiçoar a qualidade no atendimento
 e ter entregas pertinentes. Mas, sem trazer o funcionário
 para dentro dessa perspectiva, nada acontece,
 segundo José Carlos Magalhães, CEO da UnitedHealth
 Group Brasil: “Há aproximadamente três anos, não articulávamos
 com clareza a mensagem de que o colaborador
 está no centro de tudo. Mas, sim, acreditávamos em
 posicionar o cliente no centro, ele era o foco principal”,
 destaca, contudo, “ampliamos essa perspectiva porque
 entendemos que para o cliente estar no centro de tudo
 que oferecemos a ele, precisávamos que as pessoas colaboradoras
 estivessem no centro de tudo o que fazemos”.
 E tal atitude está rendendo dividendos: o lucro no terceiro
 trimestre de 2021 aumentou 30%, comparado com 2020.
Valores internalizados
Presente em 80 países, a farmacêutica Takeda Brasil alinha valores internos à missão de promover saúde. “A área de RH é a responsável por transmitir e garantir o alinhamento entre os valores da companhia e os funcionários para que se mantenha o nosso compromisso global de proporcionar uma saúde melhor para as pessoa e um futuro mais brilhante para o mundo”, explica Renata Campos, presidente da empresa no Brasil.
Já Fernando Oliveira, Brazil Country Manager da bioMérieux Brasil, empresa de soluções para diagnóstico in vitro, destaca as pessoas como os maiores ativos da empresa: “O RH tem um papel importantíssimo como uma área de agregação e catalisação da comunicação positiva entre todas as áreas da’empresa”, entende Oliveira.
 
Setor Elétrico: Inovação e desenvolvimento na gestão de pessoas
Empresas de iluminação e material elétrico apostam no desenvolvimento de competências num ambiente diverso e igualitário
Para Sergio Costa, presidente da Signify Brasil
 (nova denominação da-Philips Lighting), “o
 papel do RH para geração de valor é fundamental,
 pois foca um dos nossos principais
 elementos de sucesso: as pessoas”. E nesse campo – ele
 destaca – os desafios são vastos, tais como: desenvolvimento
 para novas competências de excelência digital e
 comercial, retenção de talentos, construção de um local
 de trabalho diversificado e inclusivo. “Sem uma atuação
 em forte parceria com a área de Recursos Humanos,
 não seria possível superá-los”, conclui Costa.
Líder global na distribuição de materiais elétricos,
 com operações no país desde 2001, a Sonepar Brasil
 entende que seu melhor ativo são seus colaboradores,
 com impacto direto nos resultados da companhia. De
 acordo com Yannick Laporte, presidente da empresa,
 “a área de RH buscou ouvir a todos e obter soluções e
 propostas que apoiam nosso negócio e nossas pessoas
 rumo ao crescimento”.
Setor Químico: Química atenta às novas transformações
Responsabilidade social e empoderamento das equipes estão na pauta das empresas químicas, atualizando paradigmas
Na Akzo Nobel Brasil, fabricante de tintas e
 vernizes, multinacional holandesa, existe
 um propósito que guia a corporação, segundo
 Daniel Geiger Campos, presidente para a
 América do Sul: “Pessoas. Planeta. Pintura”. Isso significa
 unir a responsabilidade social e ambiental com
 inovação, qualidade de produtos e fomentar a diversidade,
 inclusão, e empoderamento de seus funcionários
 e também de toda comunidade onde atuam.
 O papel do RH, nesse e nos demais planos estratégicos
 da empresa, “é central para que possamos entregar
 nossos objetivos como empresa ao mesmo tempo
 que melhoramos continuamente a proposta de valor
 ao colaborador”. Isso significa, por um lado, apoiar os
 gestores com estratégias, práticas e capacitação “para
 juntos criarmos uma organização de alta performance
 que sela uma vantagem competitiva sustentável”. Por
 outro lado, “é estar próximo para continuamente entender
 e atender às necessidades dos colaboradores e
 desenvolver programas que aumentem a satisfação e
 o engajamento dos colaboradores ao longo do tempo”.
