Segundo o Center For Talent Innovation, 61% dos colaboradores LGBTQ (gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros e queer) escondem sua sexualidade ou identidade de gênero. “Isso é um reflexo do temor que as pessoas sentem de terem seus méritos diminuídos por conta da sua sexualidade.
As empresas devem se atentar a isso. Como ter um colaborador produtivo e engajado se ele se sente acuado?”, reflete Dario Neto, CEO da Eureca, consultoria especializada em processos de educação e seleção. Muitas vezes, essa omissão começa desde o processo seletivo pelo medo de ser rejeitado por um recrutador preconceituoso. O primeiro passo de uma empresa que queira combater a homofobia pode ser analisar os processos seletivos realizados e refletir em como a receptividade com o público LGBT Q vem sendo feita.
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O valor da diversidade nas organizações
Os processos seletivos são a porta de entrada do futuro colaborador e é nesse primeiro contato que ele tem uma real proximidade com a cultura e valores da empresa. Atualmente, há a valorização de uma cultura empresarial altruísta e empática. A inclusão de maior diversidade no quadro de colaboradores pode ajudar a empresa a aumentar sua visão de mercado.
E além do impacto social há a perspectiva mercadológica e a intolerância custa muito caro: a homofobia custa pelo menos US$ 405 bilhões à economia brasileira, segundo o site Out Now Global.
Melhorar esse contato e fazer com que pessoas LGBT Q conquistem seus espaços faz com que a empresa se reinvente e se torne atraente para a juventude no geral. Por exemplo, o RH pode investir em projetos e ações
que mostrem que esse público tem voz dentro da empresa. “Na maioria, os jovens não querem apenas trabalhar, mas também almejam sentir que estão fazendo a diferença no mundo”, afirma Neto.