A Reforma Trabalhista que vigora desde 2017 (Lei 13.467) trouxe mudanças significativas em relação a pontos como remuneração, jornada de trabalho e modelos de contratação. Um dos aspectos mais relevantes – e polêmicos – da legislação foi promover mais flexibilidade nas relações entre empregados e empregadores, questão que, para muitos especialistas, traz consigo vantagens, mas também algumas condições que precisam ser rediscutidas.
Na linha dos ônus e dos bônus, a taxa de desemprego alavanca uma boa discussão. Embora o último registro da Pnad Contínua do IBGE tenha indicado o recuo do índice para 8,7% no terceiro trimestre deste ano – o menor desde junho de 2015 (8,4%) -, a informalidade alcançou a faixa dos 39,4% da população ocupada, estatística inferior ao primeiro trimestre do ano (40,6%), mas que representa mais de 39,1 milhões de pessoas (um pouco abaixo recorde, anteriormente alcançado no fechamento entre junho e agosto).
Diante de tal facilidade – vista por alguns como precarização do trabalho -, ainda há espaço para que as empresas sigam apostando em modelo de contrato temporário? A modalidade consegue ser estratégica? O fato é que a estimativa da ASSERTTEM (Associação Brasileira do Trabalho Temporário) é positiva. A entidade acredita que até o final do ano mais de 680 mil vagas temporárias serão abertas, estimuladas pelas datas sazonais, como o Natal.
“Acredito que movimentos relacionados à informalidade irão atingir as camadas com menor qualificação. Daí a importância de se estabelecer mais políticas públicas e privadas que incentivem a qualificação dos profissionais existentes e entrantes (maiores de 14 anos) no mercado de trabalho. Além disso, a maioria das empresas investir continuamente na formalização dos postos de trabalho e, consequentemente, na segurança das relações de trabalho, o que diretamente se relaciona com o trabalho temporário”, pontua Jonas Krüge, Diretor Executivo do Grupo RHBrasil, que oferece soluções de recrutamento & seleção, contratações temporárias, terceirização e muito mais.
Na visão do especialista, a modalidade temporária não perdeu e não tende a perder força com a flexibilização trazida pela reforma. Além da segurança já citada, tal modelo traz consigo um caráter estratégico que auxilia as organizações a lidarem com demandas pontuais e também abrem espaço para colaboradores conquistarem a efetivação em um emprego formal.
Não é à toa que o mercado olha com cada vez mais carinho para parceiros que ofereçam soluções e tecnologias ágeis para que as altas demandas de contratação sejam rapidamente concretizadas. “A modalidade de contratação temporária aliada a investimentos em inovação refletirá na geração de vagas de emprego formais. E também no autodesenvolvimento dos profissionais alocados, tanto para suas respectivas contratantes quanto para o mercado com um todo”, salienta Krüge.
Outro ponto trazido pelo diretor, no momento de escolher o parceiro certo para as demandas temporárias, foca no investimento, na oxigenação e na manutenção de banco de talentos, processo que antecipa etapas para que as contratações prezem pela agilidade.
“A RHBrasil, empresa com 28 anos de experiência no mercado de trabalho, é pioneira no atendimento digital de candidatos. Ela possibilita que estes façam rapidamente o seu cadastro de modo que o sistema os direcionem às vagas de emprego de acordo com as suas habilidades, experiências e competências. Temos uma outra iniciativa de destaque por meio de softwareque permite a contratação de temporários a distância. Assim conseguimos alcançar muitas oportunidades temporárias que estão disponíveis em regiões mais afastadas dos grandes centros”, finaliza.