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A inovação no RH vai muito além da implementação de novas tecnologias 

José Carlos Nascimento, diretor de Pessoas e Cultura da IOB, explora neste artigo exclusivo como a inovação envolve transformação cultural, liderança empática e a construção de um ambiente de confiança

de José Carlos Nascimento em 30 de agosto de 2024
Inovação Foto: imagem gerada por IA - DALL·E

Quando falamos em inovação no RH, muitas vezes pensamos em novas tecnologias e plataformas que facilitam a gestão de pessoas. No entanto, a verdadeira inovação vai além das ferramentas digitais. Mais significativa, que tem mais peso e mais difícil de se construir, é a inovação relacionada à maneira como lideramos nossas equipes compostas por pessoas, ainda mais de forma virtual.

Adotar um novo olhar sobre a liderança foi essencial para garantir que a transição para o modelo 100% home office fosse bem-sucedida. O perfil do gestor na IOB precisou evoluir para se alinhar a essa nova realidade. Hoje, buscamos líderes que tenham experiência em ambientes remotos, que entendam a importância da comunicação clara e da empatia, e que estejam preparados para gerenciar a produtividade e o engajamento dos colaboradores sem a presença física constante.

Confiança e adaptação: a cultura do home office na IOB

A confiança emergiu como um dos pilares da gestão remota. Em um ambiente em que o controle físico e a supervisão constantes não são necessários e nem possíveis, a confiança se torna essencial para garantir que os colaboradores desempenhem suas funções de maneira eficaz e alinhada aos valores da empresa. A liderança efetiva vai além da simples supervisão de tarefas. Trata-se de construir uma relação mútua, em que os líderes sabem da capacidade dos colaboradores em gerenciar tempo e responsabilidades. E os colaboradores contam com o apoio dos seus líderes, mesmo à distância.

A mudança para o home office na IOB não foi apenas uma alteração no local de trabalho; foi uma transformação cultural. Adaptar-se a esse novo modelo exigiu uma revisão profunda de como a empresa interage com os times. Além da confiança, fatores como responsabilidade e flexibilidade tornaram-se centrais na cultura organizacional. Inclusive, ocorreu uma mudança associada à transformação digital no modelo remoto: integrar as diferentes gerações, garantindo que os colaboradores mais jovens e os mais experientes se sintam incluídos e valorizados. Esse desafio foi abordado por meio de uma estratégia que combina treinamento, comunicação aberta e adaptação tecnológica. As gerações mais antigas receberam apoio e treinamento para se adaptarem ao novo ambiente digital.

Atraindo talentos e promovendo saúde mental no ambiente remoto

Manter a coesão e a identidade da empresa em um ambiente remoto não foi só um desafio, mas uma oportunidade de reforçar valores fundamentais. A cultura do home office na IOB se consolidou, a ponto de se transformar em um dos principais atrativos para novos talentos. A Geração Z valoriza a flexibilidade e busca empresas que ofereçam essas condições. O fato de sermos uma companhia 100% remota tem atraído cada vez mais talentos, inclusive pessoas que vivem longe dos grandes centros, e enxergam no home office não apenas uma vantagem, mas uma necessidade.

Dados da nossa página de atração de talentos comprovam isso. De janeiro a junho de 2024, publicamos 97 vagas e recebemos 72.631 candidaturas. O mais interessante é que o perfil do candidato que chega é cada vez mais aderente, pois são profissionais que sabem quem é a IOB, as vantagens que ela oferece, além de ser uma empresa em permanente evolução.

A IOB tem se destacado como uma marca empregadora por adotar práticas de gestão inovadoras e flexíveis que ressoam com as expectativas dos jovens. Temos desde benefícios alinhados às necessidades atuais, como programas de saúde mental, até a implementação de plataformas de aprendizado como o LinkedIn Learning, integradas às nossas ferramentas de gestão de pessoas.

Outra importante política adotada na empresa no contexto do home office é a câmera aberta, que já se mostrou uma medida essencial. Pois é a chance de o líder ver o colaborador e tomar atitudes em prol dele. Quando falamos na saúde mental dos trabalhadores em home office, observamos que a câmera aberta significa atenção e humanização do contato virtual. E isso virou uma das premissas do nosso cuidado com as pessoas. Um dos resultados dessas ações é termos um turnover muito abaixo da média do segmento, de apenas 0,88%.

RH como catalisador da inovação

Portanto, destaco que a inovação no RH vai além da implementação de novas tecnologias. Envolve a capacidade de adaptação, a revisão de práticas de gestão e a transformação da cultura para atender às demandas de um mercado em constante mudança. Na IOB, essa inovação se manifestou na forma como gerimos nossas equipes, na confiança que depositamos nos colaboradores e na maneira como integramos o home office à nossa identidade corporativa.

É fundamental que o RH continue a liderar esse movimento de inovação, garantindo que a empresa não apenas acompanhe as mudanças, mas esteja à frente, criando um ambiente de trabalho inclusivo, flexível e, acima de tudo, alinhado com as antigas e novas gerações. Afinal, a inovação no RH é, em última análise, a inovação na forma como cuidamos das pessoas que fazem a nossa empresa existir e da capacidade de habilitar líderes cada vez mais inspiradores dentro da corporação. Isso contribui para criar um ambiente de segurança emocional e estimular o desenvolvimento de novas skills que colocam os profissionais acima da média do mercado, tornando a empresa cada vez mais competitiva e desejada para se trabalhar.

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José Carlos Nascimento

José Carlos Nascimento é Diretor de Pessoas e Cultura da IOB