
4º FÓRUM MELHOR RH ESG E COMUNICAÇÃO — COOPERAR PELO FUTURO
“Pela união de seus poderes, eu sou o Capitão Planeta”. A frase do desenho animado sucesso nos anos 90 segue mais atual do que nunca em pleno 2025. O super-herói que combate o mal pela preservação do planeta só consegue ser convocado quando um grupo de jovens se une e trabalha para fazer do mundo um lugar melhor. Se cooperar já era importante naquela época, hoje é a chave para um futuro menos caótico, mais inclusivo, saudável e promissor.
Afinal, cooperação deixou de ser tema de aula de ética e faz parte da narrativa central de quem quer sobreviver e prosperar em um mercado fragmentado e sob pressão para ter propósito. Com a economia global na corda bamba – decoupling econômico, barreiras ao comércio e tensões tecnológicas podem reduzir até 7% do crescimento mundial, segundo a Time –, a resposta está na cooperação interempresarial, na integração de setores e na construção de economias inteligentes e inclusivas. E empresas que isolam seus esforços de ESG correm o risco de ficar fora da corrida.
Além da responsabilidade de administrar as ações corporativos, é necessário lembrar que por trás de cada planilha sobre dados de sustentabilidade e governança existe gente de verdade, com expectativas, ânsias e cada vez mais sobrecarregadas. A cooperação também deverá existir no esforço coletivo para que equipes sejam mais humanizadas, com segurança emocional e espaço para cuidar da saúde mental.
Um novo relatório da BCG mostra que 48% dos trabalhadores ao redor do mundo estão lidando com burnout, e que quem se sente incluído tem o risco reduzido pela metade. Nos EUA, o índice chega a 66% em 2025 — especialmente entre Gen Z e Millennials, que reportam níveis de exaustão de até 83%. Os dados mostram uma tragédia anunciada, e se não houver colaboração interna e fortalecimento de alianças entre lideranças, times e princípios, o ESG viverá para ser um discurso vazio.
Nesta edição do Fórum Melhor RH ESG e Comunicação — Cooperar pelo futuro, especialistas do mercado discutem como construir uma cultura cooperativa sustentável, capaz de unir tecnologia, propósito e pessoas. Além de explorar os principais desafios na construção de uma governança transparente, a promoção da educação ESG interna, como construir lideranças de impacto, as métricas verdadeiras e a oferta de suporte emocional.
É nesse cenário que o RH deixa de ser uma área processual para se tornar o cérebro da cooperação corporativa. Sua missão é traduzir a estratégia ESG em práticas cotidianas costuradas na cultura interna, integrando todas as áreas, desde treinamentos ESG até métricas reais de diversidade e inclusão, além das ações que incluam stakeholders e as comunidades impactadas, com o objetivo de construir o valor compartilhado. Mais do que uma ideologia, é um aprendizado urgente: cooperar antes de tudo, para ter futuro.
PROGRAMAÇÃO – DIA 06 DE OUTUBRO:
14:09 – 14:49 | PAINEL 1 | Cooperar pelo futuro
A construção de uma cultura sustentável unindo propósito e pessoas
Meninas levam doces, meninos levam salgados… Mas alguma coisa segue faltando para criar conexão entre as pessoas. No ambiente de trabalho, a chave para isso não é secreta. Times alinhados por valores são 2,7 vezes mais propensos a alcançar alta performance, e 97% dos profissionais reconhecem que a falta de coesão impacta negativamente os resultados. Além disso, ambientes colaborativos registram aumento de 30% em inovação e 36% em produtividade. Neste painel, líderes de RH e especialistas do mercado debatem como costurar valores ESG na rotina da equipe — desde a inclusão de princípios sustentáveis no onboarding até métricas vivas de diversidade e engajamento, com o objetivo de transformar o ESG de slogan em prática e garantir que propósito e pessoas caminhem juntos.
- Andrea Oliveira de Souza, Gerente de T&D Global na Votorantim Cimentos
- Almiro dos Reis, Diretor da Franquality Consulting
- Charmoniks Maria da Graça Heuer, Gerente Geral de Recursos Humanos NA Rede Condor e Gestora do Instituto Joanir Zonta
14:52 – 15:32 | PAINEL 2 | Discurso posto em prática
Como o RH pode promover qualidade de vida e propósito compartilhado
Faça o que eu digo, mas… As palavras têm muito poder no mundo corporativo, mas a melhor forma de comunicação ainda são as ações. Quando uma empresa define um propósito, precisa não apenas disseminar a ideia, mas saber como colocá-la em prática e torná-la tangível para seus colaboradores. Organizações com alto nível de bem-estar no trabalho tendem a superar os índices de mercado, segundo o Work Wellbeing Score da Oxford/Indeed, mas apenas 22% dos trabalhadores se sentem realmente bem com sua rotina. Além disso, ambientes que incentivam desenvolvimento de carreira, pertencimento e reconhecimento têm equipes até 12% mais engajadas e produtivas. Neste painel, líderes de RH e especialistas do mercado discutirão como transformar discurso em experiência concreta por meio de ações internas de valorização ao bem-estar, estabelecimento de métricas calibradas para a medição de satisfação no trabalho, workshops de comunicação e conexão entre líderes e suas equipes.
- Adriana Cohen, Líder de Total Rewards América Latina na Alstom
- Daniel Forastieri, VP de RH da Novelis
- Danila Cardoso, Diretora de Pessoas na Motiva
15:35 – 16:15 | PAINEL 3 | Quem é o dono?
A responsabilidade pela segurança (e veracidade) dos dados ESG
Em um mercado onde investidores e consumidores valorizam a sustentabilidade, ESG é o novo “ativo” de ouro, mas também o maior passivo de risco reputacional. E quem responde quando o que está no relatório não reflete a realidade? No Brasil, o problema da veracidade é sistêmico: 98% dos investidores brasileiros acreditam que os relatórios de sustentabilidade das empresas contêm informações não comprovadas, o que pode se tornar um risco legal. A responsabilidade sobre os dados ESG se dissipa entre o RH e a governança, tendo o primeiro um papel central na autenticidade dos dados sociais e na cultura de integridade que evita fraudes em todos os pilares – um desafio real, pois a credibilidade está sempre em jogo. Neste painel, líderes de RH e especialistas do mercado discutem soluções para a questão, como a implementação de sistemas de governança de dados ESG robustos, fortalecimento do RH como agente de fiscalização e promotor de due diligence interna e o estabelecimento de indicadores sociais verificáveis e auditáveis.
- Ana Matta, Gerente de Sustentabilidade no Grupo HDI
- Sergio Amad, CEO da Fiter
- Dani Plesnik, Educadora, Palestrante e Executiva de RH
16:18 – 16:58 | PAINEL 4 | O desafio de mudar
Transformar a realidade começa com a nossa postura – mudança social também é pessoal
Em casa de ferreiro… Quando seu discurso não bate com suas ações, tudo se perde. Muitas empresas anunciam compromissos sustentáveis, mas ainda enfrentam o abismo entre discurso e prática, isso porque a mudança precisa partir de cada indivíduo de forma genuína para surtir efeito. O futuro da sustentabilidade nas organizações não depende apenas de metas ousadas, mas da coragem de repensar hábitos cotidianos, valores e decisões. Não à toa, apenas 16% dos funcionários acreditam que suas organizações já têm a mentalidade e os comportamentos necessários para sustentar uma forte cultura de sustentabilidade. Neste painel, especialistas do mercado e líderes de RH debatem sobre como transformar a mudança em prática viva dentro das organizações, implementando treinamentos de sensibilização para despertar a responsabilidade individual, lideranças atuando como exemplos visíveis de sustentabilidade, engajamento de equipes em cocriação de metas, reconhecimento de comportamentos sustentáveis no dia a dia e ajustes em políticas de RH que incorporem critérios ESG em todas as etapas.
- Antonio Linhares, Diretor de Gente no no Grupo Energisa
- Rodrigo Dib, Superintendente Institucional e de Inovação no CIEE
- Simone Beier, Executiva de RH
17:01 – 17:41 | PAINEL 5 | Saúde mental como risco
Como adaptar as novas obrigações da NR-1 e os impactos das políticas de bem-estar na cultura organizacional
Com grandes responsabilidades, vêm grandes obrigações. A partir de maio de 2025, as empresas brasileiras terão de incorporar riscos psicossociais (como burnout, assédio e estresse) no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), conforme a nova NR-1. Em 2024, o país registrou 472 mil afastamentos por transtornos mentais, um crescimento de 67% em relação ao ano anterior. Investir em bem-estar emocional é estratégico: cada real empregado em saúde mental pode gerar até quatro de ganho em produtividade. Neste painel, líderes de RH e especialistas de mercado abordarão como o RH pode liderar práticas eficazes, com dinâmicas de escuta ativa para líderes, inclusão de políticas de prevenção e suporte emocional no cotidiano da empresa, revisão dos princípios do compliance e treinamento de lideranças para adaptação aos novos deveres.
- Carolina Pires, Especialista de RH em Industrial Relations na Alstom
- Emilio Poffo Neto, Gerente de Recursos Humanos na Eldorado Brasil Celulose
- Beatriz Imenes, CEO da Planin
17:44 – 18:24 | PAINEL 6 | Cooperação da porta pra fora
Iniciativas que têm transformado comunidades
O tempo em que uma empresa pode agir como uma vizinha simpática da comunidade já passou, agora a conexão com o entorno precisa ter menos grandes ações raras e mais gestos simples, práticos e diários. Não basta apenas doar, é preciso co-criar soluções estruturais que gerem desenvolvimento mútuo. O setor de Investimento Social Privado (ISP) movimentou mais de R$5 bilhões recentemente, demonstrando o potencial do capital privado para resolver problemas públicos, desde que o investimento seja planejado e tenha metas de impacto mensuráveis. Neste painel, líderes de RH e especialistas do mercado conversam sobre a importância das iniciativas que fazem a diferença, os caminhos para implementar conceitos como o de integração do Social com o core business, como transformar a comunidade em parceiro estratégico, interpretando os relatórios de impacto local, os canais de escuta que funcionam e como construir um diálogo de feedback permanente com membros de dentro e fora.
- Rafael Jaworski, Diretor de Gente e Gestão no Grupo Romitex
- Cristina Iglecio, Sócia-Diretora da Kubix Comunicação e Estratégia
- Jéssica Trevisam, Gerente de Responsabilidade da Motiva
PROGRAMAÇÃO – DIA 07 DE OUTUBRO:
14:09 – 14:49 | PAINEL 1 | Levantando a bandeira
Como aliar embaixadores ESG e Educação Corporativa
Expectativa: um discurso bonito sobre a preservação do mundo. Realidade: um funcionário que não sabe por que estão falando de sustentabilidade se não é seu trabalho. Criar uma cultura ESG robusta exige mais do que papo, pede por vozes internas que traduzam o propósito em ação. Em empresas que adotam práticas ESG claras, a satisfação dos colaboradores chega a 85%, uma diferença notável quando comparada à média geral do mercado, que registra 60% de insatisfação. Os embaixadores ESG são a chave para essa transformação, atuando como multiplicadores que conferem autenticidade à marca empregadora. No entanto, para que essa bandeira seja levantada com eficácia, é fundamental que o RH forneça a educação corporativa necessária para transformar a intenção em conhecimento e, finalmente, em comportamento. Neste painel, líderes de RH e especialistas do mercado debatem as ações que podem beneficiar as empresas que buscam se fortalecer, como estruturar trilhas de aprendizado específicas por área (como ESG para Finanças ou ESG para Compras), selecionar e capacitar a rede de embaixadores com ferramentas de comunicação e como mensurar o impacto dessa cooperação na retenção de talentos e na credibilidade das ações de sustentabilidade da marca.
- Douglas Almeida, Executivo Sênior de Recursos Humanos
- Kiko Campos, Professor na Stanford University Design School
- Paola Klee, CEO da YC – Your Career Future
14:52 – 15:32 | PAINEL 2 | O além do bem-estar
O diferencial do cuidado com a saúde financeira, existencial e ambiental
Se a saúde mental é o oxigênio que mantém a produtividade viva, a saúde integral é o solo que garante a sustentabilidade desse ecossistema. No Brasil, essa perspectiva é urgente: 63% dos trabalhadores enfrentam problemas financeiros, uma preocupação que já supera a própria saúde como principal fonte de ansiedade. O estresse financeiro não fica na porta da empresa. Ele tira, em média, 6 horas de trabalho por mês dos funcionários, comprometendo a concentração e o desempenho. A cooperação, neste contexto, é vital: é preciso que o RH e a liderança olhem para além do plano de saúde, reconhecendo que o bem-estar duradouro exige um senso de propósito e a conexão com o futuro do planeta. Neste painel, líderes de RH e especialistas do mercado avaliam como o RH pode integrar programas de bem-estar 5.0, partindo da educação financeira ao incentivo à cidadania corporativa e ao propósito individual, apresentando ideias como a implementação de plataformas de auxílio financeiro, programas de mentoria existencial e a incorporação da agenda ESG no plano de desenvolvimento dos colaboradores.
- Daniel Arouca, Diretor de RH na Colgate-Palmolive
- Charmoniks Maria da Graça Heuer, Gerente Geral de Recursos Humanos NA Rede Condor e Gestora do Instituto Joanir Zonta
- Maria Ester Domingues de Oliveira, Diretora de RH da Gooroo
15:35 – 16:15 | PAINEL 3 | Plantando a semente
As competências da liderança sustentável
O mundo não foi construído em um dia, mas precisa de atitudes diárias para se manter – e dentro das empresas não tem sido diferente. Competências como liderança ética, pensamento estratégico, colaboração e comunicação inspiradora estão entre as mais valorizadas para conduzir a agenda sustentável. O objetivo é cultivar valores e atitudes capazes de gerar impacto duradouro dentro das organizações e nas comunidades. Quem de fato incorpora essas habilidades à cultura são cinco vezes mais propensos a estabelecer metas externas ambiciosas e engajam quase três vezes mais a organização sobre os benefícios financeiros da sustentabilidade. Neste painel, especialistas do mercado e líderes de RH expõem estratégias para desenvolver e fortalecer líderes com mindset sustentável, o impacto da visão sistêmica aplicada no dia a dia, o diferencial de uma liderança comunicadora alinhada aos objetivos verdes, a criação de ambientes colaborativos para discussão de metas e sua implementação práticas nas equipes e como identificar hoje as skills que têm feito a diferença na construção de uma nova geração de líderes.
- Elcio Trajano Jr, CHRO na Eldorado Brasil Celulose
- Claudia Meirelles, Head de Pessoas & Cultura na Itaúsa
- Fernanda Dabori, CEO da Advice Comunivação Corporativa
16:18 – 16:58 | PAINEL 4 | Like não sustenta legado
A união de RH e Comunicação Interna para construir um storytelling de respeito
Quem compra o que você está vendendo? A sociedade não paga mais para ver discurso sobre ESG, ela exige coerência e quer receber atitudes concretas. Um joinha nas redes sociais pode até ajudar sua imagem, mas não esconde as falhas na hora de colocar em prática o que você prega na internet – principalmente para quem está ao seu lado diariamente. O maior desafio da agenda ESG não está em elaborar relatórios para investidores, mas em converter o propósito em cultura. É aqui que a união estratégica entre Recursos Humanos e Comunicação Interna se torna o motor para a sustentabilidade. Enquanto 78% dos líderes já entendem que o ESG é crucial para atração de talentos, uma pesquisa global com funcionários brasileiros mostra que 96% acreditam que o investimento em pessoas gera benefícios econômicos e sustentáveis. Para que essa crença se materialize, é preciso uma narrativa coesa. Neste painel, líderes de RH e especialistas do mercado debatem as maneiras para alinhar RH e CI com a criação de mapeamento de ESG, cruzamento de dados com a comunicação para transformar números em narrativas engajadoras, o impacto da inclusão do ESG desde o onboarding e canais funcionais de escuta ativa.
- Renata Del Bove, Diretora de RH e Sustentabilidade na Pernambucanas
- Priscila Quaresma, Gerente de Comunicação Interna da Votorantim Cimentos
- Helena Prado, Presidente Executiva e Sócia-Fundadora da Pine
17:01 – 17:41 | PAINEL 5 | Ponto de não retorno
Comunicação Interna como estratégia para que práticas sustentáveis básicas se tornem hábitos
Não faça o que eu digo, mas fique atento ao que eu faço. Discursos sobre sustentabilidade não colam mais, o que o mundo pede atualmente é ação – principalmente das empresas. O desafio está em transformar intenções em rotina: pequenas práticas que, repetidas, moldam a cultura organizacional. No entanto, os números mostram que há divergências: enquanto 65% dos jovens profissionais preferem trabalhar em organizações com compromissos reais nesse tema, apenas 13% dos executivos afirmam que a sustentabilidade está profundamente enraizada em suas agendas. Neste painel, líderes de RH e especialistas do mercado discutem o papel da CI como motor para transformar discurso em hábito, com ações como boletins com o reconhecimento de boas práticas, informes sobre micro-metas e como cumpri-las, criação de dinâmicas de time para o aprendizado sobre sustentabilidade na prática, métricas e feedback contínuos para consolidar as mudanças de forma tangível.
- Bruno Borges, Gerente de Campanhas e Programas de Relacionamento com o Público Interno na Petrobras
- José Luís Ovando, Sócio-diretor de Estratégia e Atendimento na Supera Comunicação
- Elizeo Karkoski, Diretor Executivo da P3K