O painel “Papo reto de risco – Feedback assertivo em tempos de alta rotatividade”, teve a presença de Luciana Fernandes, diretora de Influência e Articulação de Estratégia com o Setor Público para o Desenvolvimento de Pessoas e Performance de Áreas da AAPSA e fundadora da Vertea; Renata Gusmon, diretora executiva de Pessoas no Grupo Amil; e Sandra Barquilha, Sr Business HR Director na Solventum.
Renata abriu a discussão confessando que falar a verdade no ambiente de trabalho é um exercício que exige coragem, principalmente em ambientes de alta rotatividade. E é esse contexto que exige um feedback bem-feito. Ao invés de ser uma simples troca de palavras, o feedback se transforma em uma conexão entre as pessoas e o propósito das organizações. “E temos números que mostram isso. Segundo pesquisa do Gallup sobre liderança, colaboradores que recebem feedback tem 3,6 vezes mais chances de se engajar. Outra pesquisa, da Feeds, aponta que 94% dos funcionários trabalham melhor depois de um feedback transparente. Não é só o que precisa ser dito, mas também o quando e a intenção de cada um desses feedbacks. Ter intenção é mais necessário que a técnica”.
Sandra, falando do papel da cultura organizacional como facilitadora do feedback, disse que cultura é a base de tudo e é completamente intangível sob o aspecto de que não existe um ser humano chamado cultura, pois ela permeia tudo e tem vários signos, várias ferramentas que irão contribuir muito com seu aperfeiçoamento. E como a cultura é gerenciada que vai trazer esse ambiente psicológico seguro.
Luciana revelou que o feedback mais importante que ela teve foi de um chefe do qual ela não gostava. “Na verdade, ele não gostava de mim”, corrigiu, rindo. “Ele deixava para fazer feedback uma sexta-feira às 16 horas, e toda a sexta-feira eu ia para casa chateada. Eu sempre fui de finanças e em uma de nossas conversas, ele disse que eu não era de finanças e sim de pessoas. Com a maturidade que eu tenho hoje, percebi que ele foi assertivo na motivação, mas a forma que fazia era errada. Ele acertou. O feedback não é para mudar a pessoa, é para transformar. E acho, hoje, que o RH é o guardião da coerência, principalmente para o feedback”.
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