O alinhamento entre benefícios e estratégias dentro das empresas é considerado importante por mais de 90% entre 150 organizações ouvidas em pesquisa anual da startup PontoMais, especializada em soluções de desburocratização de processos de RH. O Censo de Benefícios 2021 (segunda edição do levantamento) procurou mapear como as companhias estão tratando o tema, em um cenário de competição global pelos melhores profissionais. As entrevistas aconteceram entre agosto e setembro do ano passado, sendo a maior parte das organizações participantes (25,2%) da área de tecnologia*.
Segundo o estudo, entre as companhias que veem a importância desse alinhamento, 53,4% afirmam que pensam nos benefícios como política de retenção de talentos, outros 38% consideram sua relevância na composição do employer branding, e apenas 7,6% dos entrevistados veem os benefícios como uma obrigação.
Benefícios tradicionais
Conhecido como o benefício mais tradicional no País, o vale-transporte
depositado nos cartões municipais é o mais utilizado por quase 20% das
empresas entrevistadas. Já o vale-combustível ainda é pouco difundido
no Brasil e tem espaço para crescer: 30,5% dos respondentes afirmaram
não proporcionar o benefício; contudo, mesmo entre os que oferecem,
33,6% alegam entregar um valor irrisório, entre R$6 e 15.
No que diz respeito ao vale-refeição, quase metade (43,5%) das
empresas entregam um valor médio diário entre R$16,00 e R$25,00,
enquanto a faixa entre R$26,00 a R$35,00 é praticada por 22,9% das
empresas. Nos dois extremos, 8,4% pagam menos de R$15,00 e apenas menos de 5% dão aos seus funcionários um montante acima de R$36,00. Com relação ao Vale-Alimentação, a quantidade de empresas que não
oferecem (35,9%) é praticamente a mesma daquelas que pagam mais de
R$300,00/mês (38,9%).
Entre os demais benefícios oferecidos, o plano de saúde lidera
o ranking (86,5%) seguido por vale-creche e vale-academia,
respectivamente, em uma lista que também inclui itens como
auxílio-estudo e cursos de idiomas.
Qualidade de vida, inovação e envolvimento
“A principal intenção do programa de benefícios é proporcionar a
qualidade de vida e fazer com que a percepção da marca empregadora
seja cada vez mais atraente para os colaboradores”, entende Hendrik Machado, CEO da Pontomais. Para o executivo, ele vale a pena mesmo quando alcança apenas uma porcentagem do time, endereçado de forma assertiva às suas necessidades. “Com isso, geramos mais valor de marca e conseguimos reter os talentos que fazem uso deles”, aponta Machado.
A tendência para 2022, ele aposta, é inovar, uma vez que os benefícios tradicionais são considerados o mínimo a ser oferecido pelas empresas. Mas a inovação e a diversificação de benefícios deve ser acompanhada do envolvimento do RH e das lideranças nos objetivos do programa.
“Se queremos que a equipe faça mais atividades físicas ou que as pessoas leiam mais, não basta oferecer o convênio com a academia e o vale-cultura”, explica. “A organização deve estimular que seu time realmente faça uso das vantagens oferecidas. Envolver os funcionários e tê-los como guardiões da marca é uma boa maneira de fazer isso.”
___________________________________
*Participaram do censo, além de empresas de tecnologia, organizações dos segmentos de Indústria e de Recursos Humanos, e setores como Educação, Saúde, Construção, Serviços Financeiros, Contabilidade, Transportes,
Comunicação/Marketing, Agronegócio, entre outros.
Leia também:
- Comunicação interna na velocidade 2x: como engajar a Geração Z nesse diálogo?
- Inovação na prática: por que o RH é a chave para desenvolver as habilidades do futuro?
- Melhor RH Innovation divulga shortlist com finalistas
- O trabalho contemporâneo exige a implementação de tecnologias para desburocratização. Saiba o porquê
- RH como Agente da Digitalização