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ESG no propósito, passo a passo

Como estabelecer prioridades para criação e cumprimento de uma agenda do tema e incorporar as diretrizes de forma a engajar toda a equipe

de Redação em 10 de novembro de 2023
Pada Smith, via iStockPhotos

Demandas crescentes e cada vez mais complexas são a realidade da área de RH de qualquer empresa, na qual também se inserem o apoio a uma comunicação voltada para o ESG e a adesão à agenda do tema na vivência da cultura organizacional. Tornar a pauta o propósito da companhia e da equipe se constitui algo nessencial, o que foi discutido em setembro, em evento organizado pelo Centro de Estudos da Comunicação – CECOM – e pelas Plataformas Melhor RH e Negócios da Comunicação. O 2° Fórum Melhor RH ESG e Comunicação – Consciência para direcionar aconteceu de forma on-line e gratuita, trazendo insights sobre este e outros temas relacionados às ações corporativas em prol do Social, do Meio Ambiente e da Governança.

Prioridade na jornada

O painel Calma, RH: uma responsabilidade por vez abriu o Fórum e discutiu a organização de prioridades no desenvolvimento de estratégias da pauta ESG no contexto atual das companhias brasileiras, muitas vezes com poucos recursos.

Santiago Garcia Lopez, Diretor de RH da Samsung América Latina, destacou a oportunidade de tratar a pauta a partir das crises que mais exigem posicionamento da organização, “fazendo o posível, com o mínimo, estudando de que tipo de crise se trata e como redirecioná-la” , destacou o executivo.

Douglas Almeida, então Diretor de RH América Latina da GE HealthCare, ressaltou a possibilidade dedesenvolver intencionalmente estratégias mais profundas para a pasta, e aproveitar os momentos e as temáticas de contenção e crise para envolver os colaboradores, com transparência, contextualizando as ações e decisões. “Quando isso é traduzido para o propósito fica bem mais fácil”, destaca o executivo sobre a inserção da agenda ESG na cultura organizacional.

Com relação a investimentos, não só financeiros, mas de tempo e disponibilidade do time, o estabelecimento da pauta pode ser abraçado pelo trabalho voluntário e com baixo custo, envolvendo instituições e parceiros com missões afins, entende Almeida.

Fabiana Cymrot, Consultora de Carreira  na FCYM, por sua vez, também entende que, sem engajamento, não é possível levar qualquer prioridade adiante, corroborando a importância de a pauta estar inserida no propósito da organização.

O compromisso é de todos, lembra Fabiana. “As pessoas querem ajudar. A estratégia é definida pela empresa mas para que ela seja alcançada e executada, sem dúvidas, precisamos do engajamento de todo mundo.”

No que diz respeito a estabelecer estratégias sob poucos recursos, a executiva destacou a prática do bônus financeiro para os colaboradores, sob o cumprimento de metas ESG e de produtividade da empresa, o que acarreta reflexos diretos no desenvolvimento e na reputação interna e externa da companhia.

Agenda incorporada

Uma vez estabelecidas as prioridades e diretrizes, é necessário que as estratégias ESG sejam incorporadas na cultura organizacional – isto já está claro. Os caminhos para que isso aconteça foram tema do painel Educar para multiplicar cultura. Programas de capacitação e sensibilização para o envolvimento dos times se mostraram essenciais na prática diária das agendas ESG e também para que as metas saiam do papel e se tornem realidade.

Mário Augusto Costa Valle, Coordenador do Programa de Inclusão e Diversidade do Senac São Paulo, lembrou que a cultura organizacional é o espaço para abraçar a agenda ESG, provocar a reflexão e fazer com que os conceitos sejam praticados.

Elica Cristina Pratavieira Zanchim, Técnica de Desenvolvimento Profissional do Senac São Paulo falou sobre as trilhas formativas coporativas e para o mercado sobre o tema, que ajudam a modificar e desenvolver cultura, lembrando a ausência de conteúdo sobre o assunto na educação de negócios. Elica citou pesquisa da Exame, que mostra escassez de cursos e capacitação em que apenas 1%, entre pelo menos um milhão de executivos, têm acesso à cursos da área.

“Mais do que capacitação profissional é participação social, são espaços democráticos, é de fato fazer diferença dentro da empresa e fora”, comentou, sobre o impacto das formações do Senac para executivos e companhias envolvidos.

Nesse estágio de conscientização e capacitação, Ana Lucia Zanovello, Executiva de Contas do Senac São Paulo, destaca que, na companhia, “não é preciso incorporar o E, o S e o G de uma só vez. A empresa pode ver com qual tema tem mais afinidade, em sua cultura, para iniciar uma ação: Diversidade, sustentabilidade, igualdade de gênero, lideranças femininas…”, citou, entre outros tópicos possíveis.