 
Tais propósitos são muito semelhantes aos preconizados
 pela Arkema Brasil – fabricante global de especialidades
 químicas. “A cultura organizacional da Arkema é orientada
 por cinco valores, sendo eles: solidariedade, performance,
 responsabilidade, simplicidade e inclusão”, afirma Carlos
 De Lion, presidente da Arkema Brasil e Cone Sul – que
 faz parte do maior grupo químico francês.
 O RH tem um papel estratégico para a Arkema, sendo
 responsável pela retenção de talentos, práticas para manter
 a motivação e o engajamento dos profissionais diante
 de novos desafios do mercado e tomadas de decisões.
Para a Corbion Brasil, empresa que atua na refinação e
 mistura de gorduras e óleos, para diversos fins, o papel do
 RH, “é promover políticas de gestão de pessoas que estejam
 alinhadas aos objetivos e valores da empresa de forma
 a garantir maior bem-estar no ambiente laboral, aumento
 de produtividade e otimização das condições para a retenção
 de talentos”, segundo entendimento de Maria Cecilia
 Londono, vice-presidente para a América Latina.
 E a executiva conta com a adaptabilidade constante
 dos colaboradores frente a novos cenários e tem uma
 visão positiva para este ano: “Considero que vivenciamos
 agora um momento muito melhor do que imaginávamos
 um ano atrás. Embora a pandemia esteja se
 alastrando significativamente, mais do que esperávamos,
 estamos tendo a chance de nos renovar”.
Setor Tecnologia: Olhar para o futuro, com humanidade
Empresas de tecnologia querem estar na vanguarda do progresso e da produtividade sem perder a perspectiva humana
A NTT Data (novo nome da Everis), multinacional
japonesa de serviços de tecnologia
de informação, também focará este ano a
 proteção do funcionário, conscientes que os
 riscos de saúde ainda existem: “Especialmente devido
 ao período de pandemia que vivemos”, alerta Ricardo
 Neves, CEO da NTT Data Brasil.
 Ricardo Neves também garante que “o papel do RH
 deve ser de protagonismo. Independentemente de qual
 setor em que uma empresa atue, o foco são as pessoas”.
 
Na Huawei do Brasil – fornecedora líder global
 de tecnologia de soluções de informação da indústria
 e das comunicações (TIC) – a formação de
 lideranças impacta diretamente o negócio e revela
 a importância do RH. “Enxergamos a área de Recursos
 Humanos como um departamento estratégico.
 Trabalhamos com planos de desenvolvimento para
 capacitar os profissionais e torná-los aptos a assumir
 cargos de gestão e liderança”, conta Sun Baocheng,
 CEO da companhia.
Para Fabiano Funari, vice-presidente da HCL Brasil
 – empresa que presta serviços de tecnologia da informação,
 com sede na Índia – empoderar quem está
 direto em tratativas com a clientela é o caminho para
 a geração de valor na companhia. “Entendemos que
 os colaboradores estão em melhor posição para compreender
 os negócios dos clientes, entregando, assim,
 mais valor”, explica o executivo.
“Aposte em pessoas e cultura pois ambos são os
 maiores impulsionadores de qualquer organização”,
 recomenda, por sua vez, Douglas Silva, vice-presidente
 e Country Head da Wipro Brasil, empresa de soluções
 B2B em tecnologia, destacando a importância do RH e
 de uma cultura de boas práticas empregadoras para o
 desenvolvimento da companhia.
A Allied Tecnologia, empresa distribuidora e varejista
 de equipamentos eletrônicos, teve um excelente
 desempenho em 2021, com faturamento de R$ 8 bilhões,
 – e crescimento de 25% a 30% ao ano, até por
 conta do aumento da demanda por produtos eletrônicos
 nos lares que se transformaram em escritórios.
 Mas, toda a execução da estratégia para fazer frente
 aos desafios logísticos e comerciais desse período “dependeu
 da equipe”, confirma Silvio Stagni, CEO. “É
 preciso trazer pessoas certas para o time, engajadas e
 fazê-las crescer”.
“A atenção dada às pessoas é fundamental para
 construir uma conexão com o associado”, declara
 Tushar Parikh, CEO da Tata Consultamcy Services
 (TCS), uma das maiores empresas de tecnologia do
 mundo, com sede na Índia.” Para ajudar a motivar e
 desenvolver os nossos talentos, usamos métodos de
 treinamento inovadores, plataformas de aprendizado
 e certificações, como a organização de hackathons e
 concursos gamificados para incentivar a solução de
 problemas”, detalha.
Setor Varejo: Alta performance e objetivos mensuráveis
Varejo faz alinhamento de cultura para contar com times altamente motivados, atuando com ética e transparência
Para nós, da Iguatemi S.A., o olhar humano e
 o cuidado com cada colaborador são pilares
 prioritários para o desenvolvimento de todas
 as iniciativas com foco no público interno”,
 atesta a CEO Cristina Betts. O alinhamento da cultura
 e dos valores da companhia entre os colaboradores, de
 acordo com a executiva, “é fundamental para seguirmos
 atuando, preservando nosso DNA”. E ainda faz
 conexão entre pessoas e resultados: “Nosso RH atua
 de maneira estratégia e 100% conectado ao negócio,
 capaz de criar soluções customizadas. Acredito que o
 fato de priorizamos o cuidado, a atenção aos detalhes
 e a excelência que vive em cada uma de nossas pessoas,
 nos ajudaram a transformar a Iguatemi em uma referência
 de marca empregadora”.
“Na minha visão, todos os gestores da empresa são
 gestores de RH”, conceitua Peter Furukawa, CEO Lojas
 Quero-Quero – a maior rede de lojas de material
 para construção no País, com ações na Bolsa. “Eu acredito que o papel de RH da empresa é fundamental em fornecer conhecimento, processos e ferramentas para que os gestores possam utilizar na gestão de seus times”,
 elogia o executivo.
Ignacio Sánchez, CEO da Leroy Merlin Brasil – rede de
 lojas de material para construção e decoração de origem
 francesa e presente em 11 países – avalia que a área de RH,
 além das funções tradicionais de recrutar, selecionar e contratar
 os talentos que condizem com a cultura/objetivos da
 empresa, tem como papel-chave “o desenvolvimento do
 capital humano dentro da companhia, a geração de profissionais
 de alta performance, singulares e plurais, promovendo
 assim o também desenvolvimento da marca”.
Já Marcos Bicudo, presidente da Vedacit, entende
 que no momento a gestão de RH é peça estratégica do
 negócio, que conecta propósito, pessoas e resultados:
 “É fundamental conectar a proposta de valor e o propósito
 da organização dentro desta perspectiva”.
Setor Bens de Consumo: Transformação cultural transmite valores
A verdadeira sustentabilidade acontece em ambiente de governança forte, apostam as empresas de bens de consumo
 “Como parte de uma estratégia de geração de valor”, o RH precisa
 desenhar programas e iniciativas que ampliem as oportunidades
 de desenvolvimento”, acredita, por sua vez, Alexandre Carreteiro,
 presidente da PepsiCo Brasil.
A Savencia, (marca Polenghi), coloca as pessoas no centro de sua estratégia
 e geração de valor. Paulo Netto, diretor-geral da empresa no Brasil,
 destaca: “Equidade entre valores e ações é um passo essencial para a
 construção de uma marca empregadora de sucesso”.
A evolução da empresa revela o desejo e a necessidade de ampliar
 e melhorar o escopo da gestão de pessoas e o employer branding, colocando o RH em evidência, como defende Claudio Ferreira, gerente
 geral da JTI (Japan Tobacco International) no Brasil: “Acreditamos que
 um ambiente diverso e inclusivo seja fundamental para gerar inovação
 e atingir resultados incríveis”
Setor Energia: Confiança com responsabilidade
As empresas de energia visualizam um mundo com mais sustentabilidade e recursos renováveis
Confiança. Essa é uma das palavras-chave que definem
 a política de RH da Enel Brasil, empresa de distribuição
 de energia elétrica, com grande foco hoje na substituição
 de combustíveis fósseis por renováveis. Nicola
 Cotugno, Country Manager da Enel Brasil, confirma que o trabalho
 “é pautado na construção da confiança entre as pessoas”.
 Em 2022, segundo ele, “pretendemos manter o mesmo ritmo de
 crescimento, valorizando os mais diferentes aspectos da diversidade
 de ideias e culturas.”
Também no setor energético, a Naturgy Brasil, distribuidora de gás
 presente em 74 municípios no Rio de Janeiro e em São Paulo, foca no
 desenvolvimento de talentos como estratégia de crescimento e de fortalecimento da marca empregadora. “Somos uma empresa com visão
 de futuro, sustentável, movida pela excelência e orientada às pessoas”,
 destaca a Country Manager Katia Brito Repsold.
 As empresas de energia visualizam um mundo com
 mais sustentabilidade e recursos renováveis
Setor Serviços: Proteger o mercado significa cuidar das pessoas
As empresas de serviços profissionais e logística preconizam fortemente valores ligados a segurança de produtos e pessoas
A DHL também cresceu, mesmo na crise da
 pandemia. No Brasil existem três unidades
 de negócios independentes e com estruturas
 individuais de CEOs e VPs de RH: DHL
 Suply Chain; DH Express; e DHL Global Forwarding
 (esta última certificada Top Employers no Brasil neste
 ano). A DHL faz parte do Grupo Deutsche Post DHL.
 O Grupo gerou receitas de mais de 63 bilhões de euros
 em 2019, com os 380.000 colaboradores em mais de
 220 países e territórios em todo o mundo.
 A maior equipe no Brasil é da unidade Suply Chain,
 com 20 mil funcionários – metade destes contratados nos últimos dois anos. “Os recursos humanos fazem
 a diferença”, acredita o CEO Maurício Barros. “Na
 área de suprimento é um recurso estratégico, acreditamos
 nisso. É uma vantagem competitiva”. Barros
 diz que desde 2020 trabalham com e-commerce para
 transportar cargas e, com a pandemia, essa atividade
 foi fortalecida. A transportadora alemã quer liderar
 o transporte de vacinas no mundo e conta com sua
 equipe altamente especializada em logística. A previsão
 é que o mundo todo ainda irá precisar de 10
 bilhões de vacinas, em 250 destinos diferentes.
A DHL Global Forwarding (DGF), divisão de agenciamentos
 de cargas, fretes aéreos, marítimo e rodoviário,
 teve recentemente seu Código de Ética e o Programa
 de Compliance revisados pelo Deutsche Post
 DHL, para a inclusão de mais compromissos com os
 direitos humanos e promoção de diversas campanhas,
 auditorias e treinamentos. Eric Brenner, CEO, afirma
 que “estamos muito cientes da importância de nossos
 colaboradores, que fazem toda a diferença para os resultados
 finais da companhia”.
Para 2022, Juan Pedro McCormack, CEO da Dentsu
 International LatAm – um pool de agências de comunicação
 do Grupo DAN (Japão) com 66 mil funcionários
 no mundo – aposta no desenvolvimento de lideranças:
 “A área de RH contribui significativamente em conjunto
 com a liderança da nossa empresa para a construção
 de um ambiente que proporcione inclusão, engajamento
 e estabilidade dos times gerando impacto nos negócios”.
Valdemir Bertolo, CEO da Serasa Experian, destaca,
 ainda, o papel do RH e da gestão de pessoas nas transformações
 culturais e impacto sócioambiental das empresas,
 parte indissociável do crescimento das companhias.
 “O mundo inteiro está cada vez mais voltado às responsabilidades
 éticas e ambientais. O impacto positivo que as
 empresas são capazes de gerar para o mundo é um assunto
 de extrema importância”, explica o executivo.
