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A importância de um RH mais data-driven

O RH precisa fazer as pazes com dados. No mercado, não cabem mais profissionais que tomam decisões baseadas em “feeling”

de Távira Magalhães em 31 de outubro de 2023
Freepik.com

A área de RH tem se transformado cada vez mais em uma área parceira do negócio, pautando suas funções na isenção e na transparência. Por muitos anos, os departamentos de gestão de pessoas guiaram o trabalho em decisões emocionais, ocasionando ruídos de comunicação e mal-estar entre os colaboradores, pela falta de critérios objetivos no momento de promoções ou demissões. Como solucionar este problema? A solução é simples: basear o trabalho em dados.

Quando falamos sobre o papel do RH baseados em informações, estamos nos referindo a um conceito de decisão justa, sem viés e sem subjetividade. A partir daí, o profissional de recursos humanos passa a ter uma função ainda mais estratégica na mesa de tomada de decisão, pois baseou o seu trabalho em dados, e não em impressões ou sentimentos.

Logo, quanto mais fomentarmos que as tomadas de decisão e os direcionamentos, principalmente nos processos de admissão, promoção, desligamento ou sucessão, sejam baseados em dados, mais fortalecemos o papel isento e fundamentado da área de gestão de pessoas de qualquer instituição.

O profissional de recursos humanos é alguém imparcial, que não tem preferências e que utiliza processos de tomada de decisão transparentes. Aliar análises feitas a partir da coleta de dados a estes métodos impacta diretamente no clima organizacional de uma empresa, pois traz clareza para os colaboradores – para onde irão, o que está fazendo sentido ou não, impactando no aumento de produtividade. Além disso, também contribui no plano de desenvolvimento individual (PDI) de todos os colaboradores, pois eles começam a ver que, a partir do resultado deles, eles têm clareza quais os pontos que necessitam de melhoria.

E qual o resultado disso? É o fortalecimento do papel do profissional de RH do século XXI, aliado à inovação e com perfil mais tático, que entenda do negócio e de sua estratégia. Quando se tem dados e as condições e competências para falar a partir dessas informações, toda a área de gestão de pessoas consequentemente está alinhada à estratégia do negócio.

Quando se fala de dados, também é essencial que o RH seja capacitado para realizar as análises e correlações adequadas com objetivo de contribuir no resultado do negócio. Sem qualificação, não há como se fazer uma crítica adequada para fundamentar as tomadas de decisões nas organizações.

O profissional de gestão de pessoas só estará apto a fazer estes tipos de análise na medida em que tenha a formação, aliado à experiência e verificação constantes. Afinal de contas, aspectos diferentes podem ter lados positivos e negativos. O diferencial é a maneira como se interpretam esses dados e, principalmente, como os aplicar dentro do âmbito organizacional.

O RH precisa fazer “as pazes com dados”. Há um conflito inicial que, se é humano, não se toma decisão baseado em números. No entanto, esse é o primeiro erro que cometemos em termos de pensamento estratégico. Tomar decisões baseadas em números é a forma mais justa e humana de se colocar as pessoas certas no lugar certo e reconhecer o mérito delas.

No mercado de RH, não há mais espaço para decisões baseadas em “feeling”. Logo, não é opcional saber ou não de dados, isso é um pré-requisito para profissionais que são estratégicos. Sem dados, você é só mais uma pessoa com opinião.

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Távira Magalhães

Diretora de Recursos Humanos (CHRO) da Sólides