Estudo da consultoria Bain & Company realizado na América do Sul mostra que as mulheres têm percepção de maior inclusão feminina nas empresas. Melhora é mais evidente com relação a grupos femininos subrepresentados.

Segundo o levantamento, 72% das brasileiras heterossexuais se sentiram mais incluídas nos últimos anos. Entre mulheres do público LGBTQIA+ brancas, 73% tiveram essa percepção, percentual que ficou em 75% entre mulheres negras dessa população.

As que não se sentem incluídas, percebem 1,4 vezes mais chances de sofrer discriminação, assédio ou microagressões no trabalho, em comparação a colegas homens. Somente 24% delas acreditam receber promoções a gerência na mesma velocidade que os homens.

Ao todo, entre homens e mulheres, mais de 70% dos respondentes colocam a equidade de gênero entre as cinco maiores prioridades das companhias, ao passo que 65% consideram a inclusão na escolha por uma vaga.

“Garantir ambientes inclusivos está avançando rapidamente nas prioridades das pautas das lideranças”, explica Luiza Mattos, sócia da Bain. Liderança que puxa o carro da inclusão, em seu papel decisivo ao colocar em prática políticas de diversidade da organização, além de ser o grupo hierárquico que se sente mais incluído: entre profissionais com cargos sêniores, o pertencimento é efetivo para 70% deles. Já entre outros níveis hierárquicos, para profissionais com cargos de entrada, a inclusão é efetiva para apenas 41% dos respondentes.

Segundo a pesquisa, uma boa estratégia de inclusão deve conter metas claras de diversidade, equidade e inclusão, além de mapeamento dos pontos de atenção na área e investimento maciço no desenvolvimento profissional das mulheres; deve propiciar networking entre as profissionais; proporcionar contato com narrativas e exemplos reais para inspirar e conscientizar.