Na mira da formação

Em depoimento à parte do evento, Ana Lucia destacou que as principais questões na elaboração de programas sobre a temática do ESG pelo SENAC dizem respeito aos conceitos e práticas que comprovem que os participantes conseguirão adquirir as competências necessárias para compreenderem qual é a estratégia a ser implantada e consigam desenhar o processo.

Compartilhando a experiência da instituição nesse sentido, explica que, nesse contexto, “os programas poderão ser compostos por trilhas de aprendizagem que tratem da temática e ao final facilitem a implantação do conceito”. E enfatiza: “Os conteúdos devem aproximar a teoria da práxis, como impulsionadores para a elaboração da estratégia organizacional”.

Como fio condutor da estratégia, “e necessário conhecermos os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável que fazem parte da chamada ‘Agenda 2030’, que está
no pacto global assinado em 2015 na ONU – Organização das Nações Unidas, pelos 193
países membros”, ressalta a executiva.

Segundo Ana Lucia, “eles devem estar em nosso pensamento e deve haver o acompanhamento da evolução global para que as boas práticas sejam inspiradoras para os processos a serem
implantados por quem busca aperfeiçoamento no tema”.

Buscar empresas na área da Educação como o Senac – SP, que já possui Programas específicos na temática, facilitará o desenvolvimento dos Recursos Humanos das organizações, entende a executiva. “Isso além do nosso diferencial metodológico, que facilita o desenvolvimento das competências e habilidades dos participantes.”

O Senac -SP já atende empresas com Programas customizados, e já oferece por meio de seu portifólio pós e extensão, presencial e EAD, além dos cursos livres, de 30 e 40 horas, desenvolvidos para a formação de itinerários temáticos.

Essencial e não diferencial

“A temática do ESG é um caminho sem volta, tratado no pacto global assinado pelas
cúpulas das Nações Unidas. Nós podemos iniciar este caminho por uma das
questões que estejam em consonância com a cultura organizacional e aos poucos
irmos ampliando o processo de incorporação. Exemplo: preparamos nossas lideranças para saberem trabalhar com a diversidade, melhorarmos nossos processos de sustentabilidade, ações socialmente
responsáveis entre outras questões.”, enfatiza, ainda, Ana Lúcia.

“Reforçamos a importância da busca das melhores práticas para facilitar este
caminho. O ESG não é um diferencial, é essencial. Os selos ESG são uma forma de
garantia de que uma empresa pratica, de fato, ações voltadas aos princípios de
Governança e socioambientais. Essa garantia é um fator decisivo na hora da compra de
muitos clientes, além de ser um diferencial importante para muitos investidores.”

A importância dos incentivos

Já no painel RH que pensa diferente, faz a diferença, os participantes destacaram incentivos efetivos para o engajamento junto às metas, discutindo como conscientizar sobre a importância de dados e índices mensuráveis para os relatórios e o impacto de fazer parte de iniciativas e programas de impacto social.

Participaram desse momento, José Ricardo Amaro, Diretor de RH da GRSA Compass Group, Giusepe Giorgi, Diretor de RH da Pirelli na América do Sul, e Rodrigo Dib, Superintendente Institucional do Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE

Amaro ressaltou o papel do RH em conectar temas e ações ESG sob um mesmo guarda-chuva, agregando escala e visibilidade aos resultados, o que auxilia na construção de cultura, engajamento e reputação na empresa. “Na companhia havia várias ações espalhadas, mas sem uma área que pudesse juntar tudo debaixo do guarda-chuva”, lembra o executivo.

E destaca com base na sua experiência: “Quero chamar atenção para o papel de consolidação que o RH tem nesse sentido. Uma das grandes contribuições do setor é unificar”. “Isso é importante interna e externamente para mostrar com clareza, transparência e escala como a organização trata o assunto”, completa.

Outra questão enfatizada por Amaro é a aderência do tema no cor business da empresa.

Ao que Dib concordou, observando que as ações ESG podem ser intensificadas quando a organização adere a “causas que se afinam com a cultura” da companhia. “Você quer fazer pelo social? Pelos resultados? Na verdade isso está conectado”, entende o executivo, associando positivamente resultados e empenho nas questões ESG. “Uma pauta paralela ao negócio não vai permear dentro da empresa”, afirma DIB

(com reportagem de Portal da Comunicação)

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Assista ao 2° Fórum Melhor RH ESG e Comunicação nos links abaixo:

(25/09):https://bit.ly/2ºFMRHESGDIA01MRH

(26/09):https://bit.ly/2ºFMRHESGDIA02MRH

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