Governança / Crédito: Getty Images |
A busca por maior transparência e por condutas mais adequadas por parte de quem está no comando foi a tônica das manifestações que marcaram a história recente do Brasil. No que se refere ao âmbito corporativo, as reivindicações ganharam uma forte aliada: a nova Lei Anticorrupção. Em vigor no país desde janeiro último, a legislação prevê multas (com valores significativos) às empresas que ofertarem propinas, cometerem crimes financeiros, lavagem de dinheiro, corrupção e outros atos lesivos. Para evitar esse tipo de dor de cabeça, o especialista José Leonelio de Souza, gerente de desenvolvimento de negócios de governança, risco e compliance da Thomson Reuters para a América Latina, destaca algumas dicas e procedimentos que as empresas devem adotar:
DADOS seguros ou não? Um levantamento recente feito pela Thomson Reuters, envolvendo secretários corporativos e conselheiros gerais, a respeito da preocupação estratégica sobre comunicação confidencial, apontou que mais de 80% dos empresários ouvidos têm dúvida se a comunicação entre membros do conselho é parcial ou completamente desprotegida de recursos de criptografia. A importância de os membros do conselho terem acesso aos documentos em seus computadores pessoais ou em redes inseguras, mesmo se expostos aos riscos, foi indicada por 50% dos participantes. |
1. Auditoria interna
O primeiro passo é implementar um levantamento detalhado para avaliar riscos, rever planejamentos e listas de verificação, rastrear emissão e relatórios. Isso possibilita padronizar, automatizar e gerenciar os aspectos principais de um processo de auditoria.
2. Inteligência regulatória
Identificar e rastrear todos os eventos regulatórios que afetam seus negócios direta e indiretamente, reunindo informações relevantes e integradas que permitem uma tomada de decisão mais rápida, segura e assertiva; uma análise detalhada e aprofundada dos aspectos regulatórios identificados permitirá maximizar a eficiência e, ao mesmo tempo, reduzir custos operacionais das empresas.
3. Segurança de informação
A história recente mostra que a governança corporativa no ambiente global tornou-se mais complexa nos últimos anos. Executivos necessitam de informações estratégicas e inteligência industrial que assegurem perfeito entendimento de cada situação e uma consequente tomada de decisões mais assertiva. Já existem no Brasil ferramentas de alta tecnologia que permitem integrar todos os dados-chave em plataforma web, 100% acessível, favorecendo a organização e o compartilhamento de dados entre diretores e executivos de empresas, de forma segura e totalmente personalizável.
4. Treinamento
Uma boa preparação da equipe interna é indispensável nesse processo de revisão de governança corporativa, em especial na pós-sanção da nova Lei Anticorrupção brasileira. Soluções de treinamento via e-learning, em especial aquelas que permitem integrar regras internas com regras regulatórias vigentes, são bastante recomendadas.