A Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, por meio do Conselho Estadual de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra (CPDCN), realizou recentemente a entrega do prêmio Ruth de Souza para mulheres negras de destaque na promoção da igualdade social e no enfrentamento ao racismo.  A homenagem ocorreu no Museu Afro Brasil, na capital paulista, no dia 23 de julho, em celebração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e ao Dia Nacional de Tereza de Benguela, ambos comemorados em 25 de julho. 

Dentre as personalidades homenageadas está Jorgete Lemos (foto acima), consultora organizacional, presente no Grupo de Especialistas que auxilia na curadoria de temas da Plataforma Melhor RH. Como vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (gestões no período 1999/2009) e Diretora de Diversidade da entidade (gestão 2018), Jorgete implantou a área de Responsabilidade Social Corporativa / Desenvolvimento Sustentável. É membro do Comitê de Responsabilidade Social da FIESP e do Comitê Selo de Diversidade do Estado de São Paulo. É, ainda, conselheira da Universidade Zumbi dos Palmares.

Outras homenageadas na iniciativa este ano foram Inês Maria dos Santos Coimbra, primeira negra a atuar como procuradora-geral do Estado de São Paulo; Édima de Souza Mattos, membro do Grupo Gestor de Saúde e Educação do Conselho Estadual da Comunidade Negra do Estado de São Paulo; Beatriz Santos Andrade, fotógrafa e produtora audiovisual do Corre, e Maria Aparecida Pinto, conhecida como Cidinha Raiz, embaixadora da Universal Peace Federation e comendadora da Ordem Internacional dos Parlamentares da Língua Portuguesa e Nações de Língua Portuguesa.

Sobre o prêmio:
O prêmio Ruth de Souza foi criado em 2019, em homenagem à atriz brasileira de mesmo nome, falecida em 28 de julho do mesmo ano. Ruth foi a primeira artista negra do Brasil indicada ao Festival de Veneza como melhor atriz, já na edição do ano de 1954. À época o evento fazia alusão à sua participação no filme Sinhá Moça – um entre os mais de 20 filmes que integrou, muitas vezes interpretando personagens que remetiam à resistência ao preconceito e à desigualdade na sociedade brasileira. Ruth é considerada a primeira-dama do cinema brasileiro.