Gestão

Alta no investimento e adesão de benefícios

de em 31 de janeiro de 2014

As empresas estão cada vez mais conscientes da importância de oferecer bons pacotes de benefícios. Há uma tendência de mercado que mostra um aumento gradual no número de investimentos e na adesão de alguns segmentos na área de benefícios por parte das organizações com o objetivo de promover a saúde e a qualidade de vida dos colaboradores.

Esse aquecimento do mercado pode ser reforçado com o anúncio dos resultados da 25ª edição da Pesquisa Anual de Benefícios Corporativos, divulgado no dia 03 de setembro, em evento promovido pela Mercer Marsh Benefícios, empresa responsável pelo estudo. A pesquisa trouxe um balanço das tendências e do posicionamento do mercado brasileiro sobre esse segmento, incluindo aspectos legais, estratégicos e financeiros do ano de 2013, e como está sendo a adesão e utilização dos benefícios pelas empresas.

A consultoria ouviu 317 empresas nos meses de junho e julho deste ano e detectou que 100% das empresas oferecem assistência médica para seus funcionários ativos, seguido do seguro de vida em grupo com 92% e pela assistência odontológica com 86%. Já a porcentagem de profissionais aposentados que conta com esses benefícios é bem inferior, sendo 27% para assistência médica, 14 % assistência odontológica e 12% para seguro de vida em grupo.

Assistência médica e odontológica
No que diz respeito à assistência médica, ¾ dos custos dos planos de saúde são pagos pelas empresas, sendo que os gastos totais giram entre 55 a 60 bilhões de reais anuais, com a média de 175,03 reais por usuário. As empresas apontaram um aumento nos custos dos planos de saúde, e 34% delas afirmaram que eles ficaram em torno de 5% a 10%; já 22% defendeu que esse aumento não passou de 5%.

No tipo de operadora contratada, a prevalência está com as seguradoras (65%), seguida das empresas de medicina de grupo com 25%. O estudo mostra ainda que, sobre o número de planos contratados, quatro modelos se apresentam como os de maior prevalência entre os ativos nas empresas, em que 24% são Básicos QC (acomodação em quarto coletivo, hospitais de padrão intermediário, sem opção ou com valores baixos de reembolso), Básico

A (acomodação em quarto individual, hospitais de padrão intermediário, sem opção ou com valores baixos de reembolso) 18%, Intermediário (acomodação em quarto individual, toda a rede do básico em alguns de alto padrão e valores de reembolso superiores aos do plano básico) 32%, e Executivo (acomodação em quarto individual, toda a rede do intermediário mais os hospitais e laboratórios de alto padrão que não são oferecidos no plano intermediário e altos níveis de reembolso) 26% – este com um leve aumento em relação a 2012.

O plano Básico QC também é o mais utilizado pelos aposentados (73%), e essa escolha pode estar associada aos custos que os planos geram para as organizações, pois eles são 155% mais altos do que os dos ativos.

Já a adesão à assistência odontológica é o que mais cresce entre as empresas. Em 2013, elas já contam com 86% de ativos e 14% de aposentados. Desse montante, 55% foram por adesão e 45% de forma compulsória. Segundo a pesquisa, sobre a contratação da operadora, 46% optaram por seguradoras e 33% pelas companhias de odontologia de grupo. Ao contrário da assistência médica, o maior número de usuários encontra-se nos planos Executivos (49%), seguido do Básico com 36%, e pelo Intermediário com 15%. Contudo, nesse quesito, as empresas assumem os custos de 52% nos planos básicos, 56% nos intermediários e 42% nos executivos.

Ainda sobre a assistência odontológica, a questão da cobertura de dependentes também mostrou uma evolução com o passar dos anos, assim como ocorreu com a assistência médica. Na cobertura de dependentes quando há companheiros do mesmo sexo, o número ficou em 85%, 94% para filhos e 93% para cônjuges femininos e 91% para os masculinos. Quando o assunto é o reajuste no valor dos planos, 65% das empresas afirmaram que eles não chegaram a 5%.

Gestão de saúde e PQV
O aumento nos investimentos em gestão de saúde e em programas de qualidade de vida (PQV) mostra que as empresas estão cada vez mais preocupadas em promover o bem estar dos seus colaboradores. Seja por meio de ações de prevenção de doenças ou na conscientização de fatores de risco, não se pode negar que desenvolver internamente esses e outros assuntos é a bola da vez em boa parte das organizações.

Isso pode ser visualizado na pesquisa, que apontou um crescimento de 19% das empresas que investiram em PQV em 2013 (81%).

Um dos principais objetivos almejados, após a implantação dessas ações, foi o de aumentar a satisfação dos colaboradores (23%), seguido pela redução dos custos (18%). De acordo com as empresas entrevistadas, o custo médio anual de investimentos nesses programas é de aproximadamente 235 mil reais, sendo 89% subsidiado por elas e apenas 2,9% descontado em folha.

#L# Entre as ações para a gestão de saúde estão a gestão por índices financeiros (58%), a orientação adequada dos planos de saúde (55%), a gestão de doenças crônicas (46%), e assim por diante. Já em qualidade de vida, a principal ação desenvolvida pelas empresas é a vacinação contra gripe (68%), seguida de bons hábitos alimentares (62%), ergonomia (61%), condicionamento físico (52%), etc. E as ações não param por aí, pois 53% das companhias têm interesse em aumentar os investimentos e 63% contam com o apoio da alta administração.

Já entre os seguros de vida em grupo, 94% dos ativos das empresas possuem contra apenas 12% dos aposentados. A principal cobertura oferecida está relacionada com a morte do colaborador (100%), cônjuge (63%) ou filho (51%). A cobertura acessória também é um serviço presente entre os seguros, com a assistência funeral individual (37%) para o colaborador e (21%) para o cônjuge, e assistência funeral familiar (41%) e (24%) respectivamente. O tipo de capital segurado varia entre 93% e 79% do presidente ao estagiário.

